Amsterdã, capital dos Países Baixos
Com dois envelopes na mão, uma bela secretária abre a porta da sala especial do escritório de seu chefe. À porta, uma placa o identifica, Dr. Avraham Van Helsing, Phd em psicologia e psiquiatria.
Ao adentrar a sala, a moça segue até a mesa, movimentando sensualmente suas pernas e com sua meiga voz, diz:
_ Chegaram duas cartas para o senhor, Doutor.
_ Muito obrigado! _ Agradece Van Helsing.
Após pegar os dois envelopes, Van Helsing lê os remetentes das duas cartas. A primeira, oriunda de Londres foi escrita por John Seward, seu ex-aluno, a segunda o atrai mais, seu remetente é Agatha Van Helsing, que escreve para ele desde Budapeste.
O psiquiatra abre o envelope e começa a ler as palavras escritas na carta:
“Meu querido irmão, continuo infiltrada entre as irmãs do convento de Budapeste, conforme sua orientação, fingindo ser a madre superior deste lugar, mas escrevo para você por causa de um fato bastante curioso.
Recentemente, chegou até nós, um homem com todos os seus pelos retirados, bastante fraco e machucado. Não tenho dúvidas de que ele foi vítima de algum ritual que pelo nosso conhecimento, parece ser bruxaria.
No entanto, pela descrição dele, das suas memórias que não são precisas, dos seus relatos, ele afirma ter estado em um castelo da Transilvânia onde habitam alguns ciganos e segundo ele, ele teria sido vítima de três mulheres que servem seu senhor e se alimentaram de seu sangue, além de o induzir a prática de orgias.
Tenho certeza que os tais ciganos são nossos irmãos, mas por algum motivo se sujeitam ao tal mestre, que seria um conde que ele identificou como Dalv…”
Van Helsing segue lendo a carta até o fim, em seguida, ele pega a outra carta, de John Seward e começa a ler. No meio da carta, sua expressão muda, quando Seward apresenta o caso de Frank Renfield e afirma que o mesmo apresentou seu atual estado de pouca sobriedade mental após ter tido contato com um tal conde, na Transilvânia.
_Vejam o que o destino nos reserva? Isso não pode ser coincidência! _ Dispara Van Helsing, que em seguida, pega a pena, molha com a tinta e escreve para sua irmã, em Budapeste:
“Agatha, minha querida irmã, fico muito feliz com seus avanços. Este caso que me relatou nos mostra que você está no caminho certo, analisando o caso de seu paciente, recomendo que a melhor coisa a fazer é recomendar ao Sr. Harker que retorne para Londres, para viver sua vida normalmente e esquecer o que vivenciou, eu irei a Londres e o conhecerei pessoalmente, para melhores esclarecimentos…” Diz Van Helsing, entre outras palavras, na carta.