Assentado em um banco, Drácula lê as palavras escritas por Mina com respeito a ele e se emociona. “Ela é quem eu realmente estive esperando por todo este tempo. Ela é realmente digna de substituir Elisabeth e se tornar a nova Senhora Tepes.” Pensa ele.
Drácula continua lendo a narrativa de Mina, de como ela sofria por Jonathan a cada dia sem notícias dele e de como ele conseguiu libertá-la desta continua dor que parecia interminável.
Porém, Drácula começa ler a página onde ela descreve sua reação após descobrir que Jonathan está vivo em Budapeste e doente. Sua expressão muda imediatamente e sua boca esboça sua ira e incerteza:
_ Droga, Louise, Morgana e Greta, o que vocês fizeram? Por que o libertaram? Por que não cuidaram bem do senhor Harker? O que este idiota está fazendo em Budapeste?
A ira de Drácula aumenta quando ele lê a respeito da conversa de Lucy com Mina:
“… Hoje vi que Lucy é mais digna do que eu. Não é segredo que eu sempre disse a ela mesma que ela é promiscua e apesar de amá-la, sempre achei a promiscuidade dela um problema.
Porém, hoje, ela se mostrou mais digna do que eu. Lembrando Jonathan, eu olhei para ela como Judá olhou para Tamar e tenho que confessar o óbvio: ‘Ela é mais digna do que eu!’
Sim, foi Lucy quem me fez voltar a mim e me mostrou o quanto eu estava sendo impura e profana ao trair Jonathan com um desconhecido. Por mais que Alucard tenha sido um príncipe perfeito, eu não sei nem qual é seu reino, qual sua verdadeira história e quem ele realmente é.
Lucy me mostrou que eu estava disposta a trocar o certo pelo duvidoso e duvidei do homem mais justo e leal que eu já conheci.
Deus, no céu, deve estar irado comigo, pois eu pequei contra ele e duvidei de meu noivo. Solitária, agi como Eva em meio ao jardim, buscando um fruto proibido e procurando se deliciar com a conversa da serpente.
Claro que o príncipe Alucard não é a serpente, mas se eu fiz isso com Jonathan, imagina o que poderia fazer no reino do meu príncipe? Imaginem se eu me tornar sua princesa e rainha e em algum momento ele tiver que viajar e não puder me levar. Será que a dúvida que eu tive com respeito a Jonathan, eu não teria com ele? Será que eu não agiria da mesma forma? Imagina meu príncipe levando para si uma inglesa promiscua para se posicionar como rainha.
Não! Eu não sou digna de tal honra! Eu não mereço meu maravilhoso príncipe e também não mereço Jonathan! Porém, se ele ainda me quiser, eu devo honrá-lo. Afinal, segundo a madre superior que me escreveu, ele agiu como o homem que é, lembrando-se de mim o tempo todo.
Pobre Jonathan, mal sabe que a amada dele não é digna nem de beijar os seus pés…”
Drácula taca o diário no chão e diz:
_ Ah, Lucy, você não ficará impune! Em seguida, se arrepende e ter lançado o diário de Mina contra o chão, se ajoelha e pega o livro, o abraça e conclui: Pobre Mina, pobre mulher virtuosa! Eu te entendo, mas você foi enganada por Jonathan! Não sei como ele deixou meu castelo, mas ele nunca foi fiel! É ele quem não é digno de beijar seus pés, Srta. Monroe, é ele quem é indigno de você!