Acompanhado pela secretária do Dr. Daniel Shomron, Charles Xavier chega ao centro de apoio e reabilitação a vítimas do holocausto e é recebido por seu velho amigo.
_ Charles Xavier, quanto tempo! _ Diz Daniel Shomron.
Os dois se abraçam e Daniel Shomron pede para Charles se assentar. Charles reitera o motivo de sua visita.
_ Quanto tempo! Fiquei muito feliz pelo trabalho desenvolvido pelo senhor e eu decidi vir conferir pessoalmente. _ Comenta Charles.
_ Espero que nosso trabalho possa auxiliá-lo em seus trabalhos sobre a biologia molecular humana. _ Diz Shomron.
_ A pesquisa é importante, mas seu trabalho em prol das vítimas do nazismo é muito mais importante, Dr. Shomron. _ Enfatiza Xavier.
Os dois começam a conversar e Shomron relembra as práticas impiedosas do nazismo. Logo a seguir, Shomron apresenta alguns de seus pacientes para Charles. Assim, os dois chegam até uma paciente com catatonia.
_ Essa moça se tornou catatônica após a Guerra. A catatonia pode ter sido gerada após um trauma devido à grande violência que ela vivenciou. _ Diz Shomron, mostrando uma jovem que apresenta movimentos involuntários de forma assídua.
Charles se assenta ao lado dela e demonstra uma imensa compaixão pela moça:
_ Ela deve ter passado por experiências traumáticas durante a guerra.
_ Ela era só uma criança quando viu seus pais serem torturados. _Comenta Shomron, que em seguida explica: _ Esse e outros eventos traumáticos deixaram marcas profundas em sua mente, levando-a a desenvolver a catatonia como uma forma de proteção psicológica. A catatonia é caracterizada por movimentos involuntários e a jovem apresenta essas manifestações de forma assídua.
Ao se deparar com a jovem catatônica, Charles Xavier demonstra uma imensa compaixão por ela. Ele compreende o quão impactante foi a experiência vivida por essa moça e de imediato cogita encontrar uma maneira de ajudá-la a superar seus traumas.
Utilizando seus poderes telepáticos, Xavier se conecta com a mente da jovem, buscando estabelecer uma comunicação e entender seus sentimentos e pensamentos.
_ O nome dela é Gabrielle Haller, ela nasceu em 1936, mas só desenvolveu a catatonia após o final da guerra. Tinha entre 4 e 8 anos durante o período de maior intensidade dos combates. _ Pontua Shomron.
_ Dr. Shomron o senhor pode nos fazer um favor. _ Pede uma secretária.
_ Claro! _ Diz Shomron.
_ O senhor se importa se eu ficar por aqui? _ Pergunta Charles.
_ Não! Claro, eu já volto. _ Diz Shomron
Quando Shomron, o médico responsável pelo caso de Gabriela, se afasta do quarto, Charles aproveita a oportunidade para ficar a sós com a paciente. Porém, ele não está verdadeiramente sozinho, pois é observado por um homem misterioso que se esconde próximo à porta. O olhar atento desse homem indica que ele percebe que algo de grande importância está prestes a acontecer.
Usando seus poderes telepáticos, Charles inicia uma conversa com a jovem catatônica. “Gabriela! Seu nome é Gabriela, não é?”, diz ele, tentando estabelecer uma conexão com a moça. Através de sua habilidade única, Charles explora os cantos mais profundos da mente de Gabriela, buscando compreender sua condição e ajudá-la da melhor forma possível.
Enquanto Charles está mergulhado na mente de Gabriela, o homem que o observa de longe decide se aproximar. Curioso para entender o que está acontecendo, ele se levanta e caminha em direção à porta do quarto.
Em um gesto inesperado, Charles pega a mão de Gabriela, interrompendo seus movimentos catatônicos involuntários. Embora não verbalize nada para a moça, o homem percebe que a mulher para de exibir os sintomas de sua doença ao ser tocada por Charles.
Perplexo ao presenciar a total ausência de movimentos involuntários no corpo de Gabriela durante o contato, o homem não resiste e pergunta:
_ O que você está fazendo?