Want to Partnership with me? Book A Call

Popular Posts

  • All Post
  • I Universo Madm: Escolhidos e Enviados
  • Novidades
  • Sem-categoria

Dream Life in Paris

Questions explained agreeable preferred strangers too him her son. Set put shyness offices his females him distant.

Categories

Edit Template

29. Em construção

Valáquia, Castelo de Târgoviște, 1447.

A Valáquia, com suas florestas escuras e montanhas que cortam o céu, pulsa sob a sombra opressiva da guerra. O castelo de Târgoviște, uma fortaleza de pedra que outrora abrigou Vlad II Dracul, agora serve como refúgio de Ladislau II, o voivoda fantoche imposto pelos húngaros. O ar dentro da mansão pesa com o cheiro pungente de vinho derramado e incenso queimado, enquanto tochas tremulam nas paredes, projetando sombras dançantes que dançam pelo salão.

Um mensageiro irrompe no recinto, o rosto pálido e a armadura salpicada de lama, denunciando a urgência. Ele entrega notícias do campo de batalha:

— O exército otomano invadiu, mas, em um caos inesperado, seus soldados se voltaram uns contra os outros, dizimando-se mutuamente. — Diz ele.

Ladislau, com os olhos vidrados e a túnica desleixada, permanece inerte. Em vez de organizar suas tropas, ele ergue uma taça de prata, bebe o vinho tinto de maneira que o líquido escorre pelos cantos de sua boca, e proclama, com a voz arrastada:

— Festejemos, pois hoje Deus confundiu meus inimigos! Hoje é dia de festa em toda a Valáquia!

O salão irrompe em risos forçados e música dissonante. Nobres corruptos e cortesãs, vestidas com sedas manchadas de vinho, dançam em círculos desajeitados, enquanto servos correm para encher taças e trazer bandejas de carne assada. O som de alaúdes e risadas abafa o trovão distante que ruge nas colinas. Ladislau, com o rosto ruborizado, celebra, convencido de que a vitória caiu em seu colo. “Os otomanos se destruíram, e Corvinus me protegerá,” pensa, referindo-se a João Hunyadi, o governador da Transilvânia, conhecido como Corvinus, o Corvo, por sua astúcia e estandarte negro.

Nas sombras da noite, a verdadeira ameaça se aproxima. Vlad e Mircea Tepes, filhos do Dragão, marcham com um exército de rebeldes valáquios, suas espadas reluzem com sede de justiça. Sob um céu de chumbo, eles lideram as tropas em silêncio, o vento uiva como um lamento fúnebre. O castelo de Târgoviște ergue-se como uma fortaleza traidora, lar de um voivoda usurpador exaltado à custa da clientela de seu reino.

Vlad, com os olhos ardendo de fúria, aperta a cimitarra, a lâmina ainda quente da batalha anterior. “Ladislau profanou o trono de meu pai,” reflete, seu coração pulsa com a lembrança das chicotadas em Constantinopla e das orações secretas à Virgem Maria.

Mircea, ao seu lado, cavalga com a postura de um rei, mas seus olhos revelam uma hesitação que Vlad não decifra. “Será que ele ainda teme o sultão, ou é nosso primo que ele deseja poupar?” Questiona-se, Vlad, com uma desconfiança que corrói a sua alma.

As tropas dos irmãos cercam o castelo e o silêncio se quebra com o som de flechas incendiárias cortando o ar. As portas cedem sob o impacto de aríetes, e os rebeldes invadem, as espadas reluzindo à luz das tochas. O salão de festas transforma-se em um matadouro: nobres gritam, as taças caem de suas mãos, enquanto as lâminas dos Tepes cortam sem distinção. Mulheres e crianças são apanhadas no caos, tombam sob o peso da vingança, seus gritos são abafados pelo clangor do aço.

Vlad, com a armadura salpicada de sangue, atravessa um soldado húngaro, sua espada crava-se no peito do homem. Ele brada, a voz rouca de ódio:

— Traidores, vocês morrerão, seus desgraçados!

Ele gira a lâmina cortando o ar e ordena, seus olhos faíscam como brasas: — Não poupem nenhum traidor! Todos que aqui vivem foram infiéis ao meu pai, não merecem misericórdia!

Mircea, com a espada em punho, luta ao lado do irmão, mas seu rosto reflete um conflito interno. “É isso que a Valáquia exige? Um banho de sangue sem fim?” pensa, enquanto corta um guarda que tenta fugir. Ele observa Vlad, com a fúria de um demônio, e teme o que seu irmão está se tornando. Radu, ausente da invasão, permanece na retaguarda, sua fragilidade se mostra incapaz de enfrentar tamanha carnificina.

No coração do castelo, Ladislau é encontrado em seu quarto, o ar impregnado com o cheiro de perfume barato e suor. Ele jaz deitado com uma cortesã, a túnica desabotoada e o rosto embriagado. Os rebeldes arrastam a mulher, que implora por piedade, mas Vlad, com os olhos frios como gelo, atravessa-a com sua espada, seu sangue mancha o tapete. Ele cospe com a voz carregada de desprezo: — Meretrizes profanas e imundas!

Ladislau, com o rosto pálido, tenta se levantar, mas dois guerreiros o imobilizam. Mircea, com a armadura reluzindo à luz das velas, encara o primo e diz com voz firme, mas cautelosa: — Vamos poupá-lo por hora! Se o matarmos agora, o povo não entenderá que precisa nos temer!

Vlad, com a espada ainda pingando sangue, volta-se para o irmão, sua ira faísca nos olhos: — Poupá-lo? Ele é o símbolo da traição contra nosso pai!

Mircea, com o coração dividido entre justiça e estratégia, insiste, com voz baixa, mas decidida: — O mataremos após todo o povo ver o que acontece com quem se rebela contra nós!

Vlad hesita, sua mão treme no cabo da espada. “Mircea quer exibir poder, mas será que teme sujar as mãos?” Reflete, com a desconfiança crescendo como uma sombra. Ele guarda a arma com um movimento lento e dispara, com voz cortante:

— Espero que essa não seja uma desculpa para agir com misericórdia ao assassino de nosso pai.

Dia seguinte.

A noite cede lugar a uma manhã cinzenta, o céu encoberto por nuvens que parecem chorar pela Valáquia. Ladislau, com o corpo coberto de hematomas, é arrastado com as mãos amarradas até a praça pública de Târgoviște. O povo, com rostos marcados pela fome e pelo medo, reúne-se em silêncio, o murmúrio de raiva cresce como uma onda.

Eles clamam por justiça, as vozes roucas exigem a morte do voivoda traidor. Vlad, com a armadura negra reluzindo sob a luz fraca, sobe em um estrado de madeira com os braços erguidos pedindo silêncio. Sua voz, potente como um trovão, ecoa pela praça: — Nós somos filhos do grande Dragão! Este é o culpado de matar nosso verdadeiro voivoda. Isso é o que os filhos do Dragão farão de hoje em diante a todos os traidores de nossa pátria!

Ladislau, com o corpo nu e tremendo, é pendurado em um galho robusto de um carvalho no centro da cidade. A corda, áspera e tensa, aperta seu pescoço, enquanto a multidão observa com os olhos arregalados. Vlad, com a expressão endurecida, puxa a corda lentamente, o rosto impassível enquanto o primo se debate, os pés chutam o ar. O som do sufocamento, um gorgolejo abafado, mistura-se ao silêncio opressivo da praça. Mircea, ao lado do irmão, observa com o coração apertado. “Isso é justiça, ou estamos nos tornando monstros?” Pensa, a imagem de seu pai, o Dragão, paira em sua mente.

