Após voltar de seu encontro com Alucard, o misterioso príncipe que conquistou seu coração, Mina adentra a mansão Westenra cantarolando e é surpreendida pela pergunta de Lucy:
_ Qual o vínculo de seu príncipe misterioso com Budapeste?
_ Nenhum! _ Responde Mina, com cara de espanto.
_ Você tem algum parente ou amigo em Budapeste? _ Insiste Lucy.
_ Não! Pelo menos eu não tenho conhecimento disto. _ Comenta Mina.
_ Estranho. _ Pontua Lucy.
_ Por que? _ Indaga Mina.
_ Uma carta escrita por alguém que se autodenomina Irmã Agatha, chegou para você. _ Diz ela.
_ Carta pra mim? Direcionada a sua casa? Só pode ser algo relacionado a Jonathan. _Dispara Mina, ansiosa e com sua expressão alterada em questão de segundos.
_ Verdade! Eu nem cogitei essa possibilidade, imaginei que você estivesse desejando se tornar freira. _ Provoca Lucy, entregando a carta para sua amiga.
Mina pega a carta e tremendo a abre e começa a ler e afirma:
_ Realmente, é sobre Jonathan!
_ O que diz sobre ele? _ Pergunta Lucy. Mina começa a lacrimejar, se assenta no sofá com a testa franzida e lamenta: _ Lucy, ele está doente e pode morrer.
Lucy muda sua expressão imediatamente e se assenta ao lado de sua amiga, que lhe entrega a carta. Então, ela indaga:
_ Como ele foi parar em Budapeste?
_ Não sei, mas a Irmã Agatha diz que ele chegou ao convento nadando, fraco, muito machucado e só falava meu nome.
Após dizer estas palavras, Mina começa a chorar. Lucy a abraça e diz:
_ Não era isso que você queria, saber sobre seu amado noivo?
_ Era! Mas enquanto ele está sofrendo, enquanto ele quase morreu e só pensava em mim, eu estava aqui traindo ele, me apaixonando por um desconhecido que até agora não sei quem é.
A dor da culpa leva Mina a soluçar e Lucy vê no pesar de sua amiga uma oportunidade para tirá-la do caminho de Drácula.
_ Realmente, você errou com ele! Você que sempre insinuou que eu era a promíscua errou na característica que mais criticava em mim. _ Diz ela.
_ Sim! Eu sou profana e pecadora, traí o homem que me amou e com quem eu me comprometi. _ Dispara ela.
Calma, amiga. Diz Lucy, que sorrindo pontua: _ Agora você tem a chance de corrigir isso, veja o que diz a Irmã Agatha.
_ Ela quer que eu vá para Budapeste encontrá-lo!
_ Faça isso, eu pago sua viagem! Vá encontrar seu amor! _ Sugere Lucy.
_ E Alucard? Eu prometi que terminaria com Jonathan quando ele retornasse. _ Lamenta Mina.
_ Sim, mas Jonathan não retornou, você vai até ele e se você for até ele, sua promessa não tem validade, pois sua promessa estava relacionada a ideia de que Jonathan a havia abandonado e não foi isso que ocorreu. _ Pontua Lucy.
_ Verdade! _ Concorda Mina. _ Mas eu não posso abandonar Alucard. _ Conclui ela.
_ Faça assim, escreva uma carta e certamente, ele me encontrará e eu entregarei a carta a ele. _ Diz Lucy
_ Não. É melhor eu encontrá-lo amanhã e explicar tudo pessoalmente. _ Diverge Mina.
_ E se um dia for o tempo que pode a impedir de encontrar Jonathan vivo? E se ele morrer e você se quer se despedir dele? _ Questiona Lucy.
_ Mas não sabemos nem onde Alucard está e você nunca o viu, como o encontrará? _ Pergunta Mina.
_ Ele é um príncipe. Tem seus soldados e métodos para fazer o que deseja. Assim como ele te encontra, ele certamente me encontrará! _ Insiste Lucy.
_ Ok, eu farei isso. Vou escrever a carta e arrumar minhas coisas. _ Concorda Mina.
_ Vou pedir para o cocheiro te levar para o porto de Brighton e ligar para lá, ver se tem algum navio que parte ainda hoje. _ Afirma Lucy.