_ Onde estou? O que aconteceu? Por que estou aqui? _ Indaga Gabrielle Haller, abraçando seus joelhos e percebendo que seus pés estão acorrentados a uma cama de ferro. _ Eu acabei de me curar. Eu não quero ter um novo trauma! _ Clama ela, aparentemente sozinha, em um quarto escuro e sem nenhum tipo de iluminação.
Não muito longe dali, Charles Xavier conversa com Erik Lehnsherrr, bastante irritado:
_ Eu não acredito nisto! Eu consigo mentalizar a imagem do homem que deixou a carta com o garçom, usava um chapéu, parecia careca, mas não consigo identificar o seu rosto.
_ A grande questão é, ele é o sequestrador ou alguém enviado pelo menos? _ Indaga Erik.
_ Existem outras questões meu amigo, porque a sequestraram? Será que tem a ver com a cura rápida dela? _ Questiona Charles.
_ Você acha que Shomron pode estar envolvido? _ Pergunta Erik.
_ Seria meu principal suspeito se eu não tivesse manipulado a mente dele, mas pode ser alguém que acompanhou o tratamento, alguém da clínica pode estar envolvido. _ Comenta Charles.
_ O que você sugere? _ Pergunta Erik.
_ Vou manipular a mente de Shomron e realizar uma “entrevista” com todos os pacientes e funcionários da clínica. Vou afirmar que isso faz parte da minha pesquisa. _ Afirma Charles.
Erik ouve a afirmação do amigo, levanta sua sobrancelha e o acompanha até a clínica.
Algumas horas depois, autorizado por Shomron, Charles agradece uma das enfermeiras que lhe presta informações.
_ Muito obrigado, srta. Hadassa, suas informações foram de extremo auxílio para minha pesquisa. _ Diz Charles.
Após Hadassa deixar a sala, Erik olha para Charles e pergunta:
_ Alguma pista?
_ Não! Conversamos com todos os funcionários e pacientes da clínica e ninguém sabe de nada.
Erik dá uma risada irônica e pontua:
_ Interessante você chamar de conversa sua invasão telepática a mente de cada um.
Irritado, Charles rebate:
_ Do jeito que você fala, até parece que estou fazendo algo errado.
Erik esboça outra risada, ironizando a atitude de Charles, que claramente contradiz seu discurso de ética, mas entendendo o momento de tensão ao qual vive seu amigo, ele indaga:
_ E quanto a Raven, ela deu notícias?
_ Até agora não, mas eu acredito que disfarçada, ela conseguirá descobrir algo no bar.
Nesse ínterim, Raven se encontra praticamente sozinha no bar, na forma de humana de um homem, tentando observar o que ocorre.
Fadigada, ela não percebe a entrada de um homem que se assenta, bebe um copo de whisky e deixa o local. Logo após o homem deixar o local, o garçom se dirige até ela que está em uma forma masculina e diz:
_ Senhor, o cavalheiro que acabou de deixar o local, me pediu para lhe entregar este recado.
Raven pega o papel e lê o que nele está escrito:
“Boa tarde metamorfa, imagino que esteja aqui em nome do telepata, a namorada dele está bem, mas ficará melhor se ele contribuir conosco. Por tanto, peça ao seu amigo para estar em uma hora no hotel onde estão hospedados.
Vocês receberão uma correspondência com as orientações adequadas e se seguirem na íntegra, certamente, todos ficarão bem!”
Raven lê o bilhete, levanta-se sai rapidamente do interior do bar. Percebendo o movimento brusco, o garçom indaga para o caixa:
_ Aquele senhor pagou a conta?
_ Não! _ Responde o caixa.
Ao sair a frente do pub, Raven se torna na sua forma humana mais comum, de uma jovem loira e se irrita ao perceber que o homem do bilhete já não está mais a sua vista.
Algum tempo depois, ela aguarda Charles e Erik na entrada do hotel, Charles passa por ela e se dirige de forma rápida a recepção do hotel, enquanto Erik indaga:
_ Como você não percebeu a ação do sequestrador?
_ Da mesma maneira que você e Charles não perceberam o rapto da catatônica! _ Responde ela, rispidamente.
Ao chegar à recepção, Charles lê a mente do recepcionista e percebe que apenas o correio oficial de Israel entregou cartas, então indaga:
_ Há alguma correspondência para mim?
_ Sim Sr., Charles Xavier, aqui está! _ Diz o recepcionista entregando-lhe uma carta.
Charles abre a carta e cerra os dentes, irritado.