Percebendo a crueldade, Mircea aproxima-se de Vlad, com voz suave, mas firme: — Ele já está morto, meu irmão.

Vlad, com os olhos fixos no corpo inerte, aperta a corda com mais força e com a voz carregada de ódio: — Eu quero espremer o pescoço dele até que o corpo se separe dessa cabeça imunda.

Mircea, com o peso da consciência pesando em sua alma, apela, sua mão pousa no ombro do irmão: — Nosso Deus, Jesus, os santos não gostariam que profanássemos seu corpo, meu irmão.

Vlad para, com o peito arfando, encara Mircea, com a raiva lutando contra a razão.

— Jesus o perdoaria, mas a Valáquia exige sangue!

Sua memória é preenchida pelas chicotadas otomanas ainda ardendo em sua pele. Ele solta a corda, o corpo de Ladislau balança como um aviso macabro.

Então, ele grita com a voz firme e dura, que ecoa pela praça:

— Glória ao Deus do céu e ao nosso senhor, Jesus Cristo, pois hoje a traição a Vlad, o Dragão, foi vingada!

A multidão explode em vivas com os punhos erguidos em sinal de triunfo, mas o silêncio de Radu e Mircea ressoam como um presságio. O vento sopra, o cheiro de morte impregna o ar e os irmãos, lado a lado, encaram o horizonte da Valáquia. Vlad, com a mão no cabo da espada, murmura uma oração à Virgem Maria, o coração dividido entre justiça e a escuridão que começa a crescer em sua alma. A vingança se consumou, mas o preço de sua cruzada ainda aguarda pagamento.

Gotham, Tarde de segunda-feira, 1º de abril de 1963.

Alan Scott acorda em sua casa, seu corpo parece pesado sobre o sofá gasto da sala. A luz do sol penetra pelas cortinas esfarrapadas, lançando sombras longas no assoalho de madeira. Ele ergue a cabeça, com olhos vermelhos de exaustão, e fixa o olhar na lanterna verde que repousa sobre a mesa à sua frente. Com um suspiro trêmulo, ele fecha os olhos, suas mãos cobrem o rosto enquanto pranteia, rememoriando as lembranças do início do dia que inundam sua mente.

— A ponte… testei cada viga, cada cálculo! Como isso pôde acontecer? — Murmura, a culpa corrói seu peito como uma lâmina invisível.

De repente, uma voz ressoa em sua mente, clara e firme, arrancando-o de seus pensamentos. — Alan, Alan!

Ele abre os olhos, seu coração dispara e responde com voz rouca, percebendo que todas as memórias: o rio, os corpos de Bill e Jimmy, o campo de força, tudo era real.

— Oi!

A lanterna pulsa com uma luz esmeralda intensa, e a voz continua a falar em sua mente, carregada de autoridade mística. — Faça um anel e encaixe o mesmo em mim. Forje um anel que se ajuste ao seu dedo e a mim. Ele se recarregará com a energia verde do Coração Estelar e lhe concederá poderes! Te protegerá e o guiará, realizando seus desejos, sua vontade, convertendo-se no que você desejar!

Alan franze a testa, seu rosto reflete surpresa e confusão. Ele se inclina para frente, com voz hesitante, enquanto indaga: — Como assim?

A lanterna brilha mais forte, a voz ganha um tom solene.

— Alan Scott, você foi escolhido. A Chama Verde concede poder àqueles que ela elege, e nós te escolhemos. Forje um anel com metal e use-o para realizar seus desejos e trazer justiça ao mundo!

Alan recua com os olhos arregalados, fixos na lanterna, sua mente gira com a magnitude da revelação. O silêncio da sala se enche de uma tensão elétrica, enquanto ele tenta compreender o que ocorre.

Nanda Parbat, 1º de abril de 1963.

Nas profundezas de Nanda Parbat, a sede oculta da Liga das Sombras ergue-se como uma fortaleza de pedra esculpida nas montanhas inóspitas. O ar carrega um silêncio opressivo, perfumado por incenso e cortado pelo gotejar distante de água em cavernas subterrâneas.

Um servo, vestido com uma túnica negra e o rosto parcialmente coberto por um capuz, adentra o salão principal com passos apressados. Ele se curva diante de Ra’s al Ghul, o líder imponente cuja presença domina o ambiente, e fala com voz baixa: — Senhor, o Sr. Merlyn chega a Nanda Parbat e deseja ser conduzido à presença da Cabeça do Demônio.

Ra’s al Ghul, sentado em um trono de obsidiana, ergue o olhar. Seus olhos penetrantes, de um verde quase sobrenatural, brilham sob a luz das tochas, enquanto ele passa lentamente a mão sobre a barba grisalha, um gesto que reflete sua calma calculada. Ele acena com um movimento sutil da cabeça, sinalizando para o servo permitir a entrada.

Malcolm Merlyn adentra o salão, com uma postura rígida e o rosto marcado por uma determinação fria. Ele se prostra diante de Ra’s al Ghul, seu joelho toca o chão de pedra, e ergue a voz com respeito, mas firmeza:

— Senhor, nosso acordo previa capturar Robert, matar as testemunhas, mas permitir o retorno de Oliver e Sara. Eles são crianças e não sabem de nada.

Ra’s al Ghul inclina a cabeça ligeiramente, seus dedos param sobre a barba enquanto um brilho enigmático atravessa seu olhar.

Então, ele responde com voz grave que ressoa como um trovão distante: — Sara compreendeu que enfrentará problemas com sua família se retornar agora. O mesmo ocorre com Oliver. Tenho planos para ele, mas ambos estão bem.

Malcolm franze a testa, seus olhos estreitam-se com preocupação. Ele indaga com uma voz carregada de urgência: — Onde estão eles?

Ra’s al Ghul mantém a expressão impassível, seus lábios curvam-se em um leve sorriso irônico. Ele prossegue: — Sara recebe cuidados de Nyssa. Já Oliver está protegido por Shado.

Malcolm hesita, seu rosto mostra-se endurecido com desconfiança. Ele pergunta com voz cortante: — Como posso ter certeza de que ela não o matará?

Ra’s al Ghul solta uma risada seca, seus olhos faíscam com sarcasmo. — Ela ama Robert, jamais faria isso com seu filho! — Ele pausa, seu olhar se torna mais afiado e completa: — Quanto a Robert, antes que pergunte, ele repousa na masmorra. Hoje recebe uma visita de uma velha conhecida e terá uma última chance de cooperar!

O silêncio retorna ao salão, pesado como o peso das montanhas que abrigam Nanda Parbat, enquanto Malcolm absorve as palavras, o destino de Robert pairando como uma sombra ameaçadora.

Oa, um planeta distante localizado em uma galáxia muito distante.

Nos confins do universo, o planeta Oa brilha como uma joia esmeralda, suspenso na escuridão do centro de um buraco negro. Suas torres cristalinas reluzem sob a luz da Bateria Central, o núcleo pulsante da Força Verde que sustenta o Corpo dos Lanternas Verdes. No salão dos Guardiões do Universo, os anciões imortais pairam em tronos flutuantes, suas túnicas brancas contrastam com a pele azulada e os rostos impassíveis. O silêncio domina o ambiente, interrompido apenas pelo zumbido suave dos monitores que mapeiam cada setor do universo.

