Rio de Janeiro, 4 de Junho de 1963 no calendário católico
_Realmente este seu livro é interessante filha, mas tenho que voltar a providenciar o almoço, seu pai já deve estar chegando. _ Afirma Ádina, a mãe de Adda.
Sozinha, Adda volta a folear o livro, impressionada com a história que acabara de ler. Ao final do livro, na última página encontra-se escrito a caneta: “Se você gostou deste livro, procure o endereço abaixo e concorra a prêmios”:
Adda fica curiosa com o que ali está escrito e decide ir até o endereço descrito.
Após se arrumar, o telefone toca e quando ela atende percebe que é Adélia a convidando para sair novamente:
_ A noite de ontem foi muito divertida, vamos hoje de novo?
_ Adélia, me liga mais tarde, estou meio ocupada agora, podemos nos falar mais tarde? _ Pede ela, reiteradamente
_Ah! Claro! _Lamenta Adéllia.
Adda desliga rapidamente o telefone para ir até o endereço que está no final do livro. Ela caminha até o ponto de taxi para que um taxista possa a levar ao local. Ao chegar no endereço, ela vê o que aparentemente é um prédio bastante sombrio, então paga o taxista e desce do carro.
Em frente ao prédio aparentemente abandonado, ela confere o endereço e percebe que está correto. Em seguida, toca a campainha e ouve uma voz de um homem dizendo:
_Pois não?
Adda responde:
_Boa tarde, quem mora aqui?
A voz masculina responde:
_Sou eu, Diogo.
Após ouvir a resposta, Adda responde:
_Boa tarde, sou uma leitora do livro “Drácula: O Guerreiro Apaixonado”. Este endereço está indicado para encaminharmos mensagens para ganhar prêmios.
Diogo responde:
_Ok! Pode deixar na caixa do correio.
Adda então pede para falar com Diogo pessoalmente, por um momento.
Ninguém responde.
Ela fica perturbada por alguns segundos enquanto ninguém diz nada e então toca a campainha novamente, quando percebe que o portão pequeno ao lado abre.
O rapaz que a atende é o mesmo cabeludo que chegou depois e se sentou à mesa com o homem que havia lhe enviado o drink. Adda pergunta:
_Você é o mesmo homem de ontem à noite?
Diogo finge não entender o que ocorre e pergunta:
_Como assim? Nos conhecemos?
Confusa, Adda disfarça:
_Esquece, você me lembra um rapaz que conheci ontem à noite.
Diogo sorri e pergunta:
_ Que bom, mas em que posso ser útil?
Adda responde:
_Então, estou curiosa sobre o prêmio que posso ganhar. Você pode me dar mais informações?
Diogo sorri e indaga:
_ Prêmio, como assim?
Adda pega o livro e mostra para Diogo.
_ Eu não sei te informar sobre o assunto, me mudei para cá faz pouco, este prédio foi comprado pelo meu chefe, que o reformará. _ Diz ele, após ler o que está escrito a caneta no livro.
Após dizer isso, Diogo lhe toca o ombro de Adda que na hora sente um calafrio nunca antes sentido.
_Então isso não passa de uma brincadeira de mal gosto? _ Indaga ela.
_Talvez, mas o livro parece ser interessante, você me emprestaria? _ Questiona ele.
_ Sim! Claro! _ Aceita Adda.
_ Você quer entrar, eu amo livros e podemos trocar alguns meus por outros seus. _ Sugere ele.
_ Eu amo livros! _ Diz ela, que aceita adentrar no sombrio lugar.
Apesar da visão não muito agradável da parte de fora, do lado interno do prédio, tudo está limpo e organizado e Adda observa uma bela piscina com águas rasas e limpas.
_Você leu Drácula por que é história de vampiro, por que é romance ou por que é terror? _ Pergunta Diogo.
_ Então, conta a história de um Drácula humano… _ Adda para de falar, leva sua mão a cabeça e diz: _ Estou dando spoiler, melhor parar.
Diogo sorri, entra e após alguns minutos traz um livro com o título: “Vampiros, você pode duvidar, mas eles existem!” Adda olha o livro, sorri e diz:
_Ainda bem que vampiros não existem.
Diogo sorri e passa um cartãozinho com seu número de telefone dizendo:
_ Me ligue assim que acabar de ler o livro e me diga se ainda pensa da mesma maneira.