Lucy recebe uma nova transfusão de sangue em sua casa, desta vez é seu noivo Arthur Holmwood quem realiza a transfusão de sangue para a moça.
_ Seu noivo tem o mesmo tipo sanguíneo e afirmou que está disposto a realizar a doação para você, isso auxiliará na sua recuperação, mas vamos precisar de muitos mais voluntários. _ Afirma Van Helsing.
_ Por que eu preciso de sangue, doutor? _ Indaga ela.
_ Estamos fazendo um tratamento experimental, se der certo, eu conto os segredos desta técnica. _ Pontua Van Helsing.
_ Não se preocupe, meu amor, se for necessário, eu doarei meu sangue todos os dias para você. _ Promete Arthur.
_ Isso não é saudável para o senhor, Sr. Holmwood, mas por hora, sua contribuição é de excelência. _ Enfatiza Van Helsing.
Após dizer estas palavras, Van Helsing encontra Seward fora do quarto, que mais uma vez o confronta:
_ Continuo sem entender o que o senhor está fazendo doutor? _ Indaga ele.
_ Fique tranquilo, Seward, eu estou cuidando da moça e ela ficará bem! _ Pontua Van Helsing, sem dar nenhum esclarecimento sobre sua suposta técnica.
Após mais um dia de tratamento, Lucy acorda no meio da noite e sonolenta, sai discretamente pelo jardim a procura de Drácula, que mais uma vez não aparece. Irritada, ela retorna para seu quarto sem saber o que fazer.
No dia seguinte, ela decide repetir a atitude de Mina e sai passear pela cidade, passando pelos lugares onde imagina que Mina se encontrava com Drácula, porém, sem sucesso. Ao final do dia, desesperada, ela decide refazer a pesquisa que outrora incentivou Mina e liga para diversos hotéis a procura de três senhores, Drácula, Tepes, Alucard e surpreendentemente, ela localiza um tal Dalv Alucard hospedado em um hotel da cidade e sem hesitar, apenas avisa sua mãe que vai sair.
Algum tempo depois, ela é recebida por Drácula no hotel em que ele se hospeda. Sem sorrir, o Lord vampiro a leva para seus aposentos.
Ao adentrar o local, Lucy tenta beijá-lo, mas ele a empurra e em seguida, a prensa contra a parede, para dela se alimentar, mas logo quando a morde, ele se intoxica com o sangue da moça e começa a tossir.
_ O que foi? Você está passando mal? _ Indaga ela.
Preocupada ela corre até a pia, enche um copo com água e alcança para Drácula, e com um tapa, lança o copo para longe e pergunta:
_ Por que você está fazendo isso?
_ Isso, o quê? Eu não fiz nada! _ Dispara ela.
Seu sangue está com um gosto tóxico que me faz mal! Outra noite, fui até você e seu quarto estava cheio de alho cru. Comenta ele.
Lucy sorri e diz:
_ Ah, sim, é a técnica do Doutor Van Helsing para… _ No meio da frase, Lucy percebe que Van Helsing pode estar fingindo utilizar uma técnica para curá-la, mas de fato, a está usando para atingir Drácula e conclui indagando: _ Espere! Alho lhe faz mal?
_ Cru sim! _ Confirma Drácula, que conclui: _ Porém se me alimentar dele depois de cozer, ele não tem nenhum efeito.
_ Você disse que tem o quê em meu sangue? _ Questiona ela.
_ Não sei, mas parece verbena, uma flor que impede de utilizarmos nossos poderes e nos enfraquece. _ Explica ele.
Lucy se assenta ao lado de Drácula e diz:
_ Caracas! Temos problema! Receio que o novo psiquiatra que está tratando da minha doença saiba de você.
_ Então você não fez isso para me afastar de ti? _ Questiona Drácula.
_ Eu não, mas receio que o Doutor Van Helsing tenha agido e me manipulado para impedir sua ação. _ Comenta ela. Drácula apenas a olha com ira em seus olhos, o que a obriga a se ajoelhar diante dele e implorar por seu perdão, jurando inocência: _ Eu juro! Eu não sabia! Eu fui usada por ele! Eu não sei quem ele é, mas de alguma maneira ele sabe de você.
_ Quem é este homem? De onde ele vem e o que ele faz? _ Indaga Drácula
_ Ele vem de Amsterdã, foi professor de John Seward e… _ Lucy respira, levanta e grita: _ Caracas! Ele visitou o Renfield! Seu servo deve ter entregado alguma informação importante para ele! _ Dispara ela.
Drácula não diz nada, olha nos olhos de Lucy e indaga:
_ Você não sabia que alho cru e verbena fazem mal a mim, mesmo?
_ Não! Eu juro! _ Dispara ela.
Drácula então se levanta e pega o diário de Mina, com suas páginas rasgadas, agora coladas, encaixadas de forma ordenada e mostra para Lucy, dizendo:
_ E quanto ao seu conselho para Mina me esquecer e ir em busca do noivo dela?
Lucy fica perplexa, emudece e gagueja ao tentar se justificar:
_ Eu, eu, ah, tipo, ela, ain….
Cale-se! Ordena Drácula, sem se exaltar. Em seguida, ele caminha até a porta do apartamento e diz: _ Não temos mais o que conversar, Srta. Westenra! É a segunda vez que a senhorita me decepciona! Agora, eu lhe dou duas opções, siga seu tratamento e todos os conselhos de Van Helsing e estará protegida de mim. Pelo carinho que tenho pela senhorita, eu a esquecerei.
_ Não! Por favor, não! _Grita Lucy, jogando-se aos pés de Drácula.
_ Há outra opção! _ Diz Drácula.
_ Qual! Por favor, qualquer coisa! _ Implora ela.
_ Saia daqui, livre-se de todo tipo de verbena e alho cru de seu quarto e em uma semana eu a visitarei.
Lucy se levanta e abraça Drácula, dizendo:
_ Eu não sei como, mas eu prometo que a noite não haverá mais alho em meu quarto! Eu te juro!
Drácula não corresponde o abraço de Lucy e adverte:
_A decisão é sua, mas eu não a perdoarei por sua traição e por afastar Mina de mim! A punirei severamente e a menor das punições é me esquecer!
_ Não! Por favor! Tudo menos te esquecer! _ Implora Lucy.
_ Então saia e faça o que tem que ser feito, mas saiba que a senhorita não ficará impune! _ Reitera o poderoso vampiro.