Após o ritual ousado promovido por Qetsyah, seus servos saem a cidade sem nenhum controle, atacando todos que veem, se alimentando deles e os matando. Alguns, na euforia de sua transformação se convertem em uma forma de humanoide com cabeça de morcego e demonstram um comportamento ainda mais insano e perverso.
Entre eles, Qetsyah é uma das mais comedidas e controladas. Porém, sem demonstrar nenhum tipo de piedade, ela grita:
_ Isto, meus servos, espalhem o terror e o temor! Que a partir de agora o meu nome seja temido através de vocês.
Após ela bradar tais palavras, um dos homens que corre, para em frente a ela e diz:
_ Foi por isso que ele te trocou! Foi por isso que ele te abandonou, bruxa velha! Ele viu você como realmente é! Repugnante e detestá… _ O homem não consegue terminar de falar, pois seu coração é arrancado por um dos servos de Qetsyah, que diz em resposta:
_Ninguém ousará desafiar nossa senhora, Qetsyah! Ninguém ousará questionar a rainha das bruxas e dos vampiros!
Qetsyah se se aproxima do homem e lhe dá um selinho, em seguida, lhe diz:
_ Há um problema! Este idiota tinha razão, mas isso não significa que possamos corrigir este erro e acabar com a felicidade Silas, o punindo como ele sempre mereceu!
_ Será um prazer, minha senhora! _ Diz o servo, se curvando diante de Qetsyah.
Algum tempo depois, Amara estende suas roupas em um arame ligado por duas árvores, quando é avistada por Qetsyah.
_ Ali está ela, senhora, me permita matá-la!
_ Se você fizer isso longe dele, ele não saberá que seu castigo é resultado de sua rebeldia. Toda rebeldia e ingratidão devem ser punidas! _ Dispara Qetsyah.
A dupla se despe rapidamente junto com outros servos de Qetsyah que aglomeram suas roupas ao pé de uma árvore a meia distância de Amara, em seguida se convertem em forma de morcego e juntos se dirigem até uma madeira bastante próxima de Qetsyah.
Não demora até que Silas chega e abraça Amara de forma carinhosa, entregando-lhe uma flor e dizendo:
_ Uma flor para meu doce amor!
Amara vira-se para ele, o abraça, o beija e confessa:
_ Meu amor, eu tenho que te confessar que desde que meus dias atrasaram, eu estou bastante temorosa, eu não sei o que vai ocorrer!
_ Fique tranquila, tudo vai dar certo, mas eu também estou com medo! _ Também confessa Silas.
Imediatamente, Silas vê o movimento dos incontáveis morcegos que passam por eles e se dirigem até a proximidade de uma árvore, a árvore em que eles deixaram suas roupas e uma fumaça toma conta do lugar quando eles voltam a sua forma humana.
Rapidamente, o grupo se veste e em seguida cerca o casal da selva.
_ Qetsyah, então você finalmente participou do ritual ao qual me obrigou a participar.
_Sim e vim te punir por sua ingratidão e rebeldia, meu servo amado! _ Responde Qetsyah, dando dois passos à frente, se aproximando do casal.
_ O que vocês querem? Será que a gente nunca vai ter paz? _ Indaga Amara.
_ Paz? Vocês vivem em paz já há vinte anos, vocês precisam experimentar a justiça! _ Dispara Qetsyah.
_ Justiça? Alguém que mata virgens, amarra seu noivo e o obriga a participar de um ritual amaldiçoado pode falar em justiça? _Questiona Silas.
_ Você sabia do ritual! Você aceitou participar do mesmo! Você não é vítima de nada! _Rebate a poderosa bruxa vampira.
_ Verdade, mas eu não sabia que uma pessoa inocente morreria para que isso ocorresse. _ Pontua Silas.
_ Talvez, mas nestes vinte anos você matou quantas pessoas? Quando era humano você era vegetariano? Não era você meu noivo caçador que amava caçar animais nesta selva? _ Insiste Qetsyah.
_ Tudo isso é passado! Eu já aceitei o que sou, estou bem com Amara e não lhe incomodo! Sempre acompanhei o seu sucesso e nunca lhe fiz nenhum mal. _ Argumenta Silas.
Qetsyah dispara uma alta gargalhada e em seguida, diz:
_Você é um vampiro! Um vampiro pode superar a morte, mas sempre será vulnerável a uma bruxa! _ Então, Qetsyah começa a falar palavras inaudíveis e impronunciáveis da glossolalia mágica a qual conhece, o que leva Silas a sentir uma imensa dor, ficar com seu rosto vermelho e não conseguir pronunciar nenhuma palavra, como alguém que se sente sufocado.
Qetsyah se aproxima de Silas, mas Amara, bravamente se adianta, fecha sua mão e com toda sua força acerta um soco cruzado no rosto de Qetsyah, que a desequilibra e corta os seus lábios.
Os poucos segundos de distração de Qetsyah são suficientes para Silas voltar a si e tentar uma fuga. Ele segura sua amada pelos braços e vira-se, mas a recuperação do fôlego de Qetsyah o impede abrir larga distância.
_ Arribaricantoná, samalalá! _ Grita Qetsyah, esticando sua mão direita em direção ao seu ex, que sem força, acaba derrubando Amara, que é imediatamente segurada por dois dos servos de Qetsyah.
_ Silas, por favor! _ Grita Amara.
Neutralizando seu amado, Qetsyah se aproxima de Amara e diz:
_ Fique tranquila, vadia desgraçada! Silas conhecerá outra pessoa com sua imagem dentro de 20 anos e se apaixonará novamente!
_ Por favor, eu nunca te fiz mal nenhum. _ Implora Amara.
_ Nem fará! Você foi apenas uma distração para meu amado, que poderá amar diversas pessoas com uma imagem semelhante à sua, mas sempre será meu!
Com toda sua força, no chão, de joelhos, Silas se esforça para clamar:
_ Qetsyah, por favor, não! É a mim que você odeia! Mate-me, mas perdoe ela!
_ Você queria ser imortal, meu amor, certamente será, mas devido a sua ingratidão, será uma eternidade de amargura e dor! _ Adverte a bruxa vampira.
_ Posso, my lady? _ Indaga um dos servos.
_ Não! Eu quero ter essa honra! _ Responde Qetsyah, que em seguida, crava sua mão um pouco acima do peito de Amara e arranca seu coração.
_Nãaaaooooooo! _ Grita Silas. _ Nãoooooooo! Eu te odeio sua bruxa infernal!