Depois de ser confrontado por sua melhor amiga, Rachel Dawis, Bruce Wayne decide tomar uma decisão ousada. O jovem milionário decide desafiar o mais poderoso mafioso de Gotham. O homem que teria mandado assassinar Joe Chill, Carmine Falcone.
Ele consegue a localização do poderoso mafioso que está jantando em um restaurante de propriedade de Oswald Cobblepoot, como de costume. O jovem bilionário raivoso estaciona seu carro e pega sua pistola que não pôde utilizar contra Joe Chill. Ele está pronto para fazer justiça contra Carmine Falcone, seu desejo é ardente contra o que ele imagina ser o maior mafioso de Gotham.
Bruce avista o mafioso jantando solitário em uma mesa. Sem ser convidado, ele ousa se posicionar em frente à mesa, em seguida, ele toma o assento e olha nos olhos do poderoso homem.
Logo ao assentar-se, Bruce ouve as boas vindas de Falcone:
_Veio me agradecer por fazer justiça ao assassino de seus pais?
Bruce olha e rebate:
_Não! Vim fazer justiça a quem realmente faz mal a Gotham!
Carmine olha nos olhos de Bruce e percebe sua ira, a raiva em seus olhos é notória. Ele observa que em diversas mesas, algumas pessoas se movimentam como que se oferecendo para defendê-lo. Calmamente, o chefe da máfia da cidade, movimenta a mão, sinalizando que está tudo em paz.
Durante todo o dia, Bruce esteve meditando após a conversa com Rachel, Joe era só um coitado, viciado, que desesperado em manter seu vício, matou seus pais. Ele agora está disposto a combater os verdadeiros criminosos, aqueles que aliciam e financiam o mal, os verdadeiros culpados.
O poderoso Dom Falcone, no entanto, observa o jovem e começa a mostrar a ele que não está sozinho.
_Sabe quem está naquela mesa filho? _ Indaga o mafioso. Bruce olha e vê o chefe do departamento de polícia. Falcone segue seu discurso amedrontador: _Quantos seguranças particulares estão a meu serviço, disfarçados? _ Indaga ele. _Você acha que o chefe de polícia defenderia você, filho, ou me protegeria? Indaga novamente, o mafioso.
Bruce abaixa a cabeça e percebe sua irá aumentar. Ele se cala e o silêncio é interrompido por novas palavras de Falcone:
_ Aqui estão comerciantes que são meus aliados, empresários, policiais que participam da minha folha salarial, injustiçados pelos baixos salários que o poder público lhes presta. Injustiça essa, que eu busco corrigir.
Bruce gira seu rosto 120 graus, Falcone mostra-lhe o prefeito da cidade e indaga:
_Quem você acha que garante a paz em Gotham? Que possibilita ao nobre alcaide municipal a possibilidade de proporcionar uma sensação de segurança à população? O caso de seu pai foi algo que não deixarei ocorrer novamente, pois eu sou a lei em Gotham, e hoje, eu puni aquele que infringiu as regras da cidade.
Extasiado de raiva, Bruce pega a arma, a levanta e aponta discretamente para Falcone, que sem nenhum medo indaga:
_Atire! Você será o causador do caos da cidade! Você será condenado e será a manchete dos jornais! Atire e você verá uma briga entre aqueles que eu subjugo, em busca da minha posição. _ E prossegue: _Você acha que um eventual sucessor será tão bondoso quanto eu? Terá regras justas como as minhas para reger a cidade? Se tem dúvidas, pague para ver!
Vontade de atirar não falta a Bruce, o bilionário órfão criado nos primeiros momentos de sua vida pelos pais, que viveu parte de sua adolescência no colégio interno em outro país, e por fim, foi educado pelo mordomo.
As palavras de Falcone agridem seus pensamentos, matá-lo agora, seria ineficaz. Não seria o suficiente para combater o crime organizado. Para fazer justiça de verdade, ele precisava de mais, de muito mais.
Repentinamente, Bruce guarda sua pistola, levanta-se e sai sem nada dizer. No entanto, após dar alguns passos, ele ouve Falcone chamá-lo:
_ Bruce! _ O jovem Wayne vira-se e então o poderoso mafioso se dirige até ele e diz: _ A morte de seu pai foi uma perda irreparável para esta cidade, eu sei a dor que sente e eu não vou deixar nunca que se esqueçam do legado de seu pai.
Bruce mantém o silêncio e caminha até o lado de fora do restaurante onde vê um morador de rua, entrega seu paletó ao mesmo e diz:
_ É seu, e quero te dar a camiseta e calça também, mas quero sua roupa!
Espantado, o morador de rua diz:
_ Está fedida, senhor.
Bruce caminha até o beco da metade da rua, retira sua camisa e calça e diz ao morador de rua que o segue a distância com seu radinho a pilha no ombro:
_Venha! Troque sua roupa comigo, pois o cheiro de nossa sociedade fede muito mais do que suas roupas!
Sem hesitar, o morador de rua larga seu rádio, tira sua calça um pouco rasgada e sua camiseta suja e veste a roupa de Bruce Wayne, que coloca a roupa do morador de rua e sai caminhando a pés.
Não demora até o morador perceber que a carteira de Bruce, com uma quantidade significativa de dinheiro, está no bolso do paletó, então ele grita:
_ Hey, senhor, senhor, seus documentos!
Bruce ignora o grito e apressa o passo. Com medo, o morador de rua corre na direção contrária a que Bruce caminha apressadamente, deixando no chão, seu rádio que noticia:
_Parece inacreditável, mas o Gambit, o cruzeiro organizado pelo bilionário Robert Queen naufragou no Pacífico.
