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Dream Life in Paris

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4. Abrigados

O sol de Ponta Porã começa a se inclinar no horizonte, tingindo o céu com tons de laranja e púrpura, enquanto a brisa quente acaricia a varanda da sede da fazenda com um sussurro de erva-mate e terra seca.

Após algumas horas de espera, com os rostos ainda cobertos por véus e talits que filtram a luz celestial, Madm, Amada, o pequeno Bebeto, Luk, Healer, Menslike e Nokram sentam-se em cadeiras rústicas, os corações pulsando com uma mistura de ansiedade e gratidão.

À sua frente, os capatazes Aparício, Duck e Faustão observam com uma curiosidade cautelosa, enquanto uma bela jovem albina move-se com graça entre eles, servindo tereré — uma bebida refrescante preparada com água gelada e erva-mate, cujo aroma fresco enche o ar.

Madm conta sobre as experiências vividas, emocionado, com olhos que beiram lágrimas de emoção.

Amada complementa a narração de Madm com suavidade, descrevendo a renovação de seus corpos e a certeza que os guia, enquanto Bebeto, com olhos arregalados, murmura sobre os cânticos celestiais que ainda ecoam em sua memória.

Luk, Nokram e Menslike acrescentam detalhes sobre as perseguições superadas, e Healer fala da esperança que os sustenta, unindo o grupo em uma narrativa que mistura assombro e propósito.

Aparício, o chefe dos capatazes, franze a testa, os olhos semicerrados, revelando ceticismo, como se tentasse decifrar uma ilusão. Duck, por outro lado, inclina-se para frente, com rosto iluminado por uma curiosidade infantil, enquanto Faustão, o pastor evangélico, ouve com a boca entreaberta, impressionado com cada palavra.

Após um silêncio tenso, Faustão indaga, com voz tremendo de esperança:

— Então, vocês podem curar qualquer um de nós de qualquer doença?

Madm sorri, com coração aquecido pela confiança no Altíssimo, e responde com convicção:

— Está é a promessa de Deus! E cremos que ele nos honrará.

Duck, apontando para Kilba com um gesto hesitante, pergunta:

— Então, você pode curar Kilba, que é albina?

Kilba, servindo o último copo de tereré, interrompe com um tom irritado, os olhos flamejando:

— Curar do quê? Eu não sou doente!

Menslike, observando a jovem com admiração, intervém com sutileza:

— Verdade, não tem do que se curar.

Madm, segurando o cristal com mais firmeza, explica com calma, refletindo sobre suas palavras:

— O albinismo é uma mutação genética, logo, não sei se é algo que necessite de cura.

Kilba, cruzando os braços, insiste com veemência:

— É, não preciso de cura!

O grupo ri baixinho, aliviando a tensão, e continua a conversar, o som do tereré sendo sorvido misturando-se ao crepitar distante de um fogo na cozinha. De repente, o ronco de uma caminhonete Chevrolet Brasil corta o ar, aproximando-se com poeira, levantando-se em sua esteira. Aparício levanta-se rapidamente, a voz tensa:

— É o chefe!

Amada abraça Madm, os corpos unidos em um gesto de apoio mútuo, enquanto o coração dele acelera com a expectativa. Juntos, eles aguardam, os véus cobrindo seus rostos brilhantes, quando Thomaz Muller freia bruscamente, abrindo a porta com um rangido metálico. Aparício corre ao seu encontro, as mãos gesticulando:

— Desculpe incomodá-lo, chefe, mas aconteceu algo muito estranho.

Thomaz, um homem robusto com traços endurecidos pelo sol, desce da caminhonete e pergunta, a voz rouca:

— O que foi?

— Vimos um clarão no meio do matagal, quase no fim da fazenda. Quando chegamos lá, encontramos esse pessoal — cinco homens, uma mulher e uma criança cujos corpos brilham e afirmam ser anjos de Deus. — explica Aparício, apontando para o grupo.

Thomaz, quase sem acreditar, aproxima-se com passos lentos, com olhos estreitados, avaliando-os. Ele pergunta com voz carregada de dúvida:

— Vocês são anjos?

Nokram responde rápido, com um tom direto:

— Não!

Menslike, sorrindo para Kilba, que abaixa a cabeça com vergonha, acrescenta:

— Mas somos enviados de Deus!

— Enviados de Deus? Obrigaram vocês a taparem vossos rostos? Por favor, tirem esses panos de vossas faces. — pede Thomaz, inclinando-se para ver melhor.

