Enquanto em Londres, Mina passa alguns dia na casa de sua amiga, Lucy, Jonathan passa mais um dia solitário. Como em todos os dias, ele avista pela janela alguns ciganos trabalhando diariamente na parte externa do castelo e tenta falar com eles.
_ Bom dia! Boa tarde? Como vocês estão! _ Diz ele, em inglês, alemão, húngaro, francês e até romeno, algo que aprendeu nas suas conversas noturnas com o Conde. Porém, como sempre, ele não é respondido: _ Eu desisto! _ Lamenta ele.
_ O conde não nos permitiu falar com o senhor! Eles não vão te responder. _ Diz Louise, aparecendo atrás de Jonathan de forma surpreendente.
A voz de alguém no mesmo recinto que ele, o surpreende de tal forma que agora é ele quem fica mudo. Greta aparece e diz:
_ Senhor Harker, vim para lhe avisar que vou tomar a liberdade de pegar suas roupas em seu quarto, para poder lavá-las!
_ Vocês! Duas mulheres! Falando em inglês! Por que não as vi anteriormente? _ Indaga ele.
_ O senhor me autoriza pegar suas roupas para lavar? _ Indaga Greta.
_ Claro! Perdão! Fique à vontade. _ Diz ele.
_ O conde o tem em grande estima e por isso não permitiu a nenhum de nós, seus servos, que conversemos com você, para o deixarmos à vontade e não lhe incomodarmos, porém, se precisar de algo, estamos disposição. _ Pontua Louise.
_ Sim! Eu preciso! _ Diz ele, que em seguida abaixa sua cabeça e diz: _ Preciso da companhia de vocês. Eu tenho me sentido preso aqui, tenho vontade de sair e ir embora, mas por algum motivo acabo não saindo a porta. Seria muito abuso se vocês bebessem um chá comigo. _ Pede ele.
_Será uma honra! _Diz Morgana, aparecendo de forma surpreendente.
_ Mais uma? _Diz ele, que prossegue: _Eu havia convidado as duas outras moças, mas se a senhorita também pudesse me fazer companhia, eu agradeceria. _Jonathan sorri e em segui explica: _Eu mesmo preparo o chá, tantos dias solitário neste castelo e eu já sei onde fica tudo na dispensa. Enquanto prepara o chá acompanhado das três moças pálidas, mas lindas, Jonathan procura ouvir delas alguma coisa sobre o conde e seus motivos para que ele continue ali.
_ Se o Lord disse que deseja sua companhia para aperfeiçoar seu inglês, creio que não há motivos para o senhor temer ou insistir em perguntar sobre assunto que cujas respostas são conhecidas. _ Pontua Louise.
_ Verdade! Vocês têm razão! Talvez eu esteja sendo ingrato com o conde, ele tem me tratado tão bem. _ Confessa Jonathan, que em seguida relaxa e pede perdão: Sinto muito por incomodar vocês.
_ Ai, ele é tão educado! _ Confessa Greta, escorando seu queixo sobre seu pulso, a frente dele, à mesa, olhando em seus olhos.
Jonathan percebe um brilho no olhar de Greta e lembra do olhar de Mina, de quantas vezes ela a olhou com um olhar apaixonado, não muito diferente daquele.
_ Perdão, Sr. Harker, nós aceitamos o seu chá, bebemos contigo, deixamos o senhor nos servir e certamente seremos advertidas pelo conde por nos permitir tal coisa, mas precisamos retornar aos nossos afazeres. _ Interrompe Louise.
_ Claro, claro! Eu imagino que já as tenho atrapalhado demais, mas vocês podem sanar uma curiosidade que eu tenho? _ Indaga ele.
_ Qual? _ Pergunta Louise.
_ Onde vocês estiveram por todos estes dias? Por que eu não as vi e onde vocês trabalharão agora? _ Questiona ele.
_ Era uma curiosidade e o senhor nos apresentou três indagações. _ Rebate Morgana.
_ Ai, Morgana, não seja chata! As dúvidas do Sr. Harker estão relacionadas! Apenas responda! _ Pontua Greta.
Porém, Louise se limita a dizer apenas:
_ Este castelo é enorme e se o conde nos permitir, nós lhe faremos companhia em outros momentos.
_ Com certeza, e eu farei questão de pedir isso ao Lord quando ele acordar! _ Diz Greta.
_ Acordar? O Lord está dormindo? _ Indaga Jonathan.
Louise limpa a garganta, olha feio para Greta e diz:
_ Amanhã, quando ele acordar e antes dele sair para sua agenda. Pois o conde não gosta de ser incomodado quando chega da sua agenda externa.
_ Ah, claro, entendo. _ Aceita Jonathan.