A notícia de que Drácula caminha com grande exército por território Valáquio chega aos ouvidos de Vlad, o Dragão. Desestabilizado emocionalmente, ele sabe que seu filho não atacou ninguém em suas terras, mas pode ser ele a grande vítima do ataque de seu único filho vivo. De joelhos, na janela de seu quarto, Vlad, o Dragão entoa uma oração:
_Chegou o dia do meu julgamento. Pelo meu próprio filho serei morto. Eu queria ser livrado de desastroso fim, mas se é este o meu destino, não temerei meu fim e estarei de pé, de forma honrosa, sem que mais sangue além do meu seja derramado nesta terra. E que o senhor possa abençoar o reino de meu filho! _Vlad, o Dragão, pega seu crucifixo e começa a rezar o rosário.
Após duas horas, seus servos seguem aguardando ansiosos suas ordens.
_ O nosso voyvoda não vai nos ordenar perfilarmos para a batalha? Se ficarmos aqui, vamos morrer! _ Diz um de seus generais.
_ Seu filho é quem nos ataca, seus filhos sempre foram sua fraqueza! Ele vai entregar o reino e nossa vida a eles sem lutar, quer apostar? _ Pontua outro.
Os dois ainda conversam quando Vlad II, o Dragão, deixa seus aposentos e diz:
_ Nenhum de vocês morrerá, hoje! Muitas vidas já foram ceifadas pela guerra. Retornem a suas casas, pois o voyvoda da Transilvânia não fez mal a ninguém em nosso reino. Certamente ele requeirirá minha vida, mas se for este o desejo dele, que seja somente a minha vida e de mais ninguém. Sirvam-no como me serviram e certamente vocês serão honrados.
_ O que faremos? Esperaremos em nossas casas até que vosso filho ordene seus soldados nos matarem? _ Contesta um dos generais.
_ Não! Junte um pequeno grupo de generais e capitães, não mais do que 15 oficiais dos mais nobres e vão ao encontro de Vlad e o recebam em paz! _ Ordena Vlad.
_ Ele nos matará quando nos vir em pequeno número e quando chegar ao seu castelo, o matará, meu rei. _ Diz um general, curvando-se diante do Dragão.
_ Acessem com a bandeira branca, eu tenho certeza de que ele não os matará! _ Diz Vlad, que suspira e depois conclui: _ Quanto a mim, que ele julgue e faça comigo o que for melhor para o reino!
A ordem de Vlad, o Dragão, não é bem recebida pelos seus principais generais, que obedecem, mas caminham contrariados até os limites da cidade para receberem Vlad Drácula e seu exército.
_ Nosso voyvoda está ultrapassado! _ Diz um deles, a seu companheiro.
_Se ele continuar no comando da nação, a Valáquia será desonrada, se curvando as nações vizinhas. _ Comenta o outro.
_Infelizmente! Se permitirmos que ele continue no poder. Nosso país sucumbirá e virará uma mera província. _ Enfatiza o primeiro, no exato momento em que eles observam Drácula com seu poderoso exército marchar em sua direção. A Bandeira branca é levantada por parte dos valáquios. Um representante do exército de Vlad III, o Drácula, caminha até o comandante do exército Valáquio e diz:
_Vlad III, o Drácula, filho do Dragão, tem condenado a conduta do voyvoda da Valáquia e sua passividade com nossos inimigos. Com a ausência de combate do mesmo com relação aos nossos inimigos e aos assassinos dos herdeiros do trono da Valáquia. O grande Dragão se curva diante de seus opressores, porém Lord Drácula não veio combater contra seu povo. A Valáquia e a Transilvânia foram divididas, mas fazem parte de um mesmo povo. Lord Drácula pede apenas que em paz, lhe seja permitida passagem por vosso território para que o exército da Transilvânia possa chegar ao Império Otomano e vingar a morte de Radu e Mirsea! _Diz o representante de Drácula.
Os generais conversam e permitem a passagem do exército de Drácula, quando alguém informa uma movimentação atípica em meio ao exército:
_ Comandante! Alguns soldados descontentes com as últimas ações do Lord Dragão, estão sugerindo que Drácula é o herdeiro real do trono e deveríamos segui-lo.
_De jeito nenhum! Diga aos insatisfeitos que Drácula representa outro país. Diga aos insatisfeitos que nos reuniremos após a passagem do exército Transilvânia, se há problemas em nossa província, que seja resolvida por nós e não por estrangeiros! _Ordena o General.