“Coft, Coft, coft!” Tosse um homem em um pensionato. Em seguida, ele vira seu rosto e cospe para o lado. Sua atitude atrai a atenção de algumas pessoas, que olham para ele.
Desculpe-me! Vou limpar! Diz o homem.
_ Não precisa, eu limpo. _ Diz a atendente, aproximando-se com um pano e percebendo que o homem expirou uma gosma de sangue.
Todos os olhos dos presentes no pensionado voltam-se para o homem, que interrompe sua refeição e sobe para seu quarto. Ao adentrar o quarto, ele abre a janela e olha para a colina dizendo:
_ Espero que as histórias sobre você sejam verdadeiras, que no castelo que fica à beira do rio possa realmente esconder o segredo da vida a eterna.
Após dizer tais palavras, o homem arruma suas roupas e desce. De forma altiva, ele diz:
_ Quanto devo pela estadia nesta espelunca?
_ O senhor está doente, não pode partir nesse estado. _ Diz a atendente.
_ Eu vou em busca da cura, eu vim em busca da solução para o meu problema. _ Em seguida, ele se aproxima do ouvido da moça e diz: _Não viu como todos me olharam a pouco quando tossi?
As palavras do homem são interrompidas pelo dono do pensionato, que diz:
_ Não sei o que o senhor procura, Sr. Renfield, mas tenho certeza de que coisas boas, o senhor não encontrará naquele castelo.
_ Se minhas pesquisas estiverem corretas, lá vive alguém que superou a morte e atravessou séculos. _ Diz Renfiled, que em seguida, tosse novamente.
_ Aquele castelo é ocupado por ciganos! Ciganos que são presos na lua cheia. Se eles ciganos precisam ser contidos nas noites de maior luz, que bem, eles podem fazer ao senhor? _ Indaga o dono do pensionato.
_ Eu não estou atrás deles. Estou atrás do senhor deles, aquele que viveu através dos séculos. O grande herói da Transilvânia e Valáquia, que viveu no passado. _ Rebate Renfield.
_ Ninguém vive através dos séculos, meu senhor, e acredite, todos que adentram àquele castelo sem ser convidados, não retornam vivos. _ Insiste o proprietário do pensionato.
_ Basta! _ Grita Renfield. _ Chega com suas superstições! Partirei agora mesmo! _ Diz ele, que em seguida, paga a jovem e diz: _ Pode ficar com o troco!
Renfield pega suas bagagens e se dirige até o cocheiro, que está a porta do pensionato, coloca suas coisas na carruagem e se assenta.
O cocheiro o adverte:
_ O senhor sabe que todas as pessoas que adentram aquele lugar sem ser convidados, não retornam?
_ Eu te contratei para fazer perguntas? _ Indaga Renfield.
Após a dura respostas de Renfield, o cocheiro parte pelo caminho íngreme que o levará ao castelo. À medida que o carro se movimenta, ele adverte novamente:
_ É inverno e o senhor sabe que só o levarei até onde minha carruagem conseguir trafegar.
Renfield abre seu diário e começa a escrever. De cabeça baixa, ele diz:
_ Faça apenas o que combinamos, eu não exigirei de ti mais do que nós acordamos!