“Meu nome é Oliver Queen, durante os 18 primeiros anos de minha vida, eu confesso que fui um garoto rico e mimado que sempre teve tudo a sua disposição e nunca deu valor.
Eu sempre fui apaixonado por minha namorada, Dina, porém o fato de nunca me achar bom o suficiente para ela, me levou a trai-la incontáveis vezes, e a última, foi com sua própria irmã.
Eu trouxe Sara, minha cunhada para um cruzeiro organizado pela empresa de meu pai, mas lá, deu tudo errado. Fomos atacados por um grupo de piratas que por algum motivo decidiu que a morte era uma punição pequena demais para mim. Em vez de me matarem, eles me mandaram remar até uma ilha, e eu assim o fiz, sobrevivendo.
Agora estou aqui, com fome, sede, sem saber o que fazer!”
Oliver se assenta escorado em uma árvore. Sem saber o que fazer, ele ainda vê as últimas partes do navio do cruzeiro comandado por seu pai, afundar. Abatido, ele junta suas forças, para escorado na árvore se levantar e observar a ilha onde está.
Aparentemente, o lugar é desolado e inóspito, a dor, remorso e solidão tomam conta de seu espírito, de maneira, que em vão, ele grita:
_ Tem alguém aí? Socorro!
Enquanto tenta inutilmente pedir socorro, seu consciência o coloca frente a frente com o que acabara de fazer, a traição, a dor emocional que ele próprio tinha infligido a Dina e a Sara. A angústia e o remorso preenchem cada pedaço de sua alma enquanto ele se debate com a ideia de que Sara deve estar morta por sua causa.
A dor da perda de seu pai pesa como uma pedra em seu peito, ele se sente o desamparo e sem direção. A incerteza sobre o que Dina sentirá ao descobrir suas traições o consume. Olhar para o horizonte escuro, sem nenhuma esperança, poderá se tornar constante na rotina do jovem que agora se sente solitário e moribundo.
_Dizem que aqueles que não são bons o suficiente para atingirem o céu, nem perversos o suficiente para irem ao inferno, ficam isolados no purgatório, até que alguém do mundo dos vivos o resgate. Ironicamente, eu não precisei morrer para isso. _ Desabafa ele, solitariamente.
Em meio a imensa dor, Oliver se lembra de sua infância, da paixão de seu pai e Malcolm Merlyn, o melhor amigo de seu pai, a quem chamava de tio, pelo arco.
_ O tio Malcolm me ensinou a dominar o arco para impressionar meu pai. Acho que devo te agradecer, tio. _ Diz ele, solitariamente, enquanto um lampejo de determinação faísca em seus olhos. _ Eu preciso de um arco para sobreviver neste inferno. _ Conclui ele, conversando consigo mesmo.
Com a determinação renovada, Oliver procura por materiais e, com habilidade e determinação, cria um arco adaptado com os recursos que encontrou na ilha. Com um pedaço de linha retirada da corda a qual o amarrou até o bote e um pedaço de madeira, ele consegue adaptar um arco e à medida que o sol se põe, a esperança toma conta do olhar cabisbaixo do play náufrago.