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Dream Life in Paris

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6. A indignação de Bruce Wayne

6.1. A dor de Bruce Wayne

Gotham, 1963.

A névoa densa cobre as ruas de Gotham, tingindo com melancolia o ar com tons de cinza e prata, enquanto o som distante de sirenes ecoa pela cidade. Em uma banca de jornais, um palhaço de rosto pintado, com roupas coloridas e um olhar cansado, folheia uma revista. A manchete salta aos olhos: “Joe Chill, o assassino de um sonho”. Ele murmura, sarcástico:

— Um sonho? Quando um rico morre, morre um sonho? Quando um pobre morre, vira um número.

— Tenha um bom fim de dia, senhor Fleck. — Diz o vendedor, ajustando os jornais.

O palhaço Arthur Fleck sai caminhando para seu trabalho, enquanto o vendedor balança a cabeça e murmura:

— E o pior é que esse idiota tem razão.

A alguns quilômetros dali, em uma mansão imponente, o jovem Bruce Wayne, de 18 anos, filho de Thomas e Martha Wayne, folheia a mesma revista, os punhos cerrados. Alfred, o mordomo de cabelo grisalho e postura elegante, aproxima-se com uma bandeja de chá e adverte:

— Patrão Bruce, não confunda justiça com vingança! O que o senhor está desejando fazer é se vingar!

Bruce ergue a revista, os olhos ardendo de raiva.
— Veja esta revista, Alfred! Aqui está a verdade! Joe Chill não matou apenas um casal de pessoas preocupadas com o bem comum, ele matou um sonho! Ele matou um sonho e não será punido!

Alfred, com voz calma, retruca:

— Ele já foi punido, patrão Bruce. Está preso há oito anos e terá seu perdão por denunciar o crime organizado de Gotham.

— Alfred, depois da morte do meu pai, você foi quem esteve mais perto de ser um pai para mim, mas já estou crescido e sei que isso não é justo. Joe Chill foi condenado à prisão perpétua e deixará a prisão perdoado por entregar outros bandidos? — Questiona Bruce, com a voz carregada de indignação.

Ele fecha os olhos e a memória o transporta aos últimos dez anos. Aos oito anos, ele se lembra:

— Eu tinha apenas oito anos. Meus pais, bilionários que buscavam a promoção de justiça social em Gotham, pessoas que dedicaram sua vida às ações sociais, na defesa dos mais humildes, promovendo auxílio, gerando emprego e condições melhores para quem não tinha, mortos por um delinquente! Um marginal que, devido às drogas, escolheu, de forma obsoleta, viver nas ruas. Eu queria ir embora mais cedo aquele dia, não estava me sentindo bem, não gostava daquela ópera, estavam todos fantasiados de morcegos e eu estava com medo. Eles não queriam, queriam aproveitar o que chamavam de uma bela expressão cultural. Após eu muito incomodar, meus pais decidiram deixar a ópera e irem embora mais cedo. Saímos discretamente por uma porta lateral. Mal sabíamos o trágico destino que os aguardava. Logo que saímos, fomos atacados por Joe Chill, aquele maldito queria apenas algo para satisfazer seu vício. — Sua voz se eleva, cheia de ira. — Eles entregariam tudo, Alfred! Iam entregar tudo! Mas ele não esperou, sequer se prestou ao trabalho de aguardar. Atirou logo em seguida e matou ambos!

A cena se repete em sua mente, os tiros ecoando, o sangue no beco, os gritos abafados. Alfred tenta atenuar:

— Entendo, patrão Bruce! Eu entendo!

Bruce, com o olhar perdido, confessa:

— Quando o Tio Philip ficou com minha custódia, quando ele decidiu me enviar para o colégio interno na Inglaterra, quando retornei para terminar minha formação e ser cuidado por você após a morte dele, hoje, em todos os tempos que vivi, nunca consegui esquecer. Lembro de cada detalhe daquela noite.

Alfred, com sua barba branca e experiência acumulada, se cala, observando o jovem que ajudou a criar. Em seus pensamentos, avalia: “Ele acaba de completar 18 anos, seus sentimentos estão dominados pelo ódio, sede de vingança e justiça. Tornou-se um jovem indignado, raivoso, contudo, ignorante quanto ao funcionamento do mundo.”

O silêncio é quebrado por Bruce, determinado:

— Agora, o criminoso que matou o sonho do legado de meus pais estará livre porque fez acordo para entregar os chefes da máfia de Gotham! Não, Alfred! Ele não pode ficar impune! Passaram-se dez anos, mas ele precisa continuar a ser punido. Eu farei justiça!

6.2. Constatação.

Ponta Porã, naquele instante.

O céu se pinta em tons de laranja queimado e rosa suave, como se o fim do dia quisesse abençoar a rua simples onde a casa de William repousa. O ar ainda retém o calor do sol, mas uma brisa leve traz cheiro de terra úmida e fumaça distante — sinal de fogão a lenha em alguma casa vizinha.

A caminhonete de William se aproxima devagar, como se cada metro carregasse significados. Quando estaciona, o motor silencia — e, com ele, por um segundo, até o mundo parece pausar.

A porta se abre. William desce primeiro, com expressão firme, quase cerimonial.
Ângela surge logo atrás, passos calmos, como quem reaprende a habitar o próprio corpo sem dor.

