Após uma noite divertida com Gabrielle curada, Charles a deixa em sua casa como um bom moço, o faz acompanhado de Erik e apenas após deixar a jovem, ele decide deixar seu amigo em seu apartamento.
A sós, Erik brinca por causa da atitude de Charles:
_ Um cara inteligente teria deixado o amigo solitário antes de deixar a garota.
Charles olha para Erik e revida:
_ O amigo solitário não estaria solteiro se não tivesse desprezado a Raven.
_ Eu não estou pronto para outro relacionamento. _ Afirma Erik.
_ Eu poderia comentar, mas para isso precisaria te ouvir. _ Diz Charles.
Erik respira fundo e decide se abrir:
_ Eu amava Magda, fugimos juntos de um campo de concentração e vivíamos felizes.
_ Até que… _ Diz Charles, esperando que ele prossiga.
_ Nós éramos felizes Charles, após a guerra, nos mudamos para a União Soviética, nos casamos e tivemos uma filha, chamada Anya. Vivíamos bem, mas uma multidão descobriu que eu tinha poderes especiais. Eles se reuniram e vieram no meio da noite a minha casa. Com chamas de fogo, facões, tacapes de madeira pediram para eu sair e me render.
_ Por que você não saiu e se rendeu? Provavelmente sua passividade diminuiria a fúria deles. _ Sugere Charles.
Erik dá uma gargalhada em alto som e diz:
_ Achei que havia lido minha mente.
_ Eu só li seus pensamentos superficiais naquele dia, mas não faço isso o tempo todo. Gosto de respeitar o tempo das pessoas. _ Rebate Charles.
_ Então, eu sai, me rendi, disse que era só um trabalhador, um refugiado que vivia com minha filha e esposa, mas a turba não se contentou. Um desgraçado colocou fogo na casa e gritou: “Queimem o bruxo!” A parte da casa que ele colocou fogo, era o quarto de Anya. Como eu estava amarrado, e eles estavam sem metais, eu tive que usar minha mente para tirar os metais de casa para usar contra eles. Eu os matei, mas não consegui salvar minha filha e a casa pegou fogo na totalidade.
Ouvindo a triste história de Erik, Charles coloca a mão na cabeça e diz:
_ Que triste, não precisa mais comentar sobre isso, se não quiser.
_ Não vou! É passado! Mas para resumir, Magda não me culpou pela morte de Anya, mas me culpou pela morte daqueles homens, então ela me deixou.
_ A humanidade ainda não está preparada para conviver com seres de maior poder, por isso precisamos ocultar nossos poderes. Por isso, precisamos ser pontuais e utilizá-los apenas quando necessário. _ Adverte Charles.
_ Por isso você insiste para a garota azul não se mostrar na sua forma original? Tem medo dela também ser chamada de bruxa e ser perseguida? _ Questiona Erik.
_ Não é uma ideia minha, sempre foi uma escolha dela. Porém, não somos bruxos, somos mutantes, na verdade, nós desenvolvemos um gene x cromossômico a mais e isso nos dá um dom diferencial. _ Explica Charles.
_ Ok! Não somos bruxos, bruxaria e magia são coisas do passado, somos o futuro! Somos mutantes! _ Diz Erik, que sorri e conclui: _ Então, esqueçamos o passado, vamos viver o futuro! O futuro pertence aos mutantes!
Charles sorri ao ouvir as palavras de Erik sem refletir no real significado das mesmas, em seguida, volta ao assunto anterior.
_ Mas por que o Max virou Erik? _ Pergunta ele
_ O Max matou toda uma comunidade enfurecida. Eu não queria viver como um fugitivo para sempre. Logo que Magda me abandonou, eu encontrei um falsificador romeno de nome Georg Odekirk, ele me tornou Erik Lensherr, e em homenagem a Magda, se o Max era judeu, o Erik é cigano, como seu único e verdadeiro amor. _ Explica Erik
_ Você teve notícias de Magda, após isso? _ Indaga Charles
_ Não! Nunca procurei saber dela. _ Confessa Erik.
_ Então por isso vive como assim, solitariamente? _ Indaga Charles.
_ Pois é, não quero descobrir com quem ela se casou após eu ter deixado a União Soviética, o Max era um assassino, não quero que o Erik seja. Não tão logo! _ Diz Erik, em seguida, ele e Charles sorriem.