Nos dias seguintes a morte de Vlad, o Dragão e da rainha Elisabeth, a nação da rainha e do príncipe, ex-rei, junto com chora a morte dos soldados. No entanto, os oficiais de alta patente conversam temendo a ira de Drácula e já cogitam derrubá-lo:
_ Vocês viram como ele está enlouquecido, não podemos deixar um louco assim reinar. Alguém que mata seus próprios soldados não merece que o povo se curve diante dele. _ Diz um dos generais.
_Se sua esposa e seu pai fossem mortos no mesmo dia, sem nenhuma proteção, sendo mortos por animais. Você não faria pior? _ Indaga um dos generais fiéis a Drácula.
_ Faria! Ao mesmo tempo que isso me tornaria indigno de ser chamado rei! _Defende o primeiro general.
Após um pequeno debate, os generais concordam em aguardar os próximos atos de Drácula, antes de tomar qualquer decisão.
Após uma semana da despedida de Elizabeth e Vlad II, um dos generais fiéis a Drácula decide dizer a ele que ele vacilou com seus servos ao matá-los em sua ira:
_Entenda Lord Drácula, eles eram seus servos, falharam e foi justa a vossa punição, mas muitos dos seus servos temem o que o senhor pode fazer.
_Temem? _Pergunta Drácula
_ Dúvidas! Todos sabem de sua fama e como o senhor foi cruel com os otomanos durante os últimos anos. Como o senhor empalava seus inimigos e não teve piedade dos civis otomanos que não se renderam ao senhor, mantendo-se fiéis a sua religião! Imagine o que o senhor pode fazer com seu povo, se achar que ele não lhe serve como deveria? _ Indaga o general fiel.
_ Tem razão! Porém o povo deve entender que eu não sou mais o mesmo Drácula de antes! Fui católico romano e decidi que se existe uma fé verdadeira no deus trino, ela não me levou a nada. Então, sou um novo homem e vou mostrar a todos, um pouco desse Drácula, o Piedoso! _ Diz ele, sem deixar escapar seu sarcasmo, e prossegue. _Convoquem todos os mendigos do reino e das regiões vizinhas, todos os pobres, digam a todos que na próxima lua cheia, eu, Drácula, o Piedoso, darei uma superfesta aos mais humildes de todo o leste europeu, uma festa para cinco mil pessoas!
_Sério que o senhor fará isso, meu Lord? _Indaga o fiel general.
_ Certamente! _ Confirma Drácula.
A notícia da festa de Drácula transcende a região da Transilvânia, chega à Valáquia, a Hungria, as regiões otomanas, trazendo pobres e miseráveis de toda a região circunvizinha para a festa.
Drácula prepara tudo com muito empenho. A festa reúne mais de 15 mil pessoas e todas são colocadas em um ginásio da Transilvânia.
Durante a festa, comida e bebida não faltam, todos comem e bebem como nunca e celebram com muita gratidão à Drácula. No entanto, o que nem o mais próximo e fiel dos generais de Drácula imaginava é que toda a região lateral do ginásio fora molhada com combustível pelo próprio Drácula durante a noite.
Alguns observam o excesso de líquidos pelas laterais do ginásio, mas imaginam ser apenas uma infiltração de água, que deveras, teria vazado de um dos reservatórios.
Surpreendentemente, Drácula ordena que fechem as portas com todos dentro. Sem entender muito bem os planos do soberano, os soldados de Drácula executam a ordem, então ele acende uma tocha e começa a incendiar o ginásio pelas laterais.
Drácula executa seu plano sozinho. O Ginásio começa a pegar fogo.
Dentro do ginásio, o clamor dos miseráveis é perceptível. Embriagados e bem alimentados, lhes falta força para romper a trava da porta. A fumaça os intoxica. Uns matam os outros, enquanto o oxigênio os mantém vivo. Drácula sobe em um carro oficial e faz o seu discurso:
_Por muito tempo, eu defendi que a miséria devesse ser combatida e a caridade aperfeiçoada, mas ainda que eu desse um dia de muita alegria aos miseráveis, após este dia, se eles vivessem, voltariam a sua miséria e então eu não seria o Piedoso e certamente continuaria compactuando para a existência do mal!