De repente, um pulso de energia atravessa a câmara. Um monitor, uma esfera translúcida que flutua ao centro, pisca com uma luz verde intensa, distinta do brilho uniforme da Força Verde. Linhas de dados dançam em sua superfície, formando um padrão que faz os Guardiões erguerem as cabeças.

— Um distúrbio no setor 2814. — Anuncia uma voz metálica, emanando do monitor. — Origem: Terra, o terceiro planeta do sistema solar. Assinatura energética: Starheart. Estado: Ativado.

O guardião mais jovem entre os anciões, franze o cenho. Sua mente, ligada à vasta rede de conhecimento de Oa, reconhece a anomalia de imediato. Ele ergue uma mão e o monitor amplia a imagem: um eco verdejante, pulsante, vindo de um planeta azul distante.

— A lanterna do Starheart… — murmura ele, com uma voz que ecoa na câmara. — Forjada há milênios, selada após a queda de seus primeiros portadores. Estava dormente… até agora.

Os outros Guardiões voltam os olhares para ele. Um deles fala com tom grave:

— A energia do Starheart não deveria estar ativa. Sua criação ocorreu em um experimento antigo, anterior à formação do Corpo dos Lanternas Verdes. Se ela despertou, algo ou alguém a invocou. Isso ameaça o equilíbrio do Setor 2814, Guardião Ghanther.

— Quem é o portador atual? — pergunta uma Guardiã de expressão serena, mas com um brilho de preocupação nos olhos.

O monitor responde, projetando uma imagem etérea:

— Um ser da espécie humana, que atende por nome Alan Scott, achou Starheart abandonada, a salvando de ser explodida e destruída. — Pelo monitor, eles veem Alan, ao vivo, construindo um anel para receber o poder da lanterna. O ancião com expressão rígida que se pronunciou anteriormente, indaga:

— Ele tem ligação com os shedim, é seu adorador? Algum ser expulso durante o grande dilúvio o escolheu?

O monitor responde:

— Ainda não temos tais informações, Guardião Appa Ali Apsa.

— Ele não pertence a nós — diz Appa, com desdém. — O Starheart opera fora de nosso controle e foi contaminado com a magia terra. Sua energia é imprevisível, mística, não tem parte conosco, apesar de ser como a nossa. Não podemos tolerar interferências na ordem que estabelecemos.

Ganthet inclina a cabeça, pensativo.

No entanto, a ativação do Starheart na Terra ocorre em um setor sob nossa jurisdição. O Lanterna Verde designado para o Setor 2814 deve investigar. Precisamos entender por que essa relíquia antiga despertou agora.

A guardiã que se pronunciou anteriormente, indaga:

— Quem é o responsável por este setor?

— Abin Sur, Guardiã Sayd. — Responde Appa. — Mandemos Abin Sur para a Terra, então! — Sugere Sayd, a guardiã feminina que participa da conversa.

Appa coça seu queixo e adverte:

— A superfície do planeta, onde vivem os homens, e sua atmosfera, é governada por Helel Ben Sahar, rimeiro rebelde, ele se considera príncipe e governador de toda a Terra e se gaba por ter expulso todos os extra-terrestres, nefilins e shedim para o Extra- Mundo, temos um acordo com ele, de que nós não interferiríamos mais na Terra, desde ele e todos que pertencem a ele jamais agissem fora dela.

Ganthet, porém, pondera:

— Mas e se a ativação da Starheart for ação dele para usar nosso poder, isso viola nosso acordo.

— Verdade. — Diz Sayd, que conclui: — Somente uma investigação esclarecerá tudo isso.

— Verdade! — Concorda Appa, que decide: — Enviemos Abin Sur. Ele é o Lanterna Verde do Setor 2814. Sua proximidade com a Terra, o torna o mais adequado para essa missão.

Os outros Guardiões murmuram em concordância. O monitor muda de imagem, mostrando Abin Sur, um alienígena de pele rosada, com olhos determinados e o uniforme esmeralda do Corpo. Ele patrulha um sistema estelar próximo, seu anel brilha enquanto neutraliza uma ameaça menor.

Ganthet ergue a mão, conectando-se ao anel de Abin Sur através da Força Verde. Sua voz ressoa diretamente na mente do Lanterna:

— Abin Sur, Lanterna Verde do Setor 2814. Uma anomalia foi detectada na Terra. A lanterna do Starheart, uma relíquia de eras passadas, foi reativada. Sua origem e propósito permanecem desconhecidos. Viaje à Terra imediatamente, investigue a causa e reporte suas descobertas. A estabilidade do setor depende disso.

No espaço, Abin Sur para, flutuando. Ele toca o anel com a outra mão, sentindo a gravidade da ordem dos Guardiões. Sua expressão endurece, mas ele assente. — Entendido, Guardiões. Partirei para a Terra agora.

Enquanto isso, em Oa, os Guardiões seguem observando o monitor apagar seu brilho. O silêncio retorna, mas a tensão persiste. Ganthet encara o vazio, a mente repleta de perguntas. O Starheart representa uma força que nem os Guardiões dominam por completo. E, na Terra, algo está prestes a mudar.

Consultório do Dr. Cullen, Dourados.

A fachada discreta da clínica de Carlisle Cullen, um prédio modesto de paredes brancas situado na periferia de Dourados, recebe o cacique indígena Billy Black. O som distante de pássaros ecoa entre as árvores, contrastando com o silêncio tenso que se instala na sala de consulta. Carlisle, com seu rosto sereno e os cabelos loiros penteados com cuidado, ajusta alguns papéis sobre a mesa. A porta se abre lentamente, e Billy Black, chefe da Aldeia Araguá Guaçu, entra com passos firmes. Seus olhos escuros carregam uma mistura de curiosidade e cautela, as rugas no rosto denunciando anos de sabedoria.

Carlisle ergue o olhar, expressando um sorriso generoso e curvando seus lábios enquanto se levanta para cumprimentar o visitante. Ele estende a mão e, com voz cálida, diz: — Billy, que prazer vê-lo. Entre, por favor. O que o traz até aqui?

Billy aperta a mão oferecida com firmeza, mas seu rosto permanece sério. Ele recua a cadeira ligeiramente e se assenta, e com a voz grave, carregada de preocupação, diz:

— Carlisle, recebi a visita de um amigo, um homem de Ponta Porã. Ele está inquieto com algo que ouviu sobre você. Dizem que curou uma mulher de leucemia de forma pública por lá. Isso me deixa preocupado, meu amigo. O que está acontecendo?

Carlisle congela por um instante, seus olhos se estreitam enquanto processa as palavras. Ele levanta, se vira de costas, caminhando até a janela com as mãos cruzadas atrás das costas, o reflexo da luz destaca a tensão em seus ombros. Após uma pausa, ele confessa, com voz baixa, mas firme:

— Meu amigo, realmente isso tem nos intrigado. Aparentemente, a cura dela e outras ações não partem de nós. Tudo indica que se trata de uma articulação e manipulação de um vampiro chamado Miguel.

Billy franze a testa, inclinando-se para frente na cadeira, seus olhos fixos nas costas de Carlisle e então indaga:

— Miguel? Quem é esse Miguel? O que ele tem a ver com isso?

Carlisle gira parcialmente, seu rosto mostra uma sombra de incerteza enquanto responde: — Miguel é filho de Mina Harker, uma das servas de Drácula. Cremos que o verdadeiro ser por trás de tudo isso seja o próprio Drácula.

