A viatura da polícia militar pilotada por William se aproxima de uma bela casa e estaciona em frente à mesma. Madm, Amada, Menslike e Nokram descem com William. Uma mulher sai correndo da casa, com um pano amarrado na cabeça, e abraça o capitão de polícia, dizendo:
— Amor! Veio mais cedo, hoje?
— Sim, e trouxe convidados. — Responde William.
Amada logo repara em sua roupa simples e sua cabeça quase sem cabelos protegida pelo lenço que a envolve. Ela não resiste e pergunta:
— Essa é sua esposa?
Os olhos do policial lacrimejam e se ouve de sua boca que sua esposa enfrenta uma doença rara no sangue.
— Sim! Como eu disse, ela tem leucemia, estamos lutando contra esta doença, mas creio que a Ângela vencerá essa doença em breve. — William beija a testa de sua esposa e diz: — Você vencerá, não é mesmo, amor?
Madm se comove com o olhar apaixonado do oficial de polícia e esboça um leve sorriso, dizendo:
— Certamente vencerá, capitão.
William prossegue:
— O tratamento adequado não pode ser pago com o salário de policial.
Madm não resiste e diz:
— Existem coisas que o dinheiro não pode comprar, porém, a misericórdia de Deus, hoje, chegou à sua casa. A partir de hoje, seus sofrimentos diminuirão.
— Como você está se sentindo hoje, meu amor? — Pergunta William.
— Estou com as dores de sempre, mas estou bem. — Responde à mulher de bandana.
Com suas duas mãos, Madm toca os ombros da mulher, que estranha e olha feio para ele, mas ao levantar a cabeça, vê um sinal de positivo de seu marido.
— Pode ir ao médico consultar-se, nenhum mal te atinge agora! — diz Madm.
A mulher percebe que todas as suas dores sumiram, então, Amada pergunta:
— Como está se sentindo?
— Então, aparentemente, minhas dores sumiram. — Diz ela.
— Você está curada! — Diz Amada, sorrindo.
Uma jovem morena clara sai da casa e, ao vê-los reunidos, pergunta:
— Está tudo bem?
Menslike olha para a moça e sente seu coração acelerar.
William aponta para a moça e diz:
— Madm, Amada, Nokram, Menslike, esta é minha irmã, Letícia.
A jovem se aproxima e diz:
— Prazer, Let.
Amada e Madm acenam para a moça, enquanto Menslike se curva e beija sua mão. Todos se entreolham em um clima de desconforto, quebrado pela esposa de William, que diz:
— Perdão, eu não me apresentei ainda, meu nome é Ângela.
— Seu esposo disse tudo sobre você, Ângela. — Comenta Amada, que conclui: — E sobre você também, Let.
— Meu irmão? Quem são vocês? — Pergunta Let.
— São enviados de Deus que vieram nos abençoar, Let. — Responde William.
— Meu esposo curou sua cunhada. — Pontua, Amada, toda sorridente.
— Você a curou? — Pergunta Let.
— Seu irmão irá hoje à tarde ao médico fazer uns exames para obtermos respostas precisas. — Responde Madm.
Após adentrarem, a esposa do capitão de polícia serve uma refeição com pães, leite e chá para o grupo, enquanto prepara o almoço com Let.
Durante a refeição, Madm e seus amigos contam sobre sua missão e experiência.
— Fomos ricos, pobres, vimos o mundo acabar, o Mashiach nos salvar e por fim, para cá, nos enviar. — comenta Madm.
— Até rimou. — Brinca Let.
— Meu esposo é um poeta! — Comemora Amada, beijando seu rosto e sorrindo.
— Meu pai é minha inspiração! — Pontua Menslike.
William não nega toda apreensão que sente. Let, curiosa, pergunta:
— Quais são seus poderes?
Nokram antecipa Madm e diz:
— Não temos poderes, todo poder pertence a Deus!
Madm então explica:
— Quando nos enviou, Peniel, o mensageiro de Deus, disse que eu poderia curar as pessoas e atenuar ou eliminar os efeitos diretos do pecado. Na verdade, ele disse que eu poderia fazer tudo que o Mashiach fez quando veio à Terra, melhor, pois faço ciente da plenitude de sua salvação. — diz Madm.
— O Madm é humilde, morte, envelhecimento, doenças, confusão de línguas, boca fechada dos animais, na verdade, tudo que é bom, Deus lhe permitirá fazer com uma palavra, ou um toque de mãos. — Diz Amada.
— Abrir a boca de animais? — Pergunta Let.
— Sim. Ele pode tornar possível aos animais voltar a aprender a falar. — Responde, Amada.
William, visivelmente apreensivo, diz:
— Hoje eu fiquei cego por alguns segundos, Madm tocou meus olhos e eu fui curado. Ele me convenceu de que, se tocasse você, Ângela, você seria curada.
Ângela mostra uma expressão de descrença, mas se cala, enquanto Let avisa:
— O almoço está pronto.
Amada olha para William e diz:
— Não podemos comer sem a presença de meus cunhados e meu sobrinho.
— Tem mais gente com vocês? — Pergunta Let.
William se lembra de que deu ordens para Anderson e Swan seguirem com os jovens e o pequeno garoto para a delegacia.
