“Meu nome é Silas, eu sou o vampiro solitário da floresta. Nos últimos vinte anos, eu vivi um grande conflito.
Após ouvir sobre o anúncio da destruição de toda vida na Terra, eu procurei minha então noiva, a bruxa Qetsyah, para que ela consultasse suas entidades e encontrasse um meio de nos salvar e ela fez isso.
Porém, em meio ao ritual que me transformou em vampiro, eu me arrependi do mal que estava fazendo e senti piedade da jovem virgem que morreu para que eu pudesse me tornar o que sou.
Durante todo este tempo, eu vivi um conflito ideológico em que em parte, me entregava aos meus desejos, matando, perseguindo e me alimentando de seres humanos, em parte me culpava e me odiava pelo que fiz e pelo que me tornei.
Foi assim até o momento em que eu conheci Amara, um ser que foi fecundado no momento do meu ritual. Ao descobrir sua ligação direta comigo, Amara se apaixonou por mim, mesmo eu sendo como eu sou.
Porém, o fato de eu não ter me gloriado no monstro que me tornei levou minha ex-noiva, a bruxa Qetsyah a se irar contra mim e após realizar novamente o ritual da criação do vampiro original, ela decidiu praticar sua vingança.
Qetsyah invadiu a área de nossa habitação e sem piedade, arrancou o coração de minha amada Amara, matando-a.”
_Não! Não! Nãooo! _ Grita Silas.
_ E agora, meu amor, o que você vai fazer? _ Indaga Qetsyah, bebendo o sangue do coração de Amara.
_ Nada! Para mim chega, não preciso esperar o dilúvio, eu só quero morrer! _ Confessa ele.
_ Eu farei isso com todo prazer! _ Dispara um dos servos de Qetsyah, pronto para atacar Silas.
Mas Qetsyah, em sua ira soberana o confronta:
_Não! Eu fiz tudo para que ele vivesse! Silas viverá e não morrerá! Ele pagará o preço de sua escolha e odiará sua existência cada dia viver.
_ O que faremos então? _ Pergunta o servo.
_ Vamos embora! Hoje a justiça se fez na Terra! Hoje o “senhor” começou a me exaltar na Terra! _Celebra ela.
Após dizer estas palavras, a poderosa bruxa deixa Silas lentamente, seguida por todos os seus servos. Abalado, Silas pega o corpo de Amara e soluçando não para de chorar. Por fim, ele brada novamente:
_ Nãooooooooooooooooooo!