Billy arregala os olhos, seu corpo tenso na cadeira processa a revelação. Ele balança a cabeça, com a voz subindo com incredulidade: — Drácula? O Drácula? Como ele se envolve nisso? E quem é essa Mina Harker?

Carlisle suspira, voltando-se para encarar Billy diretamente, seus olhos refletem uma mistura de preocupação e reflexão:

— Mina foi uma figura ligada a Drácula há séculos, uma vítima que se tornou serva. Miguel herdou parte desse legado. Ele parece estar orquestrando essas curas, manipulando eventos para seus próprios fins.

Billy cruza os braços, o cenho franzido enquanto indaga mais: — E a mulher curada? E o policial que, ao que parece, hoje, abandonou seu posto? E os sete seres que estão em sua casa? O que sabem deles?

Carlisle hesita, vira-se de frente para Billy e o encara, dizendo:

— Angela e William estão no centro disso, líderes de um grupo que inclui esses sete que se denominam “Escolhidos e Enviados”. Supostamente, eles vieram de um lugar semelhante ao paraíso ou céu, e afirmam ter sido escolhidos pelo próprio Deus. Até agora, não vejo motivos para alarde. Mas minha esposa, Esme, teme que Drácula esteja usando esses homens, manipulando suas mentes. Ela acredita que ele os convence de que podem curar, realizar e são enviados de Deus, vindos desse tal paraíso para salvar a Terra, mas na verdae, podem estar sendo usados para usar o poder vampiro e dar poder político, religioso e militar ao Drácula.

Billy ergue uma sobrancelha, seu tom se torna mais incisivo: — Dominar ou salvar? Como não há motivo para alarme? Se isso avançar, o que impede Drácula de usá-los para dominar o mundo?

Carlisle abaixa o olhar por um momento, seus ombros relaxam enquanto admite: — Esme está temerosa, sim. Ela teme que ele os transforme em ferramentas para um plano maior. Eu, porém, ainda não vi nada crítico o bastante para confirmar isso.

Billy bate a mão na mesa, sua expressão endurece com indignação: — Como não? Drácula não é como vocês? Duvido que ele faça acordos ou respeite as pessoas. Usar a religião para manipular os mais humildes, charlatanismo para empregar o poder vampiro em busca de domínio! É tudo que até os Volturi proíbem!

Carlisle reflete, seus olhos se perdem por um instante na janela antes de assentir lentamente. Ele se aproxima de Billy, com uma voz que assume um tom de concordância:

— Verdade. Você tem razão. Por isso, decidimos nos mudar para Ponta Porã. Vamos abrir uma clínica lá. Edward, Alice, Emmett, Rosalie e Jasper estudarão em uma escola pública. Esme já está na cidade, cuidando das matrículas deles. Começam na próxima semana.

Billy solta uma risada irônica, os cantos da sua boca se curvam enquanto balança a cabeça e confessa com sarcasmo:

— Vim aqui pedir para vocês, vampiros, ficarem longe de nossa cidade, e você, por fim, me avisa que vai se mudar para lá?

Carlisle sorri, um brilho brincalhão surge em seus olhos enquanto promete: — Vamos, mas para combatermos juntos o mesmo inimigo! Pode contar comigo!

Billy encara Carlisle por um momento, o sorriso irônico dá lugar a uma expressão pensativa. O silêncio paira entre eles, carregado de uma aliança incerta, enquanto o futuro de Ponta Porã se desenha como um horizonte nebuloso.

Hungria, janeiro de 1891.

Na vizinhança de Braşov, no condado de mesmo nome, uma fortaleza ergue-se imponente no sopé dos Montes Cárpatos, à beira da estrada 73, na fronteira entre Transilvânia e Valáquia. O castelo, sombrio e majestoso, aterroriza e fascina quem passa e pode observar suas torres de pedra esculpidas contra um céu cinzento. Oficialmente, o local abriga ciganos, mas os moradores da região sussurram que quem entra sem convite não retorna para contar histórias. Alguns afirmam que os ciganos servem como escravos de um ser sombrio através de um pacto selado com o abominável Lorde das Trevas.

Dentro da fortaleza, o interior combina beleza e terror. Uma parte do castelo repousa à margem de um rio assombroso, suas águas refletem as muralhas como um espelho sombrio. À janela, com a cortina aberta, um senhor idoso senta-se em uma cadeira de madeira, a pele enrugada e os dentes frágeis denunciam os séculos de existência. Ele balança a cadeira em silêncio, o olhar perdido no horizonte.

Três jovens observam a cena, vestidas com longos vestidos rodados. Uma donzela ruiva veste branco, outra de cabelos negros usa preto, e uma loira ostenta vermelho. Suas peles pálidas destacam uma intensidade quase sobrenatural, os rostos marcados por uma palidez que reflete sua condição. O único som no recinto vem do ranger da cadeira até que a jovem, de vestido preto, abre a boca e fala:

— Eu não gosto de ver o Lorde assim! Isso não é correto!

A loira de vestido vermelho acrescenta, seus olhos brilham com emoção. — Verdade! Um homem tão poderoso, deixando-se atrofiar e destruir. Isso me causa uma dor no coração.

Diante disso, a moça de vestido preto avança em direção ao velho, que gira a cadeira e estende a mão enrugada. Ela se curva, ajoelhando-se com o rosto tocando o chão, e diz: — Perdão, Lorde! Mil perdões, mas algo me atormenta.

O homem inclina a cabeça e, com a voz rouca, indaga: — O que te atormenta, Louise?

— Sua escrava serve um poderoso senhor. Sua escrava recebe tratamento de Lady e tem todas as necessidades saciadas. Nada me falta, mas algo não me agrada. — Responde ela, com a voz trêmula.

— O que te incomoda? — Insiste ele.

Louise ergue o tom, com a determinação crescendo. — Meu senhor é poderoso! Meu senhor tem condições de dominar esta região, mas infelizmente, ele se nega a se alimentar e rejuvenescer. O senhor precisa de amor, de aventuras, de vida. É certo que o meu senhor vive para sempre, mas me irrita vê-lo gastando sua eternidade apenas degustando sua dor.

O silêncio toma o recinto. Louise mantém a cabeça baixa, temerosa, até que a moça de vestido vermelho entra, com passos leves ecoando no chão de pedra. — Perdão, Lorde, mas o que Louise quer dizer é que sua tristeza nos contamina. Autorize-nos a caçar pessoas para o senhor se alimentar e escravizar. Autorize-nos a distraí-lo, a fazer toda a região, o país, o mundo temer o poderoso Vlad Tepes III, o incrível Drácula.

O velho levanta-se com os olhos faiscando de ira enquanto caminha até a moça e indaga: — Como ousa pronunciar meu nome, Greta?

Louise intervém, erguendo-se parcialmente: — Não faça mal a ela, meu senhor, o que ela quis dizer…

A ruiva de vestido branco interrompe, seus lábios curvam-se em um sorriso sutil: — Ela só quis dizer que o senhor precisa se divertir e pode começar castigando-a por tamanha ousadia, meu Lorde!

O homem para, seus ombros relaxam. Greta, com medo, ajoelha-se com o rosto em terra e fala: — Gostaria de servi-lo com outros prazeres, mas se minha dor o alegrar, não hesitarei em servi-lo assim, Lorde.

