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Dream Life in Paris

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16. A reunião de shedim

Ponta Porã, Festa de Wiliam, 1963.

A noite em Ponta Porã amaina, o aroma residual de churrasco dissipa-se no ar fresco enquanto os últimos convidados se dispersam, deixando o quintal de William envolto em um silêncio pontuado pelo canto distante de grilos.

Let, com os olhos brilhantes de curiosidade, aproxima-se de Menslike, que organiza algumas cadeiras com um sorriso sereno.

A luz suave de uma lâmpada pendente reflete em seus rostos, revelando a expressão de Let — um misto de entusiasmo e introspecção, as sobrancelhas arqueadas e os lábios entreabertos —, enquanto Menslike expressa uma calma reflexiva com os olhos semicerrados como quem pondera cada palavra antes de falar.

— Você já percebeu que eu sou muito curiosa, não é mesmo? — Pergunta Let, com a voz carregada de um tom brincalhão.

— Sim. Você é muito inteligente, eu diria que você é uma garota à frente do seu tempo. — Elogia Menslike, inclinando a cabeça com um aceno respeitoso, um brilho de admiração dançando em seu olhar.

Let sorri, ajustando uma mecha de cabelo atrás da orelha, e continua, com tom agora mais sério.

— Então, eu leio muito. Na Inglaterra, lia muito as literaturas góticas e sombrias, e achei interessante o papel de Lilith, seu pai… — Ela pausa, lançando um olhar para Madm, que conversa com William a alguns metros, parecendo da mesma idade que Menslike, e confessa com um leve riso: — Difícil falar, seu pai, está mais para seu irmão… Enfim, ele disse que Deus criou homem e mulher, e os nomeou como Adam e Chawa, mas não foi Lilith a primeira esposa de Adam.

Menslike responde sem hesitação, cruzando os braços com uma expressão confiante:

— Claro que não! Lilith é uma lenda, uma invenção.

Let franze a testa, refletindo por um momento, com os olhos fixos no chão antes de erguer o olhar com um desafio sutil:

— Eu presumi isso com o discurso de Madm, mas vocês não disseram que tudo que era ficção na sua realidade se tornou uma realidade em nossa?

Menslike hesita, com o sorriso desvanecendo enquanto ele coça o queixo, seus olhos agora carregam uma dúvida.

— Pois é! Eis aí uma dúvida. Na nossa realidade, havia histórias de ficção que se contradiziam, logo, eu não sei qual a versão desta realidade, mas é impossível tudo ser real, pois somente uma narrativa pode ser verdadeira para esta realidade.

Let sorri com um brilho travesso iluminando seu rosto, e indaga novamente:

— Então Lilith pode ser verdadeira?

Menslike esboça um leve tremor nos lábios, um raro sinal de temor cruzando sua expressão, e se cala, percebendo que não tem a resposta exata para a pergunta de Let. O silêncio entre eles se mostra carregado de possibilidades.

Jardim do Éden, 6º Dia da Criação.

O Jardim do Éden floresce em esplendor, com riachos cristalinos serpenteando entre árvores frondosas cujas folhas brilham com tons de esmeralda, o ar impregnado com o perfume de flores exóticas e o canto melodioso de pássaros.

Enquanto Elohim molda os seres vivos com mãos divinas, os shedim, seres expulsos do céu, reúnem-se em uma clareira sombria. Seu líder, um humanoide majestoso com cabeça de touro, pele bronzeada reluzente e músculos definidos, demonstra poder e beleza etérea, seus chifres curvados refletem a luz celestial.

Diante de todos, ele fala com voz grave, ressoando:

— Eis que Elohim criou vida neste lugar que antes era de nosso refúgio, e o conhecendo, exceto se convencermos estes a se rebelarem, seremos expulsos deste lugar.

Do meio dos shedim, emerge uma linda mulher de cabelos negros como a noite, pele alva como a lua e olhos que brilham com um fogo sutil, asas de penas coloridas — vermelhas, azuis e douradas — cobrindo-a como um manto vivo. Ela diz, a voz melódica carregada de anseio:

— Não podemos deixar este lugar, ficou lindo, com seus rios de água pura, frutas que nunca murcham e o calor do sol que aquece nossas almas.

Um dos seres, com corpo esguio, pele acinzentada, chifres menores e olhos amarelos penetrantes, aponta para o líder e pergunta:

— O que faremos, Lord Helel?

Helel, o líder, ergue o queixo com determinação:

— Precisamos convencê-los a se unir a nós, ou se rebelarem contra Elohim, tornarem-se nossos aliados e então os governaremos.

— Mas como? — Pergunta a bela mulher, as asas tremendo ligeiramente.

Helel volta-se para ela, um sorriso astuto nos lábios:

— Me diga você, Lilith, não é você que defende que as fêmeas são as mais sábias!

