A Valáquia foi invadida! Os exércitos muçulmanos atravessam as fronteiras da Transilvânia, o recém-empossado Ladislau II não está preparado para o ataque, mas em meio ao pelotão de ex-valáquios, Vlad, filho de Vlad, grita e chama seus aliados:
_ Agora! Pela Valáquia! _Brada o jovem guerreiro que com seu pelotão, ataca os muçulmanos causando grande confusão.
No nervosismo, os soldados começam a matar seus aliados. O Sultão decide fugir. Mircea se vê preocupado com seus irmãos, O Sultão ordena o recuo e pede proteção a seus principais soldados.
Sem piedade, Vlad e seus rebeldes utilizam suas espadas pela primeira vez. Eles atacam o exército dos homens que lhe mantiveram presos durante os últimos cinco anos, os obrigando a ler e decorar o Alcorão, os proibindo de pronunciar suas rezas católicas.
_Em nome de Nossa Senhora! _ Brada o jovem guerreiro ao empunhar sua espada em um soldado. _ Isso é por São Pedro! _ Grita ele, ao empunhar sua espada em outro soldado. _Pelo amor de nosso senhor Jesus Cristo! _ Ouve-se, ao atingir outro soldado.
Seu irmão, Radu, não consegue atingir ninguém, mas segue colado em Vlad. Seu rosto lindo e intocável, sua pele franzina mostra que ao contrário de Vlad, ele não se preparou para esta batalha. Ao contrário que por muitas vezes foi agredido e sofreu, mas resistiu defendendo sua crença e cultura, ele sempre aceitou o que lhe foi ensinado.
A frente da batalha, Mircea está parado. Vlad se aproxima, seguido de Radu. Mircea vê a ira nos olhos de seu irmão, que diz:
_Fuja com o Sultão! Fuja como covarde! Assuma-se como o traidor que é, ou ordene que esses traidores fujam e lute ao nosso lado. Porque se ficares e não lutares, sentirá a ira da minha espada! _ Diz ele, apontando sua espada para a garganta de seu irmão.
Mircea se sente intimidado, então diz:
_Permita-me encerrar o derramamento de sangue e lutaremos juntos meu irmão!
Vlad retira sua espada, Mircea pega o gongo e bate pedindo atenção.
Atentando-se as palavras anteriores do Sultão, o exército ouve o herdeiro do voyvodado da Valáquia, que diz:
_ Ouçam guerreiros! Hoje é um dia triste. Irmãos morreram, mas diante da situação, o sultão em vez de agir como um rei nobre, fugiu como covarde. Creio que estamos sozinhos aqui. Aqueles que sobreviveram e são fiéis ao sultão, retornem as terras otomanas. Aqueles que estão aqui para seguir minha orientação curvem-se e permitam que meus irmãos retornem a sua terra, aqueles que estão com Vlad, meu irmão, curvem-se a ele e mantenhamos paz. Aqueles que tem alguém por chorar, podem levar seus corpos, mas cessemos o confronto imediatamente, pois somos todos irmãos!
A ordem do príncipe é atendida, ele se volta pra Vlad, que com expressão fechada não diz nada:
_Desde que nosso pai perdeu a batalha de cinco anos atrás, ele fez um acordo com os otomanos que nos manteve vivo. Este acordo foi descoberto pelos Húngaros que o atacaram e o-mataram. Nosso primo Ladislau II se tornou o voyvoda da Transilvânia e da Valáquia, sob a autoridade de João Corvinus, da Hungria. Vim para vingar a morte de nosso pai. Podemos liderar esse povo e recuperar o domínio das duas províncias. O que acha? _ Diz Mircea.
_Você é o herdeiro natural da Valáquia. Você é o voyvoda legítimo! _Afirma Vlad.
_ Lute comigo hoje, aproveitemos este momento e juntos rendamos Ladislau e libertemos nossa nação, não é este seu desejo? _ Diz Mircea.
Os jovens apertam as mãos e juntos convocam os sobreviventes para avançar. Ao seu lado, ficam apenas os soldados mais fiéis.