O velho recua, retornando à cadeira. Ele gira o assento para encarar as três e diz, suavizando: — Greta, Louise, Morgana, vocês são boas servas. Jamais estimulo a dor em vocês. — Ele pausa, seus olhos se perdem por um instante antes de abrir o coração. — Vocês sabem, nada omiti de minha história. Refugiei-me aqui para garantir um bom reinado à minha filha. Meu coração jamais pertencerá a outra mulher, exceto Elizabeth, minha única amada. O verdadeiro amor só existe uma única vez.

Louise ergue o rosto com voz a cativante: — Lorde, ninguém exige amor do senhor. Apenas diversão.

Greta concorda, seus olhos brilham com ousadia: — Exato. Damos prazer a tantos homens inúteis. Será que nunca seremos dignas de servir nosso senhor?

— Quieta, Greta! — Repreende Louise. Ela se vira para Drácula e continua com voz mais firme: — Perdão, Lorde, usar nosso corpo para lhe dar prazer seria uma honra, mas o senhor pode brincar com mulheres, fazê-las se apaixonar, mostrar sua virilidade e poder. Depois, quando enjoar, pode dominá-las ou eliminá-las. O senhor precisa ter prazer de novo.

Morgana sorri, seus dentes reluzem na penumbra. — Antes de eliminá-las, o senhor pode nos entregá-las. Certamente, não hesitarei em causar dor e terror aos seus brinquedos após eles o servirem, meu senhor.

Louise assente, sua expressão suaviza: — Meu Lorde, os lobos, as lobas, seus escravos vampiros e nós recebemos bom tratamento. Mas entenda, não ficarei bem enquanto não vejo meu Lorde sorrindo novamente.

Greta acrescenta, com o tom carregado de convicção: — O senhor se isolou aqui há séculos devido à sua filha, mas ela se isolou em algum lugar da terra. Abandonaram o trono da Valáquia e Transilvânia. Hoje, a Hungria domina esta terra com outra dinastia. O senhor já se puniu demais sem razão.

Louise sorri, lançando um olhar cúmplice: — Finalmente, você disse algo inteligente.

Greta ri, jogando os cabelos loiros para trás:

— Sim, sou inteligente, mas acho mais bonitinho ser linda.

Apesar da insistência, Drácula balança a cabeça, com a voz carregada de melancolia: — Elizabeth não vive mais! Meus descendentes não me amam. Não há motivos para deixar este castelo. Não há motivos para sorrir, nem para fazer nada senão lamentar pela eternidade.

O silêncio retorna, pesado como as muralhas do castelo, enquanto as três jovens trocam olhares, determinadas a mudar o destino de seu senhor.

Nanda Parbat, manhã de segunda-feira, 1º de abril de 1963.

Nas profundezas úmidas de Nanda Parbat, as paredes de pedra exalam um frio cortante, iluminadas apenas pelo brilho trêmulo de tochas embutidas. Uma jovem adentra a masmorra com passos deliberados, sua figura destaca-se contra a penumbra. Ela possui cabelos negros como a noite, cortados em um estilo assimétrico que cai sobre um olho castanho-escuro, penetrante e calculista. Sua pele pálida contrasta com a túnica preta ajustada, adornada com detalhes prateados que refletem sua posição na Liga das Sombras. Apesar do sorriso carinhoso que curva seus lábios, seus movimentos carregam uma frieza que trai suas intenções.

Ela para diante de uma cela, onde Robert Queen jaz encostado à parede, o corpo marcado por hematomas roxos e cortes recentes que mancham sua camisa rasgada. Seus olhos, antes cheios de determinação, agora exibem uma mistura de dor e resignação. A moça se abaixa, retirando um pano úmido de uma pequena bolsa. Com gestos precisos, ela limpa o sangue do rosto dele com um toque leve que contrasta com a dureza em sua voz quando indaga: — Por que você não coopera?

Robert ergue o olhar, a respiração pesada enquanto responde, com a voz rouca carregada de convicção. — Filha, vocês querem usar tudo que desenvolvi para matar pessoas inocentes, pobres e humildes cidadãos dos bairros mais pobres de Star City. Eu seria um monstro se cooperasse.

A moça pausa e se inclina com os olhos estreitando-se enquanto replica com tom cortante: — O senhor desenvolveu uma arma quase tão poderosa quanto uma bomba atômica, e nós somos os monstros?

Robert desvia o olhar por um instante, a dor física mistura-se à angústia moral. Ele torna a encará-la, apesar da fraqueza. — Filha, eu tentei desenvolver uma arma para combater seres extraterrestres, vilões multidimensionais. Não era para ser algo utilizado contra pessoas inocentes.

A moça solta uma risada seca, jogando o pano de lado enquanto se levanta. Ela cruza os braços, seu sorriso desaparece enquanto indaga com a voz carregada de sarcasmo:

— Há alguém inocente nos Glades?

Robert fecha os olhos por um momento, como se revivesse memórias dolorosas. Ele abre-os lentamente, fixando-a com um olhar suplicante:

— Emiko, sua mãe levou o Malcolm para este mundo, mas vocês estão equivocados. Matar aquelas pessoas não trará a Rebecca de volta, não fará Malcolm se sentir mais feliz.

O silêncio paira na cela, pesado como as paredes de pedra. Emiko vira-se, o rosto endurecendo enquanto deixa Robert sozinho, os ecos de seus passos se perdem nas sombras.

Glades, Bairro Pobre de Star City, 1948.

O sol da tarde banha as ruas estreitas e empoeiradas dos Glades, onde o cheiro de comida de rua mistura-se ao aroma úmido das vielas. Malcolm Merlyn caminha ao lado de sua esposa, Rebecca, os dois param diante de um vendedor ambulante de hot dogs. Malcolm paga com uma nota amassada, seu rosto franze em desgosto enquanto observa o alimento. Ele murmura com a voz carregada de desdém: — Rebecca, você não tem ideia de quantos micróbios come com isso.

Rebecca sorri, mordendo o “hot dog” com prazer antes de responder, com o tom leve: — Imagino que seja o mesmo número de micróbios que comemos nas comidas que eu preparo.

Malcolm deixa escapar um sorriso relutante, seus olhos suavizam-se enquanto Rebecca o abraça, seus braços envolvem-no com carinho. Ela sussurra, com a voz brincalhona:

— Você realmente não gosta de pobres. Todo o resto é desculpa.

Ele suspira, seu sorriso desaparece enquanto admite, com tom sério: — Não é isso, mas essa gente, este lugar… eu nunca me acostumo com isso. — Ele pausa, encarando-a, e acrescenta com franqueza: — Verdade, eu não gosto de pobres!

Rebecca ri suavemente, seus olhos brilham com um misto de diversão e desafio. Ela aponta para um grupo de garotos brincando com uma bola esfarrapada na rua e diz, com a voz calma:

— Eu o trouxe aqui hoje para você começar a mudar. Eu era pobre antes de casar contigo, milionário Malcolm Merlyn. Morava nos Glades.

Malcolm ergue uma sobrancelha, surpreso, mas mantém a postura rígida. Ele replica, com voz confiante: — Disse bem, era! Não é mais. Eu te salvei!

Rebecca sorri novamente, seu olhar se perde nos garotos enquanto responde, com tom reflexivo: — Você me tirou da pobreza, mas há coisas que o dinheiro não compra. — Ela aponta para as crianças e continua: — Veja aqueles garotos. Nem sei qual é a brincadeira, mas essa simplicidade que a gente aprende vivendo humildemente, não aprendemos nas mansões do centro de Star City.

