Enquanto Mina reencontra Drácula, Van Helsing prepara os quatro amigos para retornarem ao cemitério:
_ Se eu estiver correto, Lucy se tornou uma vampira da classe das vampiras transformadas, logo, basta ferirmos seu coração com firmeza e seu corpo explodirá, derretendo-se em cinzas.
_ Afirma ele.
_ E sua alma será liberta?! _ Indaga Arthur.
_ Isso! Eu imagino que ela, com displicência e sem muita proteção de Drácula, deva ter retornado ao cemitério após nossa saída de lá e provavelmente esteja dormindo em seu caixão. _ Pontua Van Helsing.
_ Como se estivesse morta? _ Indaga Morris.
_ Ela está, mas algum poder sobrenatural usa o corpo dela para algum propósito nefasto. _ Registra Holmwood.
_ E se Drácula aparecer? _ Indaga Jonathan Harker.
_ Este é o meu temor, por isso, as estacas que eu entregarei a vocês são feitas de um material especial, um material que pode matar um vampiro original, aquele que ele mesmo realizou um pacto com o senhor das trevas.
Após dizer estas palavras, Van Helsing entrega uma adaga para cada um dos jovens. Então, John Seward pergunta:
_ Do que é feio isto?
_ De carvalho-branco, o único material que pode matar um vampiro original. _ Responde Van Helsing.
Após dizer tais palavras, os cinco descem da carruagem e adentram o cemitério. Sem nenhum contratempo, eles rolam a pedra e adentram o mausoléu dos Westenra.
Sem medo, Van Helsing abre o caixão de Lucy e, como esperava, encontra seu corpo repousando dentro do mesmo.
_ Como o senhor imaginava. _ Comenta John Seward.
_ Não falem muito alto, pois ela pode acordar. _ Adverte Van Helsing.
_ O que fazemos agora? _ Indaga Jonathan Harker.
_ Lucy está aí, para libertar sua alma e permitir o seu repouso, basta um de vocês cravar sua estaca em seu peito. _ Pontua Van Helsing.
_ Eu não tive coragem quando ela estava me provocando com palavras ofensivas, não terei agora. _ Afirma John Seward.
_ Eu prometi a vocês revelar a verdade sobre o que ocorreu com Lucy. Ela e sua mãe foram vítimas de Vlad Tepes, o Drácula, que se revelou ao Sr. Harker como conde Dalv, que se revelou à Lucy como Alucard, mas eu não posso executá-la. Ela não me fará nenhum mal. Se vocês quiserem desistir de dar repouso a ela e permitir que ela viva eternamente sob o domínio de Drácula para cumprir seus propósitos e desígnios, eu não vejo nenhum mal nisso. Minha promessa eu já cumpri. _ Enfatiza Van Helsing.
_ Coragem para matar ela e qualquer vítima do Drácula não me falta, mas Mina não me perdoaria se eu fizesse tal coisa. _ Pontua Harker.
_ Se ninguém vai fazer nada, vamos embora. _ Diz Van Helsing, que após perceber que tais palavras não provocaram nenhuma reação, conclui: _ Porém, saibam que não tardará e Lucy ou o demônio que agora habita seu corpo irá até vocês e certamente os convencerá a se tornarem escravos de seu senhor e tenho certeza de que se ela usar de suas artimanhas, será difícil resistir.
_ Então, o que ele fez com ela, tentará fazer com Mina. _ Pontua John Seward.
Van Helsing muda sua expressão e olha com reprovação para seu ex-aluno, enquanto Jonathan Harker indaga:
_ Como assim?
_ O que o Sr. Seward quis dizer é que todos nós corremos perigo. _ Tenta disfarçar, Van Helsing.
_ Não, ele citou claramente o nome de minha esposa? _ Indaga Jonathan.
_ Sim, citei, ele tem que saber, Dr. Van Helsing. _ Insiste John Seward.
_ Agora não é hora e nem o lugar. _ Adverte Van Helsing.
_ Não, eu quero saber que risco especial minha esposa está correndo. _ Insiste Jonathan.
_ Eu vou contar! _ Diz Seward. Van Helsing vira-se e balança a cabeça negativamente enquanto John Seward diz: _ Enquanto Lucy estava sendo persuadida por Drácula, ela me revelou que o tal Drácula, na forma de um misterioso príncipe, também aparecia e tentava conquistar Mina.
Aliás, ela até disse que ele havia a trocado por sua amiga.
Van Helsing coloca suas mãos na cintura e diz:
_ Vamos embora! Pelo visto, vocês decidiram manter Lucy em seu estado atual. Vamos voltar cada um para suas casas. _ Para mim, Lucy claramente é só uma vítima de Drácula. _ Pontua Seward.
_ Como eu, como Mina, precisamos matar Drácula! _ Enfatiza Harker.
_ Sim! Ele é o inimigo! _ Acrescenta Morris.
_ Então vamos! _ Diz Van Helsing.
Todos se viram para deixar o túmulo de Lucy, exceto Arthur Holmwood, que se aproxima do caixão, coloca a estaca de madeira na posição onde fica seu coração e crava no corpo de sua ex-noiva.
_ Eu não resistiria se ela fingisse ser dócil para me persuadir ao mal! Por isso, eu a liberto, Lucy, meu amor. _ Diz ele, enquanto o corpo de Lucy se torna em cinzas.
Van Helsing retorna, abraça Holmwood e diz:
_ Essa decisão só cabia a você, meu amigo.
Os amigos de Holmwood fecham o caixão enquanto Jonathan Harker diz:
_ Não podemos deixar Drácula impune, o verdadeiro culpado de tudo isso é ele!
_ Vamos matar Drácula! _ Enfatiza Holmwood.
_ Estou louco para vingar a morte de Lucy! _ Pontua Morris.
_ Não é questão de vingança, trata-se de justiça! Por Lucy, por Renfield e por tantas outras vítimas inomináveis! _ Acrescenta John Seward.
_ E principalmente por nós mesmos! _ Conclui Jonathan Harker.
_ Bom, se é o desejo de todos, vamos eliminar este demônio do mundo! _ Propõe Van Helsing, que estica seu punho fechado e vê todos os seus amigos empunhando suas mãos juntos e conclamando:
_ Não descansaremos enquanto não eliminarmos Vlad Drácula da Terra!