À noite, diante de Drácula, Jonathan lhe faz um pedido:
_ Sir, porque o senhor não me convida para acompanhá-lo em suas agendas durante o dia?
Drácula olha para Jonathan com estranheza e lhe diz:
_ Os compromissos de um nobre nem sempre são compromissos agradáveis, meu amigo.
_ Está complicado para mim, passar os dias solitário. Vejo os trabalhadores do lado de fora do castelo, mas eles ignoram tudo que eu digo. Suas servas disseram que o senhor os proibiu de falar comigo.
Drácula franze a sobrancelha e indaga:
_ Minhas servas disseram o quê?
_ Perdão, conde, eu insisti para que elas me fizessem companhia e elas ficaram com pena de mim e atenderam o meu pedido, por favor não as puna. _ Pede Jonathan.
_ Jamais, mas o senhor não acha que se eu tivesse proibido meus servos de falar contigo, elas também não estariam proibidas? _ Indaga Drácula.
_ Sim. _ Concorda Jonathan.
_ Então, meu amigo, entenda que os ciganos tem costumes diferentes dos seus, talvez por isso tenham se reservado a não se comunicar contigo. _ Diz Drácula, que se levanta e deixa Jonathan sozinho pela primeira vez desde que chegou.
_ O senhor já vai dormir? _ Pergunta Jonathan.
_ Sim, meu amigo, o dia foi exaustivo! _ Responde Drácula.
Jonathan acha estranho e pensa: “Desde que cheguei aqui, ele só vai dormir quando percebe que estou extremamente cansado e muito próximo do amanhecer. O que será que ocorreu? Provavelmente não deve ter gostado do que eu falei. Coitadinha das moças.”
A caminho da escada lateral do castelo, Drácula diz:
_ Vou analisar o seu pedido e ver a melhor maneira de atendê-lo.
Sozinho, Jonathan coloca a mão na cabeça e diz:
_ Está cada dia mais difícil ficar aqui, eu preciso ir embora. Me sinto como um prisioneiro.