Malcolm respira fundo, seus olhos seguem o movimento das crianças. Ele fala, com a voz hesitante: — Talvez você tenha razão, mas eu jamais troco o conforto da minha mansão no centro de Star City por um dia de felicidade nos Glades.

Os dois caminham em direção ao carro estacionado a poucos metros, o silêncio entre eles carregado de pensamentos não ditos. Quando se aproximam, dois rapazes surgem das sombras, armas em punho. O líder grita, com a voz áspera que corta o ar: — Parados, não reajam!

Um dos assaltantes agarra Rebecca pelo pescoço, enquanto ela se debate. Malcolm fica paralisado, seus olhos arregalam de pavor. Ele suplica, com a voz tremendo:

— Calma, o que vocês querem? Não façam nada com ela.

O assaltante ri, em tom cruel, enquanto beija o rosto de Rebecca, deixando uma marca vermelha em sua pele pálida. A provocação acende uma faísca de raiva em Malcolm, que avança com os punhos cerrados. Um tiro ecoa e ele cai, seu sangue escorre do abdômen enquanto se contorce no chão. Ele ergue o olhar e vê Rebecca correr em sua direção, mas o assaltante levanta a arma novamente. Três tiros ressoam e ela tomba sobre seu corpo. Malcolm a abraça, os dedos tremem, mas o mundo escurece ao seu redor.

— Não morre! Por favor! Não morre! — Implora ele, deitado no chão, abraçado com sua amada, já inconsciente.

Gotham, Oficina de Alan Scott, 1 de abril de 1963.

A oficina de Alan Scott, um espaço apertado repleto de ferramentas e peças de metal espalhadas, ressoa com o som ritmado de marteladas. A luz fraca de uma lâmpada pendente ilumina o ambiente, projetando sombras dançantes nas paredes de tijolos gastos. Alan, com o rosto marcado por olheiras e determinação, curva-se sobre uma bigorna improvisada. Seus dedos sujos de fuligem seguram um fragmento da lanterna verde, que ele aquece em uma forja improvisada até o metal brilhar com um tom esmeralda. A cada golpe do martelo, ele sente uma energia pulsante fluir do fragmento, como se a Chama Verde se infundisse no objeto. O suor escorre por sua testa, mas seus olhos brilham com um propósito renovado.

A lanterna paira ao seu lado, piscando, e a cada vez que ela pisca, Alan escuta uma mensagem dela, o orientando, como se estivesse falando a sua mente.

— Concentre-se, Alan. O anel canalizará meu poder. Forje-o com intenção, e ele o guiará.

Alan assente, usando seu martelo com precisão. O metal derretido toma forma, moldando-se em um anel que pulsa com luz verde. Ele o ergue, admirando o trabalho, e a lanterna instrui:

— Coloque-o no dedo. Crie seu uniforme com a vontade da Chama.

Com um movimento decidido, Alan desliza o anel no dedo indicador da mão direita. Uma onda de energia percorre seu corpo ee ele fecha os olhos, visualizando um uniforme vibrante. A luz esmeralda o envolve, tecendo um traje resistente de coloração vermelha com detalhes geométricos, um símbolo de lanterna no peito e uma capa esvoaçante. Quando abre os olhos, ele se vê transformado, o reflexo na janela mostrando o nascimento do Lanterna Verde.

Fora da oficina, o barulho das marteladas atrai olhares curiosos. Uma vizinha, com o rosto franzido de preocupação, murmura para outra enquanto observa pela janela: — Aquele é o Scott, não é? Pensei que ele tivesse morrido no rio! Vou chamar a polícia.

Não demora, e o som de sirenes corta o ar. Duas figuras emergem de um carro da polícia: a detetive Sarah Essen e a detetive Renee Montoya batem na porta da oficina.

Alan ouve as batidas e as vozes das policiais, enquanto ainda admira seu uniforme. Ele remove o anel, o traje desaparece instantaneamente. Em seguida, ele abre a porta. Sarah cruza os braços e indaga:

— Sr. Scott, vizinhos nos informaram que você está vivo. Precisamos levá-lo à delegacia para esclarecimentos sobre o acidente na Ponte Gotham.

Montoya, com o bloco de anotações em mãos, completa, com voz firme:

— Três homens estavam no trem, e só dois corpos foram encontrados. Temos perguntas, e o prefeito Hill exige respostas. Venha conosco, por favor.

Alan engole em seco, seus olhos desviam para a lanterna, parada em cima da mesa. Ele coloca o anel, de forma discreta e acompanha as policiais, dizendo: — Tudo bem, detetives. Vou com vocês.

Sarah ergue uma sobrancelha, desconfiada, enquanto Montoya o algema com gentileza, mas firmeza. Eles o conduzem ao carro, as luzes vermelhas e azuis refletindo nas janelas da oficina.

DP de Gotham, alguns minutos depois.

A viatura estaciona diante da Delegacia de Polícia de Gotham, o ar carregado pelo zumbido das câmeras e os gritos da imprensa. Alan Scott, algemado no banco traseiro, encara a multidão através da janela embaçada. Repórteres se aglomeram, microfones estendidos como armas, o sol do fim de tarde reflete nos flashes incessantes. A fachada cinzenta do prédio, marcada por rachaduras e pichações, ergue-se como um testemunho silencioso do caos que envolve Gotham.

A detetive Sarah Essen abre a porta, seus olhos estreitos avaliam a cena, enquanto Renee Montoya posiciona-se ao lado com seu distintivo brilhando sob a luz. Alan inclina-se para frente e, com voz baixa, mas firme, pede:

— Detetives, peço que me permitam descer sem algemas. Não quero dar mais espetáculo do que já é.

Sarah troca um olhar com Montoya, que assente levemente. Sarah suspira, desbloqueando as algemas com um clique metálico: — Tudo bem, Scott. Mas fique perto. Qualquer movimento suspeito, e as colocamos de volta.

Alan esfrega os pulsos, descendo com passos cautelosos. A multidão explode em perguntas. Vicky Vale, com o cabelo loiro impecável e um microfone na mão, avança, com seus olhos brilhantes de curiosidade profissional. — Sr. Scott! Vicky Vale, WGBS News! Como você sobreviveu ao colapso da ponte? O que aconteceu lá embaixo? Há rumores de negligência na construção!

Outros repórteres se juntam, vozes sobrepostas. Scott olha para o crachá de um e lê: Jack Ryder, um repórter com seu casaco amarrotado, que grita:

— Scott, alguém sabotou o trem? Fale algo!

Outra repórter pede:

— Alan, como explica que só você escapou? Tem algo a esconder?

Alan mantém o silêncio com seus lábios cerrados, o olhar fixo à frente enquanto atravessa o mar de microfones. Montoya o guia, com um gesto firme, e Sarah, abre caminho, empurrando repórteres com autoridade. Dentro da delegacia, o burburinho da multidão se reduz a um eco abafado. Policiais observam da recepção, com os olhos curiosos e desconfiados.

Harvey Bullock, com o palito na boca e a gravata frouxa, murmura para James Gordon, com o rosto cansado, mas atento:

— Olha só, o milagreiro voltou dos mortos. Aposto que ele tá metido em algo sujo.

Gordon, ajustando os óculos, responde com voz calma, mas firme: — Calma, Harvey. Ele parecia abalado quando o trouxeram. Vamos ouvir o que tem a dizer antes de julgar.

