Em meio ao ritual no centro de Cade City, com o corpo de Esther ao centro e de um hectograma inscrito em uma circunferência, onde já repousam os sete corpos capturados pelos lobisomens da alcateia de Ansel, deitados em cada triângulo externo do hectograma, Cade cantarola explicando o que está fazendo:
“Sete por um, sete por um;
A Terra devolverá uma vida valiosa se por ela forem entregues outras sete!
Sete por um, sete por um;
E assim a vida de nenhuma bruxa, vampiro, fada ou lobisomem terá fim!
Sete por um, sete por um;
E a bruxa Esther poderá viver o que sempre mereceu!
Sete por um, sete por um;
E ninguém se lembrará de quem por ela morreu!”
Enquanto isso, Ansel relembra das cenas vistas anteriormente. Após os sete homens terem sido sequestrados por seus súditos e comerem a carne do oitavo, eles se transformam imediatamente em lobisomens e, sem demorar muito, são mortos por vampiros subordinados a Isabel, que os atacam com espadas de prata, cravando as mesmas em seus corações. Ansel vê a cena espantado, enquanto Dahlia o adverte:
_ Ou é isso, ou sua amada, minha irmã, nossa Esther jamais voltará à vida!
Agora:
Um por um, cada corpo sacrificado vai se desintegrando e seus restos mortais vão se tornando em cinzas, enquanto Ansel e Dahlia observam tudo atentamente. Após alguns minutos de repetição do ritual, um vento bate no local e Cade emite um gemido e então cai de joelhos por alguns instantes, dizendo:
_ Bem-vinda de volta, bruxa Esther, minha serva, pois sua vida foi invocada e a Terra se alimentou de outros sete seres especiais para permitir que seu espírito retornasse ao seu corpo.
Após ele dizer tais palavras, Esther emite um suspiro forte e se levanta.
Ansel corre até ela e a abraça:
_ Meu amor! Achei que nunca mais ia poder falar contigo! _ Esther, confusa, o reconhece, mas não diz nada. Ansel então insiste: _ Por favor, me perdoe! Eu cometi um erro, meu erro foi te abandonar, não lutar por você, por isso voltamos. Toda minha alcateia, Dahlia e o Lord Cade, nós decidimos lutar por você.
Esther segue calada, até que levanta seu pescoço e vê Dahlia, com Henrik em seus braços e a pequenina Freya ao seu lado, segurando a mão de sua tia e sorrindo.
_ Freya! _ Diz a mãe.
Freya, a pequena garota, solta a mão de Dahlia e corre em direção a Esther, que larga Ansel e abraça sua filha.
_ Mamãe! Que bom vê-la. _ Diz a pequena garota, enquanto Esther a levanta e a abraça com força.
Emocionada, mas confusa, ela indaga:
_ O que vocês fizeram?
_ Eu te salvei do teu sequestrador, do homem que te levou a esquecer tudo que você sempre amou e desejou. Tudo que você sempre foi e quis e a trouxe de volta, a tudo que você realmente precisa. _ Diz Dahlia.
Esther larga Freya, caminha alguns passos em direção a Dahlia, estica os braços e diz com ira no coração:
_ Me dê, meu filho!
Com tranquilidade, Dahlia passa o pequeno bebê, Henrik, para sua irmã, que o abraça e o beija.
_ Tudo que fiz foi por amor a você, Esther, para lembrá-la que ainda pode ser feliz! Para libertá-la daquele viking que traiu sua origem e a obrigou a fazer o mesmo.
_ O que vocês fizeram? _ Questiona novamente, Esther, balançando sua cabeça novamente.