Visivelmente confuso e solitário, Seiya medita em tudo que viveu após ser sequestrado pela Fundação Graad: “Será que isso é um sonho? Se for, Miho, por favor, me acorde agora! Eu não acredito no que estou vivendo, fui sequestrado por pessoas que dizem que existe um Extra Mundo onde vivem criaturas poderosas que fugiram do mundo real o qual, nós humanos vivemos, mesmo não sendo nós, muito poderosos? Vim parar neste lugar após atravessar um espelho que se tornou uma espécie de portal após ser tocado por um cajado de uma garota adolescente que tem minha idade? Que loucura, tudo isso!”
Seiya se vê diante de uma paisagem deslumbrante e medonha. No meio de uma montanha majestosa, cuja grandiosidade lembra muito o lendário Monte Olimpo, a neblina envolve as alturas, dando um ar mágico e imponente ao local ao qual ele se encontra.
Perdido e desorientado, Seiya caminha sem saber qual direção seguir. Ele tenta decifrar o local e a paisagem desconhecida.
Quando menos espera, ele vê uma figura feminina se aproximando. A figura usa uma espécie de armadura que brilha exibindo um tom prateado cintilante.
Seiya para e percebe que a garota uma máscara adornada com detalhes intricados, revelando apenas seus olhos. A garota caminha em direção a Seiya e seus pensamentos cogitam: “Quem é este? Eu nunca o vi por aqui? Seria o dos novos garotos recrutados para o Templo de Atena?”
Ao se aproximar mais e observa Seiya, o coração da moça dispara. “Que garoto lindo”, pensa, ela que pergunta:
_ Quem é você e o que faz solitário neste lugar?
Seiya, ainda atônito com a situação, sem saber o que dizer, cogitando sobre dizer a verdade ou omitir tudo que ocorreu em sua vida nos últimos dias, se resume a questionar:
_ Onde estou? Que lugar é este?
_ Como veio parar aqui? Bateu a cabeça e perdeu a memória? _ Indaga a moça, que se aproxima ainda mais do garoto, sem demonstrar nenhum tipo de medo.
_ Talvez. _ Diz Seiya, que sorri, vendo apenas os olhos cor de caramelo da garota. Assim, ele estica a mão e diz: _ Sou Seiya.
Marin não o cumprimenta com o aperto de mãos, antes, dispara:
_ Seu nome você se lembra?
Seiya começa a se sentir mais à vontade, sorri de forma mais assídua e então diz:
_ Meu nome é Seiya. Você não vai acreditar, mas eu vim aqui após atravessar um espelho, na verdade, até agora não estou acreditando.
Marin olha para o garoto e percebe sinceridade em suas palavras.
_ Por que eu não acreditaria? _ Indaga ela.
_ Por que era um espelho, como é possível passar por ele?
Em seus pensamentos, Marin indaga a si mesma: “Será que esse garoto não acredita no poder dos deuses? Seria ele um incrédulo?” Então ela diz:
_ Normalmente sim, mas os deuses têm poder para fazer coisas que parecem impossíveis, por isso eles são deuses e por isso os servimos.
Seiya trava, e se vê em dúvida sobre perguntar a respeito dos deuses ou do lugar e para tentar parecer interessado no que a garota o pode ensinar, decide indagar:
_ A quais deuses você serve?
_ Sirvo a Zeus no Templo de Atena, sou Marin, a cavaleira de Águia, uma das protetoras e instrutoras do Templo e aguardo o retorno de nossa deusa Atena, servido a Zeus, do deus do céu, até que nossa deusa prove sua honestidade.
Ao ouvir as palavras de Marin, Seiya percebe que as palavras de Saori e Mitsumasa são verdadeiras e então celebra:
_ Caramba, que sorte, eu quero ir para o Templo de Atena, sou Seiya e vim em busca da armadura de Pegaso!