O sol brilha em uma manhã ensolarada no coração da cidade de Nova York. Um carro preto e luxuoso, com vidros escurecidos e linhas elegantes, desliza suavemente pela avenida.
O motorista, um homem de meia-idade com trajes impecáveis e expressão serena, mantém as mãos firmes no volante, conduzindo com precisão. O veículo para diante de um imponente edifício que se ergue como uma sentinela moderna, sua fachada de vidro e aço reflete os raios da luz do dia.
Um belo letreiro identifica o prédio com a escritura em forma vertical, do topo para a base: “OSCORP”.
O prédio é apontado com um exterior que mistura linhas limpas e ângulos agressivos, com grandes painéis de vidro que revelavam, de forma sutil, a movimentação interna de figuras em jalecos brancos e telas holográficas brilhantes. No topo, o logo da empresa, um emblema circular com um estilo minimalista, destaca-se, iluminado por uma luz suave que parece pulsar em ritmo constante. Algo extraordinário para o ano católico de 1963.
A porta traseira do carro se abre, e dois jovens deixam o carro. O primeiro, um rapaz de aparência peculiar: jovem, mas com o couro cabeludo de sua cabeça, totalmente sem pelos. Seus olhos, porém, eram vivos e penetrantes, como se carregassem o peso de um intelecto aguçado e uma curiosidade insaciável. Ele veste um casaco sóbrio, mas bem cortado, e seus movimentos eram calculados, quase como se estivesse constantemente analisando o ambiente ao seu redor.
Ao rodear o carro, ele se coloca ao lado de outro jovem que desce pela porta direita do carro, contrastando fortemente com o primeiro. Seus cabelos escuros e volumosos caem em cachos desalinhados, e seus traços são marcados por uma intensidade quase palpável. Há algo de inquieto em sua postura, como se estivesse sempre à beira de uma explosão contida. Seus olhos, frios e calculistas, varrem o entorno com desconfiança, como se esperasse uma ameaça em cada sombra.
Os dois param em frente a entrada principal da Oscorp e o primeiro deles, o careca, diz:
_ Precisamos convencer o Richards e usar sua influência no governo para liberar nossa autorização para a escola funcionar oficialmente já neste semestre, Erik.
Erik, o homem de cabelo longos e cacheados, olha para o topo do edifício e indaga:
_ Você é uma pessoa diferenciada, Charles, olhe para essa estrutura, você acha que Norman Osborn está realmente preocupado para que suas pesquisas beneficiem as pessoas, ou está apenas preocupado em status e lucros exacerbados?
Charles, o jovem careca, abraça o amigo e diz:
_ Erik Lehnsherr, meu nobre amigo judeu, acabamos de vencer uma enorme batalha contra neonazistas, mas nem todos são como os terríveis fascistas que assombraram sua infância.
Erik, dá um tapa nas costas de Charles e confessa:
_ Você é um sonhador, meu amigo, você é um grande sonhador!
Enquanto os dois conversam, um ônibus escolar amarelo surge ao longe, aproximando-se lentamente. Como se estivesse hipnotizado, Charles observa o ônibus. Atento, ele vê um grupo de adolescentes descer do ônibus, rindo e conversando animadamente.
_ Olhe para eles, Erik, aparentemente são jovens comuns, com mochilas nas costas e rostos cheios de energia juvenil, mas será que não há entre eles, alguém como nós? _ Indaga Charles, o rapaz careca.
Erik, o jovem cabeludo, responde com ironia:
_ Você tem que me dizer, você é o telepata!
Utilizando seus poderes telepáticos, Charles segue parado, e mergulha na mente de um dos jovens, que caminha e viaja em seus pensamentos.
Incitado por Charles, o garoto começa a meditar sobre seus colegas mais próximos:
“Hoje é um dia muito importante, é apenas o primeiro dia de aula, mas é um dia muito importante, pois nessa primeira semana de aula, vamos visitar as principais corporações que desenvolvem projetos de extensão e desenvolvimento de atividades científicas.
Meu nome é Peter Parker e este é meu segundo semestre na minha nova escola.”
O garoto está parado e uma jovem loira de cabelos em corte Chanel o puxa, dizendo:
_ Vamos Peter! Ou você vai se perder do pessoal!
Peter sorri e a acompanha, enquanto, Erik, a distância, adverte Charles:
_ Invadiu a mente do garoto?
_ Sim, ele tem uma imaginação tremenda e um espírito investigativo interessante. Ele pode até não ser mutante como nós, mas é literalmente um superdotado! _ Dispara Charles.