Na frente da casa, Madm, Amada, Menslike, Nokram, Luk, Healer e Bebeto já esperam, todos com olhares que oscilam entre esperança, reverência e curiosidade.

Let, vibrando alegria e ansiedade de irmã, dá um passo à frente:

— E então? Confirmaram? Você está curada, cunhadinha?

Ângela ergue as mãos, gesto suave, quase musical, tentando conter a energia do momento:

— Calma, Let, os resultados não saem imediatamente.

Uma ave pousa no fio elétrico acima — como se quisesse ouvir também.
E então… William respira fundo. Seus olhos brilham, não apenas pela esperança nascente, mas por alívio de um homem que carrega uma dor no peito há anos.

Ele puxa um pequeno papel do bolso — quase com solenidade — e afirma sem medo:

— Mas tenho certeza de que Ângela está curada. Pensei pelo caminho e creio que vocês foram realmente enviados por Deus.

Seu olhar se fixa em Madm — não mais como autoridade, mas como homem que reconhece o divino. Ele entrega o papel ao escolhido. É um bilhete de loteria.

Madm o observa, e o reconhecimento cresce em seu rosto: os números vindos do cristal.

Ele fala com cautela e uma voz de quem carrega responsabilidade eterna:

— Você sabe que estes foram os números sorteados nesta data na nossa realidade. Não podemos ter certeza de que eles se repetirão aqui. Não sabe?

William sorri. Não como policial — mas como homem fiel, que viu um milagre no corpo da mulher que ama.

Ele pousa a mão no ombro de Madm com firmeza respeitosa:

— Se o Todo Poderoso os enviou para cá, você acha que ele não os abençoará com recursos adequados para fazerem a vontade dele?

Madm sorri leve — sorriso de quem reconhece fidelidade genuína.
Ele não responde. Não precisa.

William finaliza:

— Eu registrei a aposta, mas este recurso pertencerá a vocês!

Silêncio. Não de tensão — mas de reverência.

Let prende a respiração por um instante, com seus olhos brilhando.
Ângela segura o braço do marido com firmeza.

Menslike tenta esconder um sorriso de quem já imagina possibilidades.
Healer observa quieto, avaliando o céu, como se estivesse esperando um sinal.
Bebeto segura a mão de Amada — pequeno, mas sentindo grandeza.
Nokram apenas fecha os olhos um segundo, como quem ora sem som.
Luk observa o vento levanta as folhas secas no chão — como confirmação silenciosa.

Madm beija Amada e os dois se entreolham, esperançosos.

6.3. A ira de Muller.

Fazenda de Thomaz Muller.

O crepúsculo mergulha a fazenda em sombras compridas. A luz laranja do fim do dia atravessa as venezianas do escritório, riscando a mesa de madeira pesada com faixas de brilho e escuridão, como barras de uma cela que prende um homem dentro do próprio orgulho.

Thomaz Muller permanece sentado em sua cadeira de couro grosso. Ele não repousa — ele vigia. O corpo está parado, mas sua mente ferve. A mão tamborila no braço da poltrona como galo pronto para briga. O cheiro do cigarro apagado ainda flutua no ar, impregnado nas paredes e na pele.

A porta se abre devagar. Duck entra. Seus passos são firmes, mas há uma hesitação quase imperceptível no momento em que encara o patrão — como quem anda sobre gelo fino.

Duck limpa a garganta antes de falar, tentando manter a compostura.

— Senhor, parece que o William conhecia aquele pessoal. Ele os levou para sua casa. Segundo o delegado Morales, eles eram amigos da sua irmã na Inglaterra.

O olhar de Thomaz endurece, as veias das têmporas saltam levemente. Ele se levanta num movimento brusco, arrastando a cadeira no chão como um rugido.

Kilba passa pela porta naquele instante, carregando um pano e uma bandeja. Assim que Thomaz a vê, sua fúria encontra alvo.

Ele dispara, com voz dura como estalo de chicote:

— E aí? Ainda acha que aqueles farsantes eram anjos de Deus? Será que Deus os enviou para a Inglaterra em associação com William, antes de os enviar a nós?

A frase ecoa no corredor.

Kilba para. As mãos apertam o pano com força.
O peito sobe e desce devagar, controlando a emoção.
Ela não ousa erguer os olhos. O silêncio dela não é medo — é reverência ferida, é esperança prensada pelo domínio de um homem que se acha dono da verdade.

Seu olhar cai para o chão. A respiração prende.
Mas um lampejo passa em seus olhos — como se lá dentro, algo dissesse: o senhor está equivocado, Sr. Muller.

Duck observa a cena em silêncio, o maxilar travado. Entre lealdade e dúvida, seus olhos oscilam. Ele não diz nada — e isso diz muito.

Pela janela, um boi muge ao longe. Um vento seco bate na parede da casa, e folhas estalam lá fora.

Não há gritos depois disso.
Somente a raiva de Thomaz respirando fundo, a dúvida silenciosa de Kilba, a tensão crescente no ar — tão densa que parece prenunciar tempestade.

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Lukas Dutra

Writer & Blogger

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2 Comments

  • Lukas Dutra

    Esse Thomas será que vai perceber tudo que faz, William diferente do Thomas confiou no MADM e seu grupo e tá se dando bem, vai ter o Batman nessa história também?

  • Luan Dutra

    Thomas um saco como sempre, a Kilba só sofrendo por isso é uma bosta ein.
    A lealdade do William já ta se mostrando ein e que lealdade!

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