Madm e Amada trocam um olhar preocupado. Imediatamente, todos ao redor fecham os olhos e tampam os rostos, e Madm adverte, com voz firme:

— Melhor não, pois isso poderá machucar as vistas de vocês.

Thomaz, desafiando a cautela, insiste:

— Se são anjos, não me farão mal, correto?

Menslike, com uma ousadia que faz seu coração disparar, é o primeiro a tirar o véu, com olhos brilhando com intensidade. Healer e Luk se entreolham, desaprovando com um franzir de sobrancelhas perceptível, mesmo através do véu, mas antes que possam reagir, o olho de Thomaz arde e ele grita, cobrindo o rosto.

— Por favor, coloque novamente. Agora!

Atendendo ao pedido, Menslike cobre o rosto novamente. Impressionado, Thomaz respira fundo e gesticula para que o sigam:

— Venham comigo para meu escritório.

Na sala de madeira rústica, com paredes adornadas por troféus de caça e o cheiro de couro no ar, todos se assentam em cadeiras duras. Thomaz, ainda intrigado, indaga:

— Quem? E o que são vocês?

Madm olha para Amada, pega suas mãos com ternura e diz, com voz cheia de certeza:

— Somos de outra realidade, fomos enviados por Deus para esta realidade para auxiliá-los.

— Vocês são anjos de Deus? — Pergunta Thomaz, coçando a barba.

— Se você considerar que anjos são mensageiros enviados pelo Altíssimo, sim, mas somos humanos como você. — enfatiza Madm, apertando a mão de Amada.

— Como assim? — Insiste Thomaz, inclinando-se para frente.

— O senhor talvez não acredite, mas existem incontáveis realidades paralelas distintas e semelhantes entre si, que coexistem paralelamente neste universo. Em uma delas, o Mashiach efetuou seu julgamento primário e nos escolheu para vir para esta realidade com uma missão: trazer sua mensagem e proclamar a boa notícia de tudo que conhecemos, a todos. — Responde Madm, com olhos brilhando de emoção e entusiasmo.

Thomaz Muller coça a cabeça, confuso, e questiona:

— E vocês vieram até mim?

Madm olha para Amada, que responde com um sorriso sereno:

— Parece que o senhor foi escolhido por Deus para nos receber! Por algum motivo, o Altíssimo te achou especial!

Thomaz sorri, um lampejo de orgulho cruzando seu rosto, e pergunta:

— E como vocês poderão salvar nosso mundo, se nem podemos olhar para vocês?

— Não viemos salvar o mundo, isso o Mashiach já fez e fará novamente. Viemos apenas compartilhar nosso conhecimento e buscar orientá-los segundo a lei de Deus. — Explica Madm, com a voz calma.

Confuso, Thomaz indaga:

— E como posso ajudar?

Madm e Amada se entreolham, e ele confessa, com voz vulnerável:

— Viemos para cá, temos apenas uma roupa, nossos rostos ainda brilham e não sabemos por quanto tempo brilharão. Não temos documentos nem identidade. Na verdade, não sabemos onde estamos e em que época.

Thomaz sorri, aliviado, e indaga com um toque de humor:

— Quer dizer que o rosto de vocês não ficará assim brilhando para sempre?

Amada antecipa, com um leve riso:

— Não sabemos!

Nokram, refletindo, completa:

— Creio que, assim como Moshe, a quem o senhor conhece como Moisés, após ver a glória de Deus, não ficou com seu rosto brilhando para sempre, nosso rosto deve deixar de brilhar dentro de algumas horas…

Nokram ainda está falando quando Healer o interrompe, completando com entusiasmo:

— Ou dias!

Thomaz, pensativo, indaga:

— E como posso saber se vocês não são ilusionistas? Magos?

Todos se entreolham, o silêncio pairando como uma névoa. Luk, após um momento, confessa com sinceridade:

— Não temos como provar, o senhor vai ter que crer ou duvidar.

— Ok! Vou pedir para reservarem alguns quartos para vocês. Fiquem conosco, me falem mais sobre Deus e me abençoem. — Pede Thomaz, a voz suavizando-se com uma mistura de curiosidade e respeito.

O grupo suspira aliviado, as mãos entrelaçadas, enquanto o futuro se desenha com incerteza, mas também com a promessa de uma nova aliança.

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Lukas Dutra

Writer & Blogger

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