Gotham City, 1963 – Início da noite de quinta-feira, 28 de março, no calendário católico.

O estúdio da rádio WGBS em Gotham ressoa com o zumbido baixo de equipamentos, o ar impregnado com o cheiro de café frio e papel velho. Alan Scott, de cabelo grisalho e voz grave, senta-se diante de um microfone antigo, a luz vermelha piscando enquanto ele transmite:

— Parece inacreditável, mas o Gambit, o cruzeiro organizado pelo bilionário Robert Queen, naufragou no Pacífico. Eu sou Alan Scott e infelizmente tive que compartilhar contigo esta triste notícia.

Ele desliga os microfones com um suspiro, a expressão carregada de preocupação, e vira-se para uma mesa lateral onde uma planta detalhada — linhas tortuosas e anotações crípticas. Seus dedos traçam os contornos do mapa, murmurando para si mesmo:

— Essas rotas… algo está fora de lugar.

Star City, 1963 – Uma semana antes.

A brisa salgada do porto de Star City acaricia o ar, o som das ondas quebra contra os píeres, misturando-se ao burburinho dos marinheiros. Dois jovens se beijam à beira do cais. O belo garoto — de cabelo loiro desgrenhado, pele bronzeada e sorriso encantador, típico de um playboy — abraça sua namorada, uma moça de cabelos negros lisos e olhos determinados, pouco mais de 20 anos. Ele sussurra:

— Tem certeza de que você não quer ir mesmo? São só dois finais de semana com uma semana completa?

— Não tem como, meu amor. Eu quero me tornar uma detetive! Você sabe! Sou idealista! Meu sonho é combater o crime, não ser uma cantora de bares a vida toda! — Pontua a moça, o tom firme.

— Você é minha mais bela cantora, Dina. Combater o crime é perigoso. Você vai se casar comigo, ser herdeira de um dos maiores impérios de Star City. A gente deveria curtir mais, afinal, imagina se, ao realizar seu sonho, um marginal dos Glades a atinge com um tiro e eu perco você, como ocorreu com o tio Malcolm. — Insiste o jovem, segurando suas mãos.

— A Sara diz a mesma coisa, Olie, mas se a gente não dedicar nossa vida a um propósito, qual o sentido de se viver? — Insiste a moça, os olhos brilhando com convicção.

— Se divertir! Aproveitar! — Insiste o garoto, que em seguida a beija e diz: — Mas independente de tudo isso, saiba que eu te amo, Dina! Te amo muito!

— Eu sei, Oliver Queen, mas você nasceu em berço de ouro, você não precisa trabalhar para nada, tem tudo que deseja, minha realidade é diferente. — Pontua Dina, afastando-se levemente.

Enquanto conversam, um homem um pouco mais velho, de cabelo castanho e porte elegante, se aproxima:

— Filho, precisamos ir, todos estão esperando!

Dina olha para ele e diz:

— O senhor, Sr. Queen, leva seu filho, mas deixa sua esposa e filha.

— Eu queria levá-los, Dina, mas Moira disse que não estava animada para curtir e pediu para também deixar a Thea. Aliás, por ela, nem o Oliver iria. — Diz o homem, com um leve sorriso.

— Mas eu vou, jamais rejeito uma oportunidade de diversão! — Pontua Oliver, beijando Dina antes de seguir o pai para dentro do navio lotado.

Enquanto Dina caminha lentamente, apaixonada, Oliver se apressa e beija uma moça loira de olhos claros, ainda mais jovem que Dina, que diz:

— Achei que não viria.

Oliver a beija novamente e diz:

— Eu tinha que fingir que queria a companhia dela, afinal, ela não pode desconfiar de jeito nenhum… — Que você vai traí-la? — Interrompe a moça. — Acho que ela sabe que você não é fiel e nem liga para isso.

— Tudo bem, mas ela jamais me perdoaria por traí-la com a própria irmã. — Brinca Oliver.

— Ninguém perdoaria, você sabe que sou contra isso, filho! — Diz o pai de Oliver, passando pelos dois.

A pouca distância do porto, uma mulher adentra um carro escuro, bastante nervosa, e diz:

— Nem fui me despedir! Tem certeza de que nada vai acontecer ao Oliver?

— Hey, Moira, ele é como um filho para mim! Ra’s não permitirá nem a morte dele, nem a de Robert, mas eles ficarão fora pelo tempo que for necessário. — Diz o homem.

Moira o abraça, o beija e diz:

— Malcolm, você não sabe o quanto eu fico com o coração apertado com tudo isso.

— Poderíamos evitar tudo isso se o Robert concordasse com o empreendimento. — Pontua Malcolm.

— Eu sei, ele sempre quis ser misericordioso demais, complacente. Sempre passa a mão na cabeça de todos, inclusive dos erros de Oliver. — Lamenta Moira.

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Lukas Dutra

Writer & Blogger

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