Após o desabafo diante de Alfred Pennywoth, seu mordomo, Bruce sai intempestivo, indignado, decidido. “Eu vou matar aquele desgraçado!” Diz ele em seus pensamentos.
Bruce pega sua arma, coloca no carro e sai em direção do tribunal. Ao estacionar seu carro, ele se desvia de toda imprensa que insiste em tentar ouvi-lo. Indagando:
_ Sr. Wayne, o senhor acha justo esta lei de delação premiada? _ Pergunta uma repórter.
_ Como o senhor se sente vendo a possibilidade de ver o assassino de seus pais podendo ser perdoado? _ Pergunta outro.
_ Sr. Wayne, o perdão a Joe Chill em troca de nomes da máfia de Gotham pode representar que o legado de seus pais vive e a morte do casal Wayne não foi em vão? _ Indaga outro.
Bruce ignora todas as perguntas. Sem pensar nas consequências, ele não consegue raciocinar, ele só consegue imaginar que se não fizer nada, o crime cometido contra seus pais terminará impune, mesmo com todo legado e contribuição de seus pais com a cidade, a cidade pode ignorar o mal-feito a seus pais.
No corredor a caminho do júri, Bruce se encontra sozinho e confirma se sua arma está firme em seu bolso. Em sua avaliação, ele está pronto para fazer o que acredita ser justiça, mesmo que alguns chamem de vingança.
As portas se abrem! Com muitos procuradores e advogados em volta, Joe Chill vem. Bruce consegue olhar bem no olho do assassino de seus pais que ainda está a distância, a cada passo apressado que Joe dá, rodeado de pessoas, ele respira disposto a não deixar impune a morte daqueles que lhe deram a vida e dedicaram toda sua existência a promover o bem.
Bruce coloca sua mão direita na arma, ele acredita estar realmente pronto. Joe está a menos de dez metros. Então, ele pensa: “É agora”!
No entanto, quando ele movimenta seu braço para tal ação, ouve um barulho: “Pow, pow pow”, os estrondos são acompanhados de gritos e os procuradores e advogados correm. Bruce se aproxima e vê o corpo de Chill estirado no chão.
Rachel Dawis, sua melhor amiga de infância, que agora atua como estagiária e acompanhava Joe, se reaproxima deles, ela toca o cadáver quente, porém já sem vida de Joe e observa a mão de Bruce dentro do casaco com uma pistola.
Rachel olha para o andar de cima, de onde vieram os tiros e percebe que não fora Bruce quem efetuou os disparos, mas percebendo as intenções de seu amigo, ela se levanta, o puxa pelo braço e após certificar de que eles estão longe da multidão o repreende:
_O que você pensava em fazer, seu pai dedicou sua vida há algo que você não aprendeu?
Bruce, cheio de cólera sussurra:
_Eu ia fazer a justiça que o poder judiciário não faria!
Rachel replica:
_Olha isso! Isso é justiça? Você acha que quem ordenou esses disparos, o fez por justiça? Falcone por acaso é um agente da lei?
De cara fechada ela deixa Bruce sozinho, e ele se retira da cena.