Momentos antes, na estrada:
William desce da viatura, convencido de que Madm poderia ser um enviado de Deus, após ele responder incontáveis perguntas cujas respostas pareciam impossível de se ter e sua visão com o cristal, e diz:
— Esses jovens dizem ser amigos de Let, se isso for verdade, vamos aliviar para eles. Vou levá-los a minha casa, leve os jovens e o menino para a delegacia – segurem eles lá até minha chegada.
Agora:
William se levanta e diz:
— Podem almoçar, vou buscar os meninos.
Naquele momento, na delegacia, Luk e Healer comem suas unhas apreensivos, enquanto Bebeto sugere:
— Não é melhor fugirmos? Vai saber para onde levaram o tio, Amada e meus primos?
— Não! Não estamos sendo perseguidos, vamos confiar em Deus e aguardar o Madm. — sugere Luk.
— E se agredirem eles? — Indaga Healer.
— Deus os protegerá. Vamos aguardar! — Insiste Luk, enquanto os dois policiais, Anderson e Swan, conversam com o delegado.
— Pois é, delegado Morales, foi algo estranho. Primeiro, o capitão William pediu para os trazermos para cá, mas depois decidiu levá-los para sua casa, afirmando que sua irmã conhecia os meliantes. — afirma Swan.
Anderson, no entanto, adiciona:
— Independente disto, todos nós confiamos na lisura e honestidade do Capitão William!
— Verdade! Ninguém questiona a honestidade dele. Vamos aguardá-lo. — Concorda o delegado.
Após a saída de William, todos começam a almoçar, exceto Amada, que segue apreensiva.
Durante o almoço, Let insiste em perguntar:
— Então, vocês realmente podem evitar a morte?
Madm afirma de forma enfática:
— Foi o que Deus nos disse que poderíamos fazer.
— Vocês ou você? — Pergunta Let.
Menslike, mais uma vez, antecipa a resposta dizendo:
— Nós somos um time! O que um de nós fizer, todos fazemos juntos!
No entanto, Nokram explica:
— Nós acompanhamos nosso pai, Deus creditou a ele nos liderar e, por isso, ele recebeu todo o poder.
— Seu pai, você é mesmo o pai deles? Pois parece ter a mesma idade! — enfatiza Let.
— Fomos rejuvenescidos pelo poder de Deus! — Explica Nokram.
— Viu! O poder de Deus atua em todos nós! — Acrescenta Menslike.
— Sim! Pois estamos sempre juntos. — Acrescenta Amada, que sorri e completa: — Mas Deus escolheu dar grande poder ao meu esposo, mas este poder pertence a Deus e favorecerá todos nós!
— Você é uma mulher de sorte! — Pontua Let.
Ao ver o comportamento de Let e julgar como impróprio, por poder ser confundido como assédio, em frente à Amada, Ângela tenta mudar o tom da conversa:
— William está demorando muito não?
— Ele acabou de sair! — Rebate Let, movimentando os pulsos, de maneira que Madm percebe que o mesmo está enrolado por um pano. Então, ele pergunta:
— O que foi no seu braço? — Pergunta ele.
— Eu tenho o pulso aberto. — Responde ela.
Madm toca o braço dela, que sente um arrepio em seu pulso. Então, ele diz:
— Retire o pano de seu braço.
— Eu não posso. Dói! — Diz Let, apreensiva.
— Você não crê que meu esposo possa te curar? — Indaga, Amada
Ouvindo isso, Let medita em seus pensamentos, indagando consigo mesma: “Se a mordida do Miguel aparecer, eu terei que dizer que isso foi resultado do toque desse cara, pois se o poder dele não puder curar uma mordida sobrenatural? Terei que mentir.”
Enquanto viaja em seus pensamentos, a mente de Let é levada a momentos vivenciados dias antes, quando um vampiro morde seu pulso e se alimenta de seu sangue.
Enquanto Let viaja em seus pensamentos, Ângela afirma:
— Verdade, cunhada, se ele não te curar, saberemos que ele não tem poder.
— Está duvidando de meu marido? — Indaga, Amada.
— Não. — Corrige Ângela, que, em seguida, corrige: — É que se ele mostrar que curou minha cunhada, certamente ele confirmará que tem poder.
Let segue confusa, mas após refletir, ela decide retirar o pano que envolvia seu punho e percebe ele intacto, curado, perfeito.
Madm pergunta:
— Sente alguma dor?
— Não. O senhor me curou! — Dispara Let.
— Deus te curou! — Corrige Nokram.
Let dá um salto do banco, surpresa e então exclama:
— Eu creio no senhor! Eu creio no seu Deus! A dor sumiu!
Ângela a observa e sente esperança e otimismo para realmente estar sendo curada.
Enquanto isso, longe dali, na fazenda:
Thomaz Muller conversa com Aparício:
— O William certamente vai descobrir quem são aqueles caras! Felizmente, um dia ele pode ser útil.
— O senhor fez bem em não confiar neles! Certamente são impostores! — Enfatiza Aparício.
Kilba os serve, mas ao sair, balança a cabeça. Faustão percebe seu comportamento e pergunta:
— O que foi, linda?
— Eu acho que o Sr. Muller acabou de rejeitar verdadeiros anjos de Deus, os espantando desta casa! — Responde ela.
Faustão coça a cabeça, mas guarda silêncio.