Sozinho em seu quarto, Jonathan relembra dos momentos recentes em que deixou-se vencer pela sedução das três belas jovens que habitam o castelo, mas a sensação de prazer e até alegria é logo substituída pela imagem de Mina, que lhe vem à cabeça.
Não demora muito até Jonathan começar a lagrimejar:
_Mina, Mina, Mina, o que eu fiz? Mina, você não merece isso! Eu te amo! _ Lamenta ele, sozinho.
Sem saber o que fazer, Jonathan chega à conclusão de que não pode continuar no castelo. “Eu vim para cá por causa de Mina e não posso deixar essa viagem se tornar o motivo do fim de um amor que ainda não foi nem oficialmente consolidado.” Reflete ele.
“Vivo como prisioneiro e vou acabar ficando louco se por aqui continuar. Já cometi atos que jamais imaginei praticar em toda minha vida. Já vi coisas que nunca imaginei ver, eu preciso ir embora.” Decide ele.
Ao abrir a janela de seu quarto, ele percebe que já é dia e decide arriscar uma fuga antes que os ciganos que trabalham no castelo apareçam. Imediatamente, Jonathan começa a amarrar lençóis e roupas, umas nas outras.
“Posso ficar sem nada, posso perder tudo, só não posso perder o seu amor, Mina.” Reflete ele, em seus pensamentos confusos.
Ao olhar para baixo, pela janela, ele percebe que o caminho é longo, mas vale o risco.
_ Talvez todas as minhas peças de roupas não sejam suficientes para chegar ao rio, mas se estiver mais perto e for o caso, eu pulo. Prefiro a morte do que continuar a praticar sacrilégios que podem me levar a ficar sem o amor da minha vida. _Diz ele, sozinho.
Após algum tempo amarrando suas roupas e os lençóis da cama onde repousou no último mês, Jonathan Harker lança sua corda pela janela e percebe que ainda faltam alguns poucos metros para o contato com o rio. Puxando a cama até a janela, ele amarra a ponta da corda formada pelas roupas na cabeceira da cama e começa a descer.
Sem medo, Jonathan se arrisca e em apenas alguns minutos ele se vê na base da corda, ainda há pelo menos dois metros do rio, mas não se acovarda:
_ Farei isto por você, Mina! Melhor a morte do que a continuação de uma injusta traição contra a pessoa mais pura que já conheci. _ Diz ele, que em seguida, pula e grita: _ Mina, eu te amo!