No dia seguinte, logo cedo, Let acorda e pede a camionete de seu irmão para seu trabalho:
_ Pode ir sim, vou trabalhar a pés. _ Diz William.
Let, com todo carinho, abraça seu irmão e o beija na testa, em seguida, abraça Ângela e pergunta:
_ Nenhuma dor mesmo, cunhadinha?
_ Estou me sentindo perfeita e aliviada. Este homem é um anjo de Deus. _Responde ela.
_ Que máximo! _ Vibra Let.
Após se despedir, Let deixa a casa em que mora com seu irmão e cunhada e parte para uma viagem de 140 quilômetros até chegar a um local onde se localiza um casebre humilde, aparentemente abandonado.
Após duas horas de viagem, Let estaciona a Chevrolet Brasil em um lugar rústico, se aproxima da casa de madeira bastante humilde onde um jovem branco, de rosto limpo, sem barba, pálido e olhos azuis sai do casebre, abre os braços e a abraça:
Let o beija e diz:
_ Senti saudades, quase nem vim, sabia?
_ Por que? _ Pergunta o homem.
_ Ocorreu umas coisas hilárias que você nem vai acreditar. _Diz ela, sorrindo. Os dois entram no casebre. Let conta ao homem, todo o ocorrido. Empolgada, seus olhos brilham ao falar do casal que chegou a sua casa, o que não agrada em nada o homem que é visitado, que a interrompe indagando:
_ O que aconteceu com seu braço?
Let fecha o rosto e tenta explicar:
_ Então, é isso que estou te contando, o homem que apareceu em minha casa tem poder de cura e me curou.
_ Te curar de que? Isso não era uma doença? _ Pergunta o homem.
_ Então, Miguel, tipo, eu estava com a munhequeira e ele achou que era em virtude de uma ferida, e meu braço cicatrizou logo que ele me tocou.
_ Como assim? Cura? Que tipo de seres são eles? _ Pergunta o homem.
_Não sei, eles dizem ser de outra realidade. _Responde Let, enquanto o homem massageia seu cabelo, deixando seu pescoço a vista.
Let inclina sua cabeça levemente, enquanto, presas, como presas de um animal selvagem crescem na boca do homem que seu pescoço, alimentando-se dela.
Ao se alimentar de Let, o vampiro passa a ter acesso aos pensamentos e emoções da moça. Assim, ele passa a ter conhecimento sobre os fatos anteriormente presenciados por ela, como as curas de seu braço e a cura de sua cunhada. Alguns segundos depois, o homem tira suas presas do pescoço de Let. Em seguida, ela se vira e pergunta:
_Rostos conhecidos?
_ Não! _ Responde o vampiro, balançando a cabeça negativamente. _ Nunca os vi! Talvez seja um caçador de vampiros, devemos tomar cuidado! _ Adverte ele.
Os dois se abraçam e, beijando-se, caminham até o quarto, onde o homem joga Let contra a cama e sobrepondo seu corpo sobre o dela, começa a beijá-la. Sorridente, Let corresponde, deixando sua roupa sair de seu corpo. Apaixonados, Let e o vampiro se relacionam sexualmente.
Duas horas mais tarde, o jovem doa a Let alguns colares cervicais de crochê de várias cores e sorrindo ironiza:
_O pescoço não tem como desmunhecar! _ Let o abraça e beijando responde:
_Miguel Harker, meu vampiro amado, no frio dessa região, o fato de eu simplesmente usar um adorno no pescoço não será questionado por nenhum desconhecido.
Após seus momentos de amor, o casal se despede. Em seguida, Let dirige sua camionete meditando sobre seu relacionamento com um vampiro, seu medo de morrer e seu sonho em se tornar uma vampira para não sofrer de doenças como sua cunhada. A mente de Let é ocupada pelas promessas de Miguel, seu namorado vampiro: “Eu vou te tornar uma vampira como eu, Let, minha noiva, eu te darei a eternidade!”