Tentando amenizar o clima pesado dos últimos tempos, Jonathan Harker convida Mina para ir ao parque com ele no sábado. Juntos, eles saem e se assentam num banco do parque:
_ Costumávamos vir aqui antes de eu partir para a Transilvânia. _ Relembra Harker.
_ Pois é, quantas vezes planejamos como seria nosso casamento quando aqui estávamos. _ Pontua Mina.
_ Hey, eu te devo desculpas, afinal, fiquei longe, quase morri, convivi com malucos e, por fim, continuo pobre e sem condições de te dar a vida que você merece. _ Lamenta Jonathan.
Mina o abraça, beija sua testa e diz:
_ Eu nunca liguei para dinheiro! Sempre amei você pelo seu caráter e sua dignidade, meu amor.
Ao beijá-lo, ela percebe os primeiros fios de cabelo renascendo no seu coro cabeludo e sua pele se recuperando. Jonathan a abraça forte, sua consciência pesa ao relembrar que não resistiu às três belas jovens que o assediavam na Transilvânia e, emocionado, se desculpa mais uma vez com sua amada.
_ Me perdoe! Eu sempre fui teimoso! Sempre busquei o melhor para você, me propondo a fazer coisas que você nunca pediu. Se eu tivesse recusado o convite do meu chefe, o Sr. Peter Hawkins, certamente tudo seria diferente hoje.
_ Falando em Peter Hawkins, ele não vai te pagar nada? Como ele reagiu ao ocorrido? _ Pergunta Mina.
_ Ele disse que o que importa para ele são as negociações, que tentará ele mesmo falar com o Conde Tepes. Disse para eu procurar um psiquiatra, pois devo estar louco como o Sr. Renfield, então, eu pedi demissão e decidi acabar com tudo isso. _ Conta Harker.
_ Que homem louco, se afastar dele foi a melhor coisa que você… _ Mina está terminando sua frase, quando seu coração acelera e ela não consegue terminar. A distância, ela observa e vê Alucard, seu príncipe, os observando. _ Amor, você me espera aqui, eu preciso ir ao banheiro. _ Diz ela.
Mina se levanta e caminha em direção a Alucard, parado embaixo de uma árvore, apenas os observando.
“Não pode ser, eu não posso perder essa oportunidade de falar com ele.” Pensa ela, andando apressadamente, simplesmente ignorando o fato de Jonathan estar com ela.
Enquanto isso, Jonathan se vira e vê o mesmo homem. Apesar da distância de cerca de cinquenta metros, ele o reconhece, é o homem da imagem do quadro do Cond. Tepes, o tal Vlad Tepes, seu ancestral, o famoso herói cristão do leste europeu que ficou conhecido como Drácula.
Harker não hesita e grita:
_ Mina! Volte imediatamente!
Harker se levanta e corre até sua amada, já a cerca de quinze metros de distância. Mina se vira e é segura em seus ombros por seu esposo.
_ Não caminhe nesta direção, você vai me achar louco, mas o homem embaixo daquela árvore é idêntico ao ancestral do Conde Tepes, o tal Drácula. _ Diz ele.
Imediatamente, os dois se viram para o local novamente e, desta vez, não enxergam nada.
_ Que homem? _ Pergunta Mina.
_ Você vai achar que estou ficando louco, mas eu juro que embaixo daquela árvore havia um homem idêntico ao… _ Deixa para lá.
Mina percebe a aflição de Jonathan, observa que o homem que sumiu era seu príncipe, Alucard, abraça seu esposo e diz:
_ Fique tranquilo, eu também vi um homem embaixo daquela árvore, mas você deve estar confundindo. Aquele homem não pode ser um ancestral do conde que lhe fez tanto mal, até porque o ancestral do tal homem está morto, não está?
_ Não sei! Eu imagino que sim, mas tenho vivido tanta coisa estranha, que não duvido de mais nada neste momento. _ Confessa Harker.
Mina o abraça e tenta acalmá-lo:
_ Não era um fantasma, pois eu também vi o tal homem.
_ Eu jamais vou esquecer o rosto daquele homem, era idêntico ao conde, porém mais novo. _ Conclui Harker, o que deixa Mina bastante pensativa.