Rene Ramirez, encostado na parede com os braços cruzados, cochicha para Bullock, com tom sarcástico:

— Abalado ou não, ele tá muito inteiro pra quem caiu num rio gelado. Algo me cheira mal aqui.

Os três trocam olhares, seus pensamentos giram entre ceticismo e dever, enquanto Alan segue para a sala de interrogatório.

Sala de interrogatório, DP de Gotham.

A sala de interrogatório está cheia de tensão, o ar pesado exibe o cheiro de café velho e papel amassado. O Comissário Loeb preside o interrogatório com seu rosto enrugado, exibindo uma mistura de autoridade e desconfiança, seus dedos tamborilam na mesa. Sarah Essen e Renee Montoya flanqueiam-no, com olhos atentos. Alan senta-se, cruza suas mãos.

Loeb inclina-se, com voz cortante:

— Sr. Scott, vamos direto ao ponto. A Ponte Gotham desabou hoje cedo, matando dois homens e deixando você como o único sobrevivente. Como explica isso?

Alan ergue o queixo, com voz clara: — Eu não explico, comissário. Eu sobrevivi por sorte. Estava no vagão com Bill e Jimmy, fiscalizando o teste. Tudo estava em ordem até a estrutura ceder.

Montoya franze a testa, anotando, o tom preocupado:

— Sr. Scott, nossos primeiros relatórios indicam falhas estruturais. Você supervisionou a construção. Não viu nada suspeito?

Alan assente, os olhos firmes: — Sim, detetive. Inspecionei cada detalhe pessoalmente. Os materiais passaram em todos os testes. Se houve falha, alguém a causou deliberadamente. Suspeito de sabotagem.

Sarah cruza os braços e insiste: — Sabotagem? É uma acusação grave. Tem provas? E por que só você escapou? Isso levanta questões.

Alan respira fundo, mantendo a calma: — Não tenho provas ainda, detetive. Quanto à minha sobrevivência, não sei explicar. A correnteza me levou, e eu lutei para sair. Não planejei nada, juro.

Loeb bate na mesa com o rosto vermelho de irritação:

— Chega de respostas evasivas! Você era o responsável! Talvez imprudência, talvez algo pior. Agora aparece vivo, tranquilo em casa, enquanto dois homens estão mortos. Isso cheira a culpa, Scott!

Montoya intervém, o tom hesitante: — Comissário, ele cooperou desde o início. Talvez devamos considerar outras pistas, como o testemunho dos trabalhadores.

Sarah concorda, inclinando-se: — Concordo. Há relatos de estranhos rondando o canteiro. Precisamos investigar isso antes de apontar culpados.

Loeb ignora, apontando para Alan: — Você é o principal suspeito até provar o contrário. Não saia da cidade. Ficaremos na sua cola, Scott. Pode ir.

Alan se levanta com expressão tensa, mas controlada. Ele sai em silêncio, sua mente gira. “Se a lei não encontra respostas, usarei o anel e a lanterna,” decide, sentindo o peso do anel no bolso.

Após a saída de todos, Loeb permanece na sala. Ele pega o telefone, discando com dedos trêmulos, e espera até alguém atender.

— Dekker, aqui é Loeb. Seus homens deixaram Scott vivo. Ao final, imagino que isso seja bom. Agora temos um bode expiatório perfeito para culpar pelo empreendimento.

Do outro lado da linha telefônica, Dekker ri baixo: — Ótimo, comissário. Mantenha-o sob pressão. Ele será útil para desviar a atenção.

Loeb desliga, exibe um sorriso torto curvando os lábios, enquanto o silêncio da sala engole suas intenções sombrias.

Necrotério de Gotham.

O necrotério de Gotham ergue-se como uma estrutura sombria no crepúsculo. O ar carrega o cheiro metálico de formaldeído, misturado ao frio úmido que escapa das portas entreabertas. Carmine Falcone, o “Don” da máfia, envia seu filho, Alberto Falcone, para identificar um corpo recém-chegado. Alberto, um jovem de 25 anos com traços finos herdados do pai, cabelo preto penteado para trás e olhos castanhos inquietos, entra com passos hesitantes, o terno cinza impecável contrasta com a tensão em seu rosto pálido.

A Dra. Leslie Thompkins, uma mulher de 50 anos com rugas suaves marcando sua pele clara, cabelo grisalho preso em um coque apertado e olhos verdes profundos que refletem décadas de compaixão, guia Alberto até a câmara frigorífica.

Seu jaleco branco, ligeiramente amarrotado, cobre uma figura esguia que carrega o peso de anos atendendo os desfavorecidos de Gotham. Ela puxa a gaveta de metal, revelando a ele um corpo já em estado de decomposição.

O rosto é de uma jovem mulher cheio de deformidades brutais: hematomas roxos cobrem a pele, o pescoço torcido em um ângulo grotesco, e um tiro na testa deixa uma marca escura e precisa. Cortes profundos nas coxas e arranhões no torso denunciam violência física e sexual, mas Alberto reconhece o pequeno pingente de jade em forma de gota pendurado no pescoço dela, um presente de seu pai a Annika, que a mesma exibia com orgulho.

Alberto engole sua saliva em seco e diz: — É ela… o pingente de jade. Annika sempre o usava. Quem fez isso com minha amiga?

Leslie baixa os olhos, o rosto contraído de tristeza, e murmura: — Vou deixá-lo sozinho por um momento. Se precisar, estou lá fora.

Alberto assente, o olhar fixo no corpo, e sai para o corredor.

Minutos depois, um homem corpulento de 40 anos com cicatrizes cruzando o rosto angular, cabelo curto e grisalho e olhos pequenos que brilham com lealdade cega, aparece na entrada do necrotério. Seu sobretudo escuro cobre uma estrutura robusta, e ele carrega um ar de autoridade silenciosa. Ele avista Leslie e acena.

— Onde está o corpo? Preciso confirmar.

Leslie o conduz de volta, e o homem repete o reconhecimento, confirmando com um grunhido: — É Annika. O pingente não mente.

Ele pega o telefone público, discando o número de Falcone. Do outro lado, a voz grave de Carmine ressoa: — Fale, Milos.

— Dom, é Annika. Ela está morta, sim. Tudo que seu filho falou é fato. Violentaram-na física e sexualmente antes de a executarem com um tiro na testa.

O silêncio corta a linha, seguido por um clique abrupto. No escritório de Falcone, o Don joga o fone na mesa, o rosto vermelho de fúria.

— Canalhas!

Ele se levanta, chamando Milos de volta com um gesto. — Milos, avise Selina. Peça para ela identificar o corpo da amiga. Agora!

Milos assente, saindo com passos firmes, enquanto Falcone encara a janela, os punhos cerrados prometendo retaliação.

Residência dos Anderson, Ponta Porã.

A noite cai lentamente sobre Ponta Porã, o canto distante de grilos preenche o ar. George Anderson atravessa o portão de sua casa simples, o uniforme amarrotado de policial militar.

Cleide, sua esposa, o recebe à porta, com uma cuia e uma garrafa de água quente, onde se encontra seu chimarrão, uma bebida à base de erva-mate.

Ela nota a apreensão no rosto dele e fala, com a voz suave, mas carregada de preocupação:

— Está preocupado com o Nate, né? Eu falei com ele, ele não vai aprontar na nova escola. Ele prometeu que vai andar na linha agora.

