“Meu nome é July Tepes, eu sou filha de Vlad Tepes, o Drácula. Após a morte de minha mãe, meu pai surtou, literalmente enlouqueceu e teve que ser contido pelo general húngaro, João Corvinus.
Após prender meu pai, Corvinus se tornou nosso tutor, se mostrou carinhoso e foi um excelente tutor para mim e para meu irmão. Mas eu nunca esqueci que ele foi quem prendeu meu pai, mesmo sabendo que a atitude foi necessária.
Para libertar meu pai, eu aceitei me casar com o filho de Corvinus, Mathias, um homem incrível, apaixonante, meigo e sincero. Tão sincero que despertou em mim e em meu pai, uma dúvida, João, seu pai, é o tutor sábio e responsável que conteve meu pai e cuidou de mim e meu irmão, ou o causador de nossa dor, assassino de meu avô e minha mãe?
Após entrar para a família Corvinus, eu descobri que eles não são humanos, são uma família de vampiros e para descobrir a verdade, meu pai aceitou se tornar alguém como eles, algo que agora, eu sei que também será o meu destino.
Para que meu pai se tornasse um vampiro, ele aceitou participar de um ritual que me obrigou a cravar uma adaga em seu coração. Agora, eu estou aqui, observando seu corpo e com muito medo, sem saber se ele realmente ressuscitará e se tornará como os vampiros da família Corvinus, incluindo João, meu sogro e Mathias, meu esposo e rei da Hungria, por causa da articulação política do meu sogro, ou se eu nunca mais o verei e sempre que eu me olhar no espelho, vou me lembrar que sou a assassina de meu próprio pai.”
Agora:
Olhando o corpo de Drácula colocado em um caixão na Mansão dos Corvinus, na Hungria, July abraça seu esposo e diz:
_Se ele não voltar, eu me mato!
Mathias abraça sua esposa e tenta acalmá-la:
_ Ele certamente voltará, nós fizemos o ritual com perfeita diligência. _Diz ele.
_ É bom mesmo, já basta a moça que morreu queimada, não sei por que ela teve que morrer! _ Lamenta July.
_ A magia é algo muito bom, mas para que ela favoreça alguém é necessário se pagar um preço, para que seu pai possa viver eternamente, uma virgem precisou dar a vida por ele. _ Justifica Mathias.
_ E ela desaparecerá para sempre? _ Questiona July.
_ Não! Quer dizer, mais ou menos, a moça que sacrificamos, morreu, mas no momento que ela morreu, uma outra pessoa, a semelhança dela, ressurgiu, logo, se você acredita em reencarnação, poderá dizer que a alma dela já está reencarnando agora. _ Comenta Mathias.
_ Eu não sei no que acreditar, eu só sei que estou preocupada. _ Comenta July.
_ Com o que? Seu pai estará de volta dentro de algum tempo. _ Promete Mathias.
_ A moça que reencarnou ou sei lá o que, o fato dela ser idêntica à que morreu, nos faz chamá-la de duplicata? _ Pergunta July.
_ Sim! E detalhe, se houvesse uma duplicata na região, não precisaríamos matar uma virgem, bastaríamos usar o sangue da duplicata e ele substituiria o sacrifício da ou do jovem virgem. Neste caso, matamos uma jovem, mas o sexo do sacrifício, não importa. _ Explica Mathias.
_Está bem, espero que tenha valido a pena, que isso nos leve a justiça. _Diz July.
_ Justiça? Como assim? Indaga Mathias.
Sem saber o que dizer, July desconversa:
_É! Justiça! Afinal, a partir de hoje, você vai se alimentar dos condenados e libertar os injustiçados e matar os perversos, isso não é justiça?
Mathias exibe um olhar de desconfiança para sua esposa, mas antes que diga algo vê Drácula abrindo os olhos e se levantando lentamente. July abraça seu pai e beija seu rosto. Então, Drácula diz:
_ Obrigado pela coragem, filha. Serei eternamente grato a você.
Ao abraçar seu pai, July percebe que apesar de ele não estar sangrando, seu corpo ainda tem uma marca não cicatrizada em seu peito. Preocupada, ela pergunta:
_ Esse buraco que eu fiz no senhor, vai ficar no seu peito para sempre?
Drácula apalpa seu peito e Mathias responde:
_Não! Mas para que ela desapareça, o senhor terá que completar o ritual.
_ Como eu faço isso? _ Pergunta ele.
_ O senhor terá que se alimentar de um ser humano. _ Responde Mathias.
_ Pode ser de mim, papai! _ Sugere July.
_Não! _ Interrompe Mathias, sem hesitar.
_ Por quê? _ Pergunta ela.
_ Na verdade, até pode ser você, mas o Lord deve estar faminto e poderá se alimentar excessivamente e vir a matá-la, se não se controlar. _ Justifica Mathias.
Após ouvir as palavras de Mathias, Drácula sai caminhando pela casa lentamente. July e Mathias o seguem de perto. Quando Drácula vê uma jovem limpando a mansão, ele se dirige a ela que pergunta:
_Lord Tepes, o senhor está bem?
_Não, mas vou ficar e terei esta dívida contigo. _ Responde Drácula, que em seguida, pega o braço da moça, abre sua boca, de onde nascem presas enormes e crava seus dentes em seu pescoço.
_ Papai! _ Diz July, mas Mathias segura seu braço, para ela não faça nada.
Drácula começa a morder e se alimentar da moça de forma tão intensa, que a moça se quer, consegue gritar. Então, depois de alguns minutos, a moça cai morta.
Ao ver a moça caída, Mathias se aproxima e diz:
_Era uma das minhas servas preferidas!
No entanto, July rebate sua afirmação:
_Que bom que ela já não existe mais, pois a única serva que deve importar para você, sou eu.
_ Você não é minha serva, é minha rainha! _ Rebate ele.
Preocupada com seu pai, July toca seu peito e diz:
_Sua ferida se curou, agora o senhor é um ser superior, papai.
Drácula abraça sua filha e sussurra:
_Vamos fazer justiça, minha linda! Vamos fazer justiça!