George a envolve em um abraço apertado, o calor do gesto alivia a tensão momentânea. Ele se assenta na varanda a frente da casa, pegando o chimarrão que Cleide preparou com cuidado, o vapor da bebida sobe em espirais reconfortantes. Com um gole, ele suspira e confessa, a voz grave:

— Nate é nosso filho rebelde, foi expulso do renomado Colégio Batista, mas infelizmente, algo mais grave está me preocupando.

Cleide senta-se ao lado, seus olhos arregalados expressam sua curiosidade: — O que te aflige, então?

George pausa enquanto reflete. Então, ele começa em tom baixo: — Estive há pouco na aldeia com nosso amigo Billy Black. Ele me contou que esteve com Carlisle Cullen, e o mesmo acredita que vampiros a serviço do Drácula estão manipulando e coagindo os amigos de William para um plano de uma proporção inimaginável. Billy afirmou que talvez Drácula, após incontáveis séculos, esteja disposto a buscar o domínio do mundo.

Cleide recua, seus olhos arregalados refletem apreensão.

— Mas isso é contra o código dos vampiros. Os Cullen são próximos aos Volturi, eles jamais permitiriam isto.

George assente, seu olhar se perde no horizonte.

— Pois é, e os Cullen estão na região para investigar o caso. Afirmando estarem de olho nos amigos de William, eles se mudarão para cá e amanhã, os jovens Cullen vão, inclusive, estudar na mesma escola pública que Nate estudará.

Cleide acena positivamente, a compreensão ilumina seu rosto. — Agora entendo sua preocupação. — Confessa, ela.

O silêncio se instala, quebrado apenas pelo som do vento batendo nas janelas e do barulho do chimarrão, apreciado pelo casal, enquanto trocam olhares carregados de incerteza sobre o que o futuro reserva para sua família.

Rua da residência de Thomaz Muller, Ponta Porã.

O crepúsculo se instala sobre Ponta Porã, o céu tingido de tons alaranjados que se fundem ao roxo da noite iminente. O ronco rouco de um motor antigo corta o silêncio rural quando Faustão estaciona a camionete da fazenda de Thomaz Muller diante da luxuosa mansão de seu patrão.

Faustão ajusta seus ombros largos, desliga o motor e olha para Kilba, que adentra o veículo e se assenta no banco do passageiro.

A moça olha para Faustão com voz trêmula misturada com preocupação:

— Você tem certeza disto? Você é pastor, sua igreja vai me ver como pecadora, o Sr. Muller não vai gostar e você ainda está usando a caminhonete dele.

Faustão respira fundo, encara o horizonte por um instante e vira-se para ela com um sorriso reconfortante. — Calma, uma coisa por vez!

Kilba relaxa os ombros, um sorriso tímido curva seus lábios, seus olhos brilham com uma leve esperança. Faustão continua: — Não vamos à minha igreja. Vamos ao lugar onde estão aquelas pessoas que apareceram na fazenda.

— Sério? — Indaga Kilba, que franze a testa e questiona: — Será que isso não vai dar problema na sua igreja?

Faustão ajusta o cabelo robusto e dispara:

— Hoje não tem culto. Parece que vai ter um estudo bíblico na casa do Sr. William.

Kilba arregala os olhos, a surpresa tingindo sua voz: — William? O capitão de polícia que não gosta do Sr. Muller? Você está querendo ser demitido, amigo?

Faustão ri baixo, o som ecoando como um desafio, e rebate com paixão nos olhos: — Se para te defender, eu preciso ser punido, que as punições comecem agora!

Kilba o encara, seu coração acelera ao perceber a intensidade no olhar dele. A paixão de Faustão, crua e sincera, ilumina seu rosto, e ela sente um calor subir às bochechas. O vento sopra suavemente, carregando o cheiro de terra úmida, enquanto os dois permanecem em silêncio, o peso da decisão paira entre eles como uma promessa silenciosa.

Necrotério de Gotham.

A noite se instala sobre Gotham, o céu escuro salpicado por nuvens densas que escondem as estrelas. O necrotério silencioso ecoa o som de passos no corredor frio. Selina Kyle entra ao lado de Milos Grappa.

Ela veste um casaco de couro justo, seu rosto marcado por uma mistura de determinação e ansiedade. Milos, corpulento com cicatrizes cruzando seu rosto angular, cabelo grisalho curto e olhos pequenos que brilham com lealdade cega, caminha ao seu lado, o sobretudo escuro cobrindo sua estrutura robusta.

Selina para diante da porta, virando-se para Milos com a voz cortante: — Se for verdade, você pode ter certeza de que eu não vou descansar enquanto seu chefe não pagar por isso, Milos!

Milos franze a testa, suas cicatrizes se contraem enquanto ele mantém a compostura, sua lealdade a Falcone prevalece sobre a ameaça. Ele responde com firmeza: — Infelizmente, a senhorita só vai confirmar a notícia ruim, mas não seja injusta com Dom Romano!

Selina cerra os punhos, mas segue Milos até a câmara fria. O ar gelado os envolve ao entrarem, o cheiro de formaldeído mistura-se ao silêncio opressivo. A Dra. Leslie Thompkins abre a gaveta de metal, revelando o corpo de Annika.

Selina congela, o terror invade seus olhos. Um gemido escapa de seus lábios antes que, num impulso, ela se jogue nos braços de Milos, seu corpo treme contra o peito dele. Milos, surpreso, hesita por um instante antes de apoiá-la, a mão calejada bate levemente em suas costas.

Ele murmura, tentando reconfortá-la:

— Fique tranquila, Dom Romano vai proporcionar a ela um sepultamento honrado, se necessário, contratará até carpideiras!

Selina assente, o rosto enterrado no ombro dele, mas seus pensamentos fervem de ódio. “Falcone, seu monstro. Você matou Annika, e eu juro que você vai pagar,” reflete ela, com a mente já traçando planos de vingança enquanto o calor do abraço de Milos contrasta com o gelo em seu coração.

Compartilhe:

Markon Machado

Writer & Blogger

Considered an invitation do introduced sufficient understood instrument it. Of decisively friendship in as collecting at. No affixed be husband ye females brother garrets proceed. Least child who seven happy yet balls young. Discovery sweetness principle discourse shameless bed one excellent. Sentiments of surrounded friendship dispatched connection is he. Me or produce besides hastily up as pleased. 

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode gostar:

Obras Concluídas

  • All Posts
  • I Universo Madm: Escolhidos e Enviados
  • Novidades
  • Sem-categoria
29. Em construção

Valáquia, Castelo de Târgoviște, 1447. A Valáquia, com suas florestas escuras e montanhas que cortam o céu, pulsa sob a...

28. A rebelião de Vlad

Valáquia, 1447. A Valáquia, terra de montanhas escuras e florestas sussurrantes, treme sob o peso da invasão iminente. É 1447,...

27. O pedido de Amada 

Império Otomano, 1447.  Na escuridão úmida de sua cela em Constantinopla, Vlad, agora um jovem de quinze anos, enfrenta a...

23. As três irmãs

Manhã de sexta-feira, 29 de março de 1963, no calendário católico, 4º dia do 1º mês no calendário da Bíblia....

Sobre

Universo MADM é um site de fanfics que mistura as principais histórias da ficção tentando retratá-las em um mesmo Universo, misturando realidade e ficção com o propósito de produzir lazer e entretenimento através da leitura, ou releitura de uma forma ímpar e original de tudo que você já conheceu em algum momento.

Postagens Recentes

  • All Post
  • I Universo Madm: Escolhidos e Enviados
  • Novidades
  • Sem-categoria

Tags

